Síndrome de Poliana

A síndrome de Poliana é a condição nosológica caracterizada pelo predomínio da positividade simplória sobre pessoas, grupos, subumanos, ideias, contextos e ambientes, e do otimismo irracional, produzindo abordagens ingênuas, acríticas, simplistas, superficiais, generalistas, monovisiológicas e alienadas sobre as realidades.

Como encara você, leitor ou leitora, as realidades baratrosféricas da Era das Consréus? Edulcora os fatos e parafatos ou arregaça as mangas para a reeducação consciencial requerida à reurbanização planetária?

      SÍNDROME DE POLIANA
                                      (CRITICOLOGIA)


                                         I. Conformática

         Definologia. A síndrome de Poliana é a condição nosológica caracterizada pelo predomínio da positividade simplória sobre pessoas, grupos, subumanos, ideias, contextos e ambientes, e do otimismo irracional, produzindo abordagens ingênuas, acríticas, simplistas, superficiais, generalistas, monovisiológicas e alienadas sobre as realidades.
         Tematologia. Tema central nosográfico.
         Etimologia. O termo síndrome procede do idioma Grego, syndromé, “concurso; ação de reunir tumultuosamente”. Surgiu no Século XIX. A palavra Poliana vem do idioma Inglês, Pollyanna, nome da personagem do romance homônimo da escritora estadunidense Eleanor Hodgman Porter (1868–1920).
         Sinonimologia: 01. Síndrome de Pollyanna. 02. Complexo de Poliana. 03. Polianismo alienante. 04. Apriorismose ingênua. 05. Hipercredulidade. 06. Otimismo utópico. 07. Positividade acrítica. 08. Benignidade ingênua. 09. Infantilismo. 10. Imaturidade consciencial.
         Arcaismologia. O romance Pollyanna, escrito em 1912, discorre sobre a história da órfã de 11 anos, ao ir morar com tia irascível e angustiada. A menina utiliza-se do Jogo do Contente para contentar-se perante quaisquer adversidades. Sem se dar conta, transforma a vida dos circunstantes. Inicialmente publicado em capítulos no jornal Christian Herald, de Boston, EUA, tornou-se livro em 1913. Rapidamente virou best-seller, sendo filmado primeiramente em 1920.
         Neologia. As duas expressões compostas síndrome de Poliana particularizada e síndrome de Poliana generalizada são neologismos técnicos da Criticologia.
         Antonimologia: 01. Síndrome de Cassandra. 02. Síndrome de Otelo. 03. Complexo de Cinderela. 04. Síndrome de Amélia. 05. Síndrome de Peter Pan. 06. Síndrome da mulher maravilha. 07. Síndrome de super-homem. 08. Síndrome de Gabriela. 09. Síndrome de Dorian Gray. 10. Síndrome de Pinóquio.
         Estrangeirismologia: a Pollyanna Syndrome; a overly optimistic person; o blind, foolish and unrealistic point of view; o forbidden suffering; o always be happy; o positive thinker; o lema smile and the world smiles with you.
         Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto à Criticologia Cosmoética.
         Coloquiologia: a perspectiva água com açúcar; o ato de enxergar através de lentes cor-de-rosa; o ato de tapar o sol com a peneira; o ato de colocar panos quentes; o ato de dourar a pílula; o ato de edulcorar a realidade; a vida no mundo de faz-de-conta.


                                           II. Fatuística

         Pensenologia: o holopensene pessoal da imaturidade consciencial; os ingenuopensenes; a ingenuopensenidade; os credopensenes; a credopensenidade; os oniropensenes; a oniropensenidade; os ignoropensenes; a ignoropensenidade; os pedopensenes; a pedopensenidade; os minipensenes; a minipensenidade; a pensenização mágica de bastar dizer “está tudo bem” e nada de mal acontecer; a mudança descriteriosa de bloco pensênico.
         Fatologia: a filosofia poliânica do jogo do contente; a universalização acrítica da positividade e otimismo caracterizando a síndrome poliânica; a mundividência capaz de causar distorções na apreensão, interpretação e raciocínio; a percepção, recordação e comunicação restrita à faceta positiva dos contextos, seja real ou imaginária; o acontecimento negativo evidente reinterpretado otimisticamente; a intencionalidade doentia alheia interpretada benignamente; o apego à qualquer coisa positiva, mesmo as incapazes de resolver os problemas existentes; a boa intenção sem discernimento; a alegria imatura; a negação da realidade considerada insuportável; o recurso infantil encontrado para digerir acontecimentos desastrosos; o modo de proteger-se de atitudes severas e desaprovadoras; o mecanismo de defesa do ego (MDE) da racionalização; a dificuldade de lidar com os percalços da existência; a fuga à imaginação; a criação de máscaras; o autengano; a preguiça mental; o perfil emocionalmente frágil; a ineficácia da deturpação dos fatos para o amadurecimento consciencial.
          Parafatologia: a apriorismose positiva influindo na apreensão distorcida das pararrealidades individuais, coletivas e ambientais; a insensibilidade aos padrões energéticos doentios; a imprevidência diante de holopensenes patológicos; o risco de acidentes de percurso parapsíquicos; as energias conscienciais (ECs) exteriorizadas nem sempre compatíveis com a fácies sorridente; a autovivência do estado vibracional (EV) profilático descortinando as realidades energéticas.


                                           III. Detalhismo

          Sinergismologia: o sinergismo temerário boa vontade–boa intenção–indiscernimento.
          Principiologia: a necessidade do princípio da descrença.
          Codigologia: a inobservância de emoções evidenciadas nos códigos de expressão facial.
          Teoriologia: a teoria das interprisões grupocármicas abrangendo as omissões e endossos irrefletidos.
          Tecnologia: a inaplicação da técnica da indignação cosmoética; o desconhecimento da técnica da esnobação cosmoética; as doses discernidas de otimismo poliânico tecnicamente prescritas no combate ao pessimismo e trafarismo cronicificado.
          Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da Pensenologia.
          Colegiologia: o Colégio Invisível dos Consciencioterapeutas.
          Efeitologia: os efeitos delirantes da negação de fatos e parafatos; os efeitos intoxicantes da negação dos malestares; o efeito halo do contentamento genuíno; o efeito transformador das palavras acolhedoras; os efeitos do otimismo no bem-estar físico; os efeitos repercussivos da inconflitividade íntima melhorando a atmosfera convivencial; os efeitos do autodesassédio no corte da cadeia de acidentes de percurso.
          Enumerologia: a opção por sempre satisfazer-se com qualquer coisa; a opção por sempre encontrar algo para estar contente; a opção por sempre iludir-se para ver o lado bom inexistente; a opção por sempre criar versão bonita para o fato desastroso; a opção por sempre avaliar positivamente tudo e todos; a opção por sempre afiançar a bondade e boa vontade alheias; a opção por sempre buscar o otimismo a qualquer custo. O omnicontentamento acrítico; a omnibenignidade utópica; a omniconfiança ingênua; a omnicredulidade inabalável; a omniaceitação resignada; a omnicomplacência deseducativa; o omniotimismo inconsequente.
          Binomiologia: o binômio fato-versões; o binômio exaltar trafores–encobrir trafares; o binômio pseudocontentamento-autengano; o binômio ilusão-frustração; o binômio espertalhão–inocente útil; o binômio autassédio-heterassédio; o binômio profilático heteroperdoamento–vigilância cosmoética.
          Interaciologia: a interação imatura empolgação-ilogicidade; a interação ansiedade-irreflexão; a interação verborragia-incomunicação; a interação devaneio-alienação; a interação imprevidência-irresponsabilidade; a interação otimismo crédulo–autovitimização; a interação heterocrítica falha–autocrítica rasa.
          Polinomiologia: o polinômio distorção perceptiva–distorção parapsíquica–distorção cognitiva–distorção mnemônica.
          Antagonismologia: o antagonismo síndrome de Poliana / polianismo terapêutico; o antagonismo acriticismo poliânico / hipercriticidade acrítica; o antagonismo Poliana (hipercredulidade) / Cassandra (hiperpessimismo); o antagonismo humor poliânico / humor distímico; o antagonismo riso poliânico / riso sarcástico; o antagonismo desvario poliânico / raciocínio traforista; o antagonismo inferências traforísticas / inferências trafarísticas; o antagonismo universo imaginário / vida real.
          Paradoxologia: o paradoxo de ser preferível a dura realidade à mais doce ilusão.
          Legislogia: a lei da generalização da experiência; as leis das probabilidades; a lei da economia de males; as leis da convivialidade; as leis do carma; a lei da interassistencialidade.
          Fobiologia: a criticofobia.
          Sindromologia: a síndrome de Poliana; a síndrome da distorção da realidade; a síndrome da boa moça; a síndrome do infantilismo; a síndrome da apriorismose; a síndrome da autossantificação; a síndrome da ectopia afetiva (SEA).
          Mitologia: o mito do mundo sem perigos; o mito de tudo ser favorável; o mito de tudo vir a dar certo; o mito de tudo sempre acabar bem; o mito da inevitabilidade do final feliz; o mito do amor romântico; o mito do corpo fechado; o mito da felicidade instantânea.
          Holotecologia: a apriorismoteca; a psicossomatoteca; a psicoteca; a oniroteca; a imagisticoteca; a dogmaticoteca; a criticoteca; a hemeroteca.
          Interdisciplinologia: a Criticologia; a Acriticologia; a Apriorismologia; a Parapatologia; a Imagisticologia; a Onirologia; a Psicossomatologia; a Autenganologia; a Autassediologia; a Autoconscienciometrologia; a Consciencioterapia; a Antivitimologia.


                                          IV. Perfilologia

          Elencologia: a consciênçula; a conscin lúcida; a isca humana lúcida; o ser desperto; o ser interassistencial; a conscin enciclopedista; a conscin poliânica.
          Masculinologia: o inocente útil; o simplório; o simplista; o ingênuo.
          Femininologia: a personagem Pollyanna; a inocente útil; a simplória; a simplista; a ingênua.
          Hominologia: o Homo sapiens aprioristicus; o Homo sapiens acriticus; o Homo sapiens credulus; o Homo sapiens immaturus; o Homo sapiens illucidus; o Homo sapiens negligens; o Homo sapiens innocens.


                                        V. Argumentologia

          Exemplologia: síndrome de Poliana particularizada = a incidindo na interpretação cor-de-rosa de aspecto específico da existência; síndrome de Poliana generalizada = a incidindo na interpretação cor-de-rosa de todos os aspectos da existência.
          Culturologia: a cultura das ilusões; a cultura da felicidade artificial.
          Caracterologia. Sob a ótica da Criticologia, eis, por exemplo, em ordem alfabética, 7 aspectos observáveis no universo da síndrome de Poliana:
          1. Acriticidade: o julgamento positivo apriorístico impedindo a apreensão realista e mais fidedigna possível das realidades existenciais.
          2. Credulidade: a confiança incondicional na bondade da natureza humana impedindo a cautela salutar diante das assedialidades do cotidiano.
          3. Ficcionalidade: a imaginação colocada a serviço da contemporização e enfeite de situações desfavoráveis impedindo o planejamento de ações recicladoras do contexto existencial.
          4. Imaturidade: a repressão dos sentimentos negativos impedindo o aprofundamento autopesquisístico fundamentador de recins evolutivas duradouras.
          5. Insensibilidade: a generalização apressada sobre a benignidade alheia impedindo a percepção dos sinais físicos e energéticos reveladores de intenções, sentimentos e posturas.
          6. Leviandade: a amaurose perante os aspectos negativos, maldosos e problemáticos da vida impedindo a profilaxia da autexposição às situações de risco e vitimizações.
            7. Superficialidade: a análise rasa, rápida, imponderada e monovisiológica das autexperiências impedindo a compreensão das concausas extrafísicas e seriexológicas dos fatos adversos.


                                                   VI. Acabativa

            Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com a síndrome de Poliana, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
            01. Acriticismo: Parapatologia; Nosográfico.
            02. Adulto-criança: Consciencioterapia; Nosográfico.
            03. Apriorismose: Parapatologia; Nosográfico.
            04. Autoficção: Autassediologia; Nosográfico.
            05. Consciência crítica cosmoética: Cosmoeticologia; Homeostático.
            06. Consciência literal: Conscienciometrologia; Nosográfico.
            07. Consciênçula: Conscienciometrologia; Nosográfico.
            08. Credulidade: Psicossomatologia; Nosográfico.
            09. Endosso sentimental: Psicossomatologia; Neutro.
            10. Felicidade específica: Equilibriologia; Homeostático.
            11. Felicidade patológica: Parapatologia; Nosográfico.
            12. Hipercriticidade acrítica: Criticologia; Nosográfico.
            13. Inocência: Evoluciologia; Neutro.
            14. Mundo imaginário: Imagisticologia; Nosográfico.
            15. Otimismo racional: Mentalsomatologia; Homeostático.
    A SÍNDROME DE POLIANA, AO OBSCURECER A VISÃO
   DAS IMATURIDADES ONIPRESENTES, ANULA AS AÇÕES
 DESASSEDIANTES LÚCIDAS CAPAZES DE TRANSFORMAR
   REALIDADES, TORNANDO-AS SADIAS E COSMOÉTICAS.
            Questionologia. Como encara você, leitor ou leitora, as realidades baratrosféricas da Era das Consréus? Edulcora os fatos e parafatos ou arregaça as mangas para a reeducação consciencial requerida à reurbanização planetária?
            Filmografia Específica:
            1. Pollyanna. Título Original: Pollyanna. País: USA. Data: 1960. Duração: 134 min. Gênero: Drama. Idade (censura): Livre. Idioma: Inglês. Cor: colorido. Direção: David Swift. Elenco: Jane Wyman; Hayley Mills; Richard Egan; Karl Malden; Nancy Olson; Adolphe Menjou; Donald Crisp; Agnes Moorehead; Kevin Corcoran; James Drury; Reta Shaw; Leora Dana; Anne Seymour; Edward Platt; & Mary Grace Canfield. Produção: George Golitzen. Direção de Arte: Carroll Clark; & Robert Clatworthy. Roteiro: David Swift, a partir da obra de Eleanor H. Porter. Fotografia: Russell Harlan. Música: Paul Smith. Figurino: Walter Plunkett. Edição: Frank Gross. Companhia: Walt Disney Productions. Estúdios & Distribuidora: Disney Buena Vista. Sinopse: Jovem órfã chega à cidade para viver com tia solitária e intransigente. Gradativamente, contagia a comunidade com a peculiar determinação em sempre ver o lado bom nas piores situações.
            2. Pollyanna. País: Inglaterra. Data: 2003. Duração: 99 min. Gênero: Drama. Idade (censura): Livre. Idioma: inglês. Cor: colorido. Direção: Sarah Harding. Elenco: Amanda Burton; Kenneth Cranham; & Georgina Terry. Produção: Charles Elton; Trevor Hopkins; & Charles Hubbard. Direção de Arte: James Lewis. Roteiro: Simon Nye, a partir da obra de Eleanor H. Porter. Fotografia: Chris O’Dell. Música: Christopher Gunning. Figurino: Amy Roberts. Edição: David Rees. Companhia: Carlton Productions, Carlton Television. Sinopse: nova refilmagem do clássico Pollyanna.
            3. Simplesmente Feliz. Título Original: Happy-Go-Lucky. País: Inglaterra. Data: 2008. Duração: 118 min. Gênero: Drama. Idade (censura): 12 anos. Idioma: inglês. Cor: colorido. Legendado: português. Direção: Mike Leigh. Elenco: Sally Hawkins; Alexis Zagerman; & Eddie Marsan. Produção: Simon Channing Williams. Direção de Arte: Patrick Rolfe; & Denis Schnegg. Roteiro: Mike Leigh. Fotografia: Dick Pope. Música: Gary Yershon. Figurino: Jacqueline Durran. Edição: Jim Clark. Companhia: Film4; Ingenious Film Partners; Summit Entertainment; Thin Man Films; & UK Film Council. Sinopse: Professora primária, otimista incorrigível, sempre se veste com roupas coloridas e tenta ver a vida pelo lado positivo.
            Bibliografia Específica:
            1. Porter, Eleanor H.; Pollyanna; trad. Luiz Fernando Martins; revisora Maria Regina Machado; 182 p.; 32 caps.; 1 foto; 1 ilus.; 1 microbiografia; 18 x 11,5 cm; br.; 2ª Ed.; Martin Claret; São Paulo, SP; 2007; páginas 13, 14, 32, 38, 39, 40, 64 e 78.
            2. Idem; Pollyanna Moça (Pollyanna Grows Up); trad. Luiz Fernando Martins; revisores Giacomo Leone; & Luciane Helena Gomide; 182 p.; 32 caps.; 2 fotos; 1 microbiografia; 18 x 11,5 cm; br.; Martin Claret; São Paulo, SP; 2008; páginas 24, 43, 46, 51, 53, 64, 98, 104, 118, 119, 139, 140, 148 e 189.
            3. Vieira, Waldo; Homo sapiens pacificus; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 1.584 p.; 24 seções; 413 caps.; 403 abrevs.; 20 cenografias; 24 discografias; 38 E-mails; 434 enus.; 484 estrangeirismos; 240 filmes; 1 foto; 37 ilus.; 168 megapensenes trivocabulares; 1 microbiografia; 103 musicografias; 25 pinacografias; 240 sinopses; 36 tabs.; 15 websites; glos. 241 termos; 9.625 refs.; alf.; geo.; ono.; 29 x 21,5 x 7 cm; enc.; 3ª Ed. Gratuita; Associação Internacional do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC); & Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2007; páginas 126, 580 e 667.
                                                                                                                      A. L.