Tolicionário Midiático

O tolicionário midiático é o dicionário das tolices divulgadas pelos meios de comunicação de massa na Era da Informação, Século XXI, caracterizado pela inutilidade e apelo comocional dos conteúdos veiculados.

Você, leitor ou leitora, pondera e seleciona os produtos midiáticos consumidos? Perante as centenas de canais televisivos disponíveis, prepondera o mentalsoma ou o psicossoma nas escolhas pessoais?

      TOLICIONÁRIO MIDIÁTICO
                                      (COMUNICOLOGIA)


                                          I. Conformática

           Definologia. O tolicionário midiático é o dicionário das tolices divulgadas pelos meios de comunicação de massa na Era da Informação, Século XXI, caracterizado pela inutilidade e apelo comocional dos conteúdos veiculados.
           Tematologia. Tema central nosográfico.
           Etimologia. O vocábulo tolo tem origem duvidosa, talvez do idioma Latim, stolidus, “tolo; estúpido”. Surgiu no Século XIV. O termo dicionário deriva do idioma Francês, dictionnaire, e este do idioma Latim, dictionarium ou dictionarius, “repertório de frases ou palavras”. Apareceu no Século XVI. O vocábulo midiático procede provavelmente do idioma Francês, mediatique, “que diz respeito a mídia; que produz bom efeito nas mídias, especialmente na televisão”. A palavra mídia surgiu em 1960.
           Sinonimologia: 1. Dicionário de tolices midiáticas. 2. Tolicionário da comunicação massificada.
           Neologia. As 4 expressões compostas tolicionário midiático, tolicionário midiático infantil, tolicionário midiático adolescente e tolicionário midiático adulto são neologismos técnicos da Comunicologia.
           Antonimologia: 1. Dicionário da racionalidade midiática. 2. Dicionário midiático cosmoético.
           Estrangeirismologia: os remakes cinematográficos; os mass media da Era das Supercomunicações.
           Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto à seletividade informacional.
           Megapensenologia. Eis megapensene trivocabular relativo ao tema: – Evitemos genuflexão midiática.
           Ortopensatologia: – “Mídias. Em pleno Século XXI, você deve escolher os canais das mídias a fim de obter informações seguras e esclarecimentos confiáveis. Devido ao capitalismo selvagem, as mídias, em geral, são escravizadas aos objetivos dos seus patrocinadores, amordaçadas pela publicidade imposta, sem conseguir promover esclarecimentos realistas mais úteis à população, continuando a vender vícios e maus hábitos de todas as naturezas. Apesar dos pesares, melhor com elas do que sem elas. – “Quando vão mudar para melhor?”. “Mídias geram doenças”.


                                            II. Fatuística

           Pensenologia: o holopensene pessoal dos tolicionários comunicativos; o holopensene patológico dos programas escrachados e desrespeitosos; os nosopensenes; a nosopensenidade; os oniropensenes; a oniropensenidade; os patopensenes; a patopensenidade.
           Fatologia: o tolicionário midiático; a utilização irresponsável dos veículos de comunicação; a indústria do entretenimento; a “sociedade do espetáculo”; a experiência vicária do telespectador passivo perante os reality shows; o “troféu framboesa” entregue aos piores do ano; o antidiscernimento do espectador não seletivo; a ausência de profundidade cultural das redes sociais; os programas sobre competições de toda natureza, de chefs de cozinha a maquiadores profissionais; a superexposição consentida da intimidade; os detalhes insignificantes do cotidiano das celebridades na condição de pseudonotícias; a Era da Fartura disponibilizando tolices na mídia impressa; o besteirol estético da mídia; as revistas de fofocas, repletas de conteúdos pagos pelos entrevistados; os jornais sensacionalistas; a eloquência midiática vazia; a pretensa vida perfeita das conscin assíduas no Facebook; os programas televisivos ao estilo “telebarraco”; o aparelho de telefonia móvel (celular) transformado em multimída de inutilidades; a violência cotidiana transformada em espetáculo televisivo; a apologia do grotesto elevado ao nível de produto midiático; os interesses econômicos dos trustes da comunicação em detrimento do compromisso com a informação de qualidade; a indústria da dramaturgia edulcorada; os insultos à inteligência dos consumidores midiáticos; a autodeslavagem cerebral necessária em tempos de amaurose midiática; a priorização da tares em detrimento da tacon televisiva; o ato produtivo de, considerando a qualidade dos programas veiculados, desligar a televisão e abrir o livro; a intelectualidade e a erudição das consciências lúcidas superando os tolicionários; a transmissão online das tertúlias conscienciológicas na contramão do lixo informacional na Internet; a autocriticidade midiática.
          Parafatologia: a autovivência do estado vibracional (EV) profilático; a conexão baratrosférica da filmografia do gênero “terror”; a plateia extrafísica amaurótica das telenovelas açucaradas; a presença de assédio extrafísico nas seções filmográficas de natureza baratrosférica.


                                           III. Detalhismo

          Sinergismologia: o sinergismo mídia-Zeitgeist; o sinergismo Comunicologia-Parassociologia; o sinergismo dos meios de comunicação tarísticos; o sinergismo holopensene midiático–holopensene pessoal.
          Principiologia: o princípio da descrença (PD) necessário a todo produto da mídia; o princípio “se não presta, não adianta fazer maquilagem”; o princípio do exemplarismo pessoal (PEP) do consumidor de comunicação seletivo; a necessária atenção ao princípio de o microfone, o papel e a tela aceitarem qualquer coisa.
          Codigologia: o código grupal de Cosmoética (CGC) necessário aos formadores de opinião pública; o código de ética dos jornalistas; o código de ética dos publicitários.
          Teoriologia: a teoria da comunicação de massa.
          Tecnologia: a técnica do EV profilático utilizada pelo telespectador atilado, selecionando os conteúdos convergentes às autopesquisas; as técnicas de leitura crítica; a técnica do cosmograma.
          Voluntariologia: o voluntariado tarístico da Associação Internacional de Comunicação Conscienciológica (COMUNICONS); o voluntariado do Tertuliarium.
          Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da Pensenologia; o laboratório conscienciológico da Cosmoeticologia; o laboratório conscienciológico da Paradireitologia.
          Colegiologia: o Colégio Invisível da Paratecnologia; o Colégio Invísivel dos Comunicólogos; o Colégio Invisível da Cosmoeticologia.
          Efeitologia: o efeito anestesiador da programação televisiva inócua; o efeito esclarecedor da mídia tarística; o efeito da seletividade no consumo midiático; os efeitos da mídia na consciencialidade.
          Neossinapsologia: as neossinapses necessárias à criticofilia quanto aos conteúdos veiculados pelos meios de comunicação massivos.
          Enumerologia: o tolicionário televisivo; o tolicionário jornalístico; o tolicionário cinematográfico; o tolicionário literário; o tolicionário interneteiro; o tolicionário chargístico; o tolicionário radiofônico.
          Binomiologia: o binômio admiração-discordância; o binômio leitor crítico–escritor tarístico; o binômio liberdade de imprensa–liberdade de expressão; o binômio vícios–maus hábitos no consumo midiático; o binômio tolicionário afetivo–tolicionário midiático; o binômio pesquisa fútil–pesquisa utilitária na Internet; o binômio midiometria-conscienciometria.
          Interaciologia: a interação dos aportes intelectuais; a necessidade da interação informações seguras–esclarecimentos confiáveis; a interação livro best-seller–versão cinematográfica.
          Crescendologia: o crescendo mídia taconista–mídia tarística.
          Trinomiologia: o trinômio rádio-TV-jornal; o trinômio Internet–blog–E-mail; o trinômio CD–DVD–Blu-ray.
          Polinomiologia: o polinômio ouvinte-leitor-internauta-telespectador-blogueiro.
          Antagonismologia: o antagonismo jornalista profissional / fofoqueiro “profissional”; o antagonismo leitor crítico / leitor acrítico; o antagonismo lixo intelectual / informação pró-evolutiva; o antagonismo mídia livre / mídia escravizada; o antagonismo informação / achismo; o antagonismo best-seller da tacon / megagescon da tares.
          Paradoxologia: o paradoxo do jornalista profissional sem erudição.
          Politicologia: a liberdade de imprensa na condição de política estatal; a democracia; a midiacracia.
          Legislogia: a lei do menor esforço intelectual.
          Filiologia: a midiofilia desqualificada.
          Fobiologia: a fobia aos livros com mais de 400 páginas; a fobia aos filmes de conteúdo denso e reflexivo; a fobia à autorreflexão habitual.
          Sindromologia: a síndrome da abstinência da Baratrosfera (SAB) dos consumidores assíduos de filmes trash; a síndrome do autodesperdício.
          Maniologia: a mania de realizar as refeições perante a televisão; a mania de não perder nenhum capítulo da novela açucarada; a mania de realizar programas de competição musical e de dança.
          Mitologia: o mito da isenção midiática.
          Holotecologia: a comunicoteca; a absurdoteca; a cognoteca; a hemeroteca; a midiateca; a controversioteca; a argumentoteca.
          Interdisciplinologia: a Comunicologia; a Antidiscernimentologia; a Autassediologia; a Sociologia; a Politicologia; a Conscienciografologia; a Leiturologia; a Taristicologia; a Pensenologia; a Cosmoeticologia; a Evoluciologia.


                                           IV. Perfilologia

          Elencologia: a conscin incauta; a conscin genuflexa; a conscin lúcida; a isca humana lúcida; o ser desperto; o ser interassistencial.
          Masculinologia: o tolo; o viciado em redes sociais; o dramaturgo melodramático; o cineasta inescrupuloso; o autodecisor; o intermissivista; o cognopolita; o compassageiro evolutivo; o completista; o comunicólogo; o conscienciólogo; o conscienciômetra; o consciencioterapeuta; o macrossômata; o conviviólogo; o duplista; o duplólogo; o proexista; o proexólogo; o reeducador; o epicon lúcido; o escritor; o evoluciente; o exemplarista; o intelectual; o reciclante existencial; o inversor existencial; o maxidissidente ideológico; o tenepessista; o ofiexista; o parapercepciologista; o pesquisador; o projetor consciente; o sistemata; o tertuliano; o verbetólogo; o voluntário; o tocador de obra; o homem de ação.
          Femininologia: a tola; a viciada em redes sociais; a dramaturga melodramática; a cineasta inescrupulosa; a autodecisora; a intermissivista; a cognopolita; a compassageira evolutiva; a completista; a comunicóloga; a consciencióloga; a conscienciômetra; a consciencioterapeuta; a macrossômata; a convivióloga; a duplista; a duplóloga; a proexista; a proexóloga; a reeducadora; a epicon lúcida; a escritora; a evoluciente; a exemplarista; a intelectual; a reciclante existencial; a inversora existencial; a maxidissidente ideológica; a tenepessista; a ofiexista; a parapercepciologista; a pesquisadora; a projetora consciente; a sistemata; a tertuliana; a verbetóloga; a voluntária; a tocadora de obra; a mulher de ação.
          Hominologia: o Homo sapiens midiaticus; o Homo sapiens idolatricus; o Homo sapiens acriticus; o Homo sapiens communicativus; o Homo sapiens communicologus; o Homo sapiens convivens; o Homo sapiens communicator; o Homo sapiens autolucidus.


                                        V. Argumentologia

          Exemplologia: tolicionário midiático infantil = o composto pelas tolices veiculadas pelos programas televisivos pueris, ao subestimar a inteligência da conscin criança; tolicionário midiático adolescente = o composto pelas tolices veiculadas pelos blogs cor-de-rosa, ao subestimar a inteligência da conscin púbere; tolicionário midiático adulto = o composto pelas tolices veiculadas pela cinematografia de paródias, ao subestimar a inteligência da conscin madura.
          Culturologia: a cultura midiática; a cultura da espetacularização; a cultura de massa; a cultura inútil; os idiotismos culturais perpetuados pela mídia; a cultura do entretenimento inócuo; a necessidade da cultura da tares.
          Taxologia. Segundo a Antidiscernimentologia, eis, em ordem alfabética, 17 títulos de programas televisivos (Ano-base: 2015), com o objetivo de exemplificar o padrão holopensênico vigente na mídia brasileira:
          01. 100 maneiras de morrer.
          02. Alucinadas.
          03. Amarrados.
          04. Custe o que custar.
          05. Entre tapas e beijos.
          06. Esquenta.
          07. Fritada.
          08. Largados e pelados.
          09. Mulheres ricas.
          10. Pânico na TV.
          11. Por isso eu sou vingativa.
          12. Show da fé.
          13. Teste de fidelidade.
          14. Todo mundo odeia Chris.
          15. Tudo pela audiência.
          16. Vai que cola.
          17. Zorra total.
          Robexologia. Sob a ótica da Comunicologia, eis, por exemplo, em ordem alfabética, 5 temáticas usuais de coberturas da mídia, realizadas anualmente, perpetuando a cultura do mais do mesmo:
          1. Academy Award: a festa do Oscar; o tapete vermelho; os comentários sobre os vestidos e o peso corporal das celebridades; o merchandising milionário; os bastidores da premiação; a tradução sofrível do áudio original; a transmissão em escala planetária; o sucesso de bilheteria dos filmes vencedores; a “calçada da fama”.
          1. Ano-novo: as exibições de fogos de artifícios ao redor do mundo; o primeiro bebê nascido no novo ano; as superstições e rituais; as retrospectivas dos principais acontecimentos; o show da virada.
          2. Campeonato de futebol: as entrevistas antes, durante e depois do jogo; os intermináveis programas de comentários sobre a partida; a transmissão ao vivo; a reprise do jogo; as declarações óbvias e os chavões dos jogadores, ao explicarem a derrota do time.
          3. Carnaval: os desfiles das escolas de samba; os blocos de rua; os trios elétricos; os foliões alcoolizados; a apuração dos resultados das agremiações carnavalescas; os sambas enredos rebarbativos; o comocionalismo das escolas rebaixadas de categoria.
          4. Feriadões: as estradas lotadas; as rodoviárias apinhadas; os atrasos dos voos nos aeroportos congestionados; as praias abarrotadas de veranistas; os preços abusivos praticados pelos comerciantes; os engarrafamentos de veículos no retorno do feriado.
           5. Natal: as festas natalinas nas diversas culturas; as cartas das crianças ao Papai Noel; o aumento do preço do peru e do bacalhau; as compras de última hora; a troca dos presentes nas lojas, pós-festejos.
           Taristicologia. A seletividade na escolha dos produtos midiáticos consumidos demonstra o atilamento da conscin, homem ou mulher, perante a avalanche de tolices veiculadas nos meios de comunicação. Mídia medíocre emburrece.


                                                    VI. Acabativa

           Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com o tolicionário midiático, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
           01. Acriticismo: Parapatologia; Nosográfico.
           02. Amaurose ideológica: Politicologia; Nosográfico.
           03. Anestesia midiática: Psicossomatologia; Neutro.
           04. Antagonismo midiático: Autodiscernimentologia; Neutro.
           05. Aplauso acrítico: Subcerebrologia; Nosográfico.
           06. Besteirol: Comunicologia; Nosográfico.
           07. Compromisso midiático assistencial: Comunicologia; Homeostático.
           08. Comunicação interassistencial: Comunicologia; Homeostático.
           09. Criatividade irresponsável: Parapatologia; Nosográfico.
           10. Holopensene midiático: Holopensenologia; Neutro.
           11. Informação esclarecedora: Parapedagogiologia; Homeostático.
           12. Midiograma: Midiologia; Neutro.
           13. Retardamento mental coletivo: Parapatologia; Nosográfico.
           14. Sedução da simplificação: Psicossomatologia; Nosográfico.
           15. Tolicionário afetivo: Psicossomatologia; Nosográfico.
     ENQUANTO HOUVER CONSUMIDORES INCAUTOS DOS
     TOLICIONÁRIOS MIDIÁTICOS, A INDÚSTRIA DA COMUNICAÇÃO MASSIVA SEGUIRÁ PRODUZINDO TONELADAS
    DE LIXO INFORMACIONAL BARATO E ANTIEVOLUTIVO.
           Questionologia. Você, leitor ou leitora, pondera e seleciona os produtos midiáticos consumidos? Perante as centenas de canais televisivos disponíveis, prepondera o mentalsoma ou o psicossoma nas escolhas pessoais?
           Bibliografia Específica:
           1. Vieira, Waldo; Léxico de Ortopensatas; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 2 Vols.; 1.800 p.; Vols. 1 e 2; 1 blog; 652 conceitos analógicos; 22 E-mails; 19 enus.; 1 esquema da evolução consciencial; 17 fotos; glos. 6.476 termos; 1. 811 megapensenes trivocabulares; 1 microbiografia; 20.800 ortopensatas; 2 tabs.; 120 técnicas lexicográficas; 19 websites; 28,5 x 22 x 10 cm; enc.; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2014; página 1083.
                                                                                                              E. M. M.