Síndrome de Gabriela

A síndrome de Gabriela é o estado nosológico caracterizado pela resistência à mudança, resultante da decisão de manter a autoconsciencialidade inalterada, observável nas justificativas para a fixação da condição e expressão pessoal.

Você, leitor ou leitora, identifica sinais da síndrome de Gabriela em alguma área da autexpressão? Costuma ser proativo(a) na averiguação autocrítica, paciente e detalhada dos aspectos da própria personalidade a serem burilados e aprimorados?

      SÍNDROME DE GABRIELA
                                  (AUTOMIMETICOLOGIA)


                                         I. Conformática

          Definologia. A síndrome de Gabriela é o estado nosológico caracterizado pela resistência à mudança, resultante da decisão de manter a autoconsciencialidade inalterada, observável nas justificativas para a fixação da condição e expressão pessoal.
          Tematologia. Tema central nosográfico.
          Etimologia. O termo síndrome procede do idioma Grego, syndromé, “concurso; ação de reunir tumultuosamente”. Surgiu no Século XIX. O vocábulo Gabriela é referência à personagem-título do romance Gabriela, Cravo e Canela, publicado em 1958, do escritor brasileiro Jorge Amado (1912–2001).
          Sinonimologia: 1. Vírus Gabrielão. 2. Síndrome da inflexibilidade crônica. 3. Personalidade petrificada. 4. Patomimese deliberada. 5. Recinofobia.
          Arcaismologia. O romance Gabriela, Cravo e Canela foi adaptado para a telenovela brasileira Gabriela exibida em 1975 e refilmada em 2012. A denominação da síndrome surgiu em decorrência dos versos “eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim, Gabriela, sempre Gabriela” e “eu sou sempre igual” da música-tema Modinha para Gabriela (1975), composta por Dorival Caymmi (1914–2008) e interpretada por Gal Costa (1945– ).
          Neologia. As duas expressões compostas síndrome de Gabriela particularizada e síndrome de Gabriela generalizada são neologismos técnicos da Automimeticologia.
          Antonimologia: 1. Síndrome da metamorfose ambulante. 2. Senso autevolutivo. 3. Recinofilia. 4. Dinamismo autevolutivo. 5. Inteligência Evolutiva (IE).
          Estrangeirismologia: a self-perfomance rebarbativa.
          Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto à holomaturescência da Autevoluciologia Cosmoética.
          Coloquiologia: o posicionamento de pensar, sentir e agir de certo jeito e ponto final; o lema estagnante nasci deste jeito e nunca vou mudar; a justificativa anticrítica mesmo que não goste do meu jeito, sou assim mesmo; a imposição inflexível sempre fiz desta maneira, prefiro do meu jeito; a afirmação arrogante quem me quiser, tem que ser deste jeito; a certeza inquestionável tudo está bom do jeito que está; o argumento irrefutável nada pode ser alterado, pois as coisas precisam ser do jeito que são; o desejo baratrosférico de tudo ficar do mesmo jeito.


                                           II. Fatuística

          Pensenologia: o holopensene pessoal mimético; os mimeticopensenes; a mimeticopensenidade; os batopensenes; a batopensenidade; os retropensenes; a retropensenidade; os acriticopensenes; a acriticopensenidade; a inflexibilidade pensênica; a cronicificação de hábitos patopensênicos; a pressão holopensênica antimudancista dos grupos neofóbicos.
          Fatologia: a negação empedernida em alterar pensamentos, posicionamentos, comportamentos e estilo de vida ultrapassados; a apologia anticosmoética de atitude antievolutiva; a insistência em fazer tudo sempre igual; a afirmação vaidosa de não mudar por nada nem ninguém; as desculpas mascarando a opção pelos ganhos autocorruptos; as autocertezas irrefutáveis convenientes ao aninho na zona de conforto; a aspiração irrealizável de o mundo se cristalizar para não demandar reciclagens; as estratégias de convencimento sobre a irrelevância das mudanças pessoais; a pseudossegurança na aparente imutabilidade pessoal; a pseudofortaleza da personalidade; a restrição voluntária do mundo pessoal; a recusa em experimentar ser diferente; as chances de aprendizagens evolutivas perdidas; a autovitimização ao impedir-se a descoberta de novas possibilidades existenciais; a amaurose quanto às vantagens das recins; o desperdício incalculável da ressoma na Era da Aceleração da História.
         Parafatologia: a falta do estado vibracional (EV) profilático capaz de explicitar a dinamização holossomática; os bloqueios energossomáticos; o travão ao avanço parapsíquico; a interpretação distorcida e tendenciosa dos parafenômenos; os acidentes de percurso podendo ser recurso paradidático indutor da reciclagem.


                                          III. Detalhismo

         Principiologia: o princípio espúrio do autocomodismo; o princípio mimético do mais do mesmo; o princípio da evolução consciencial inarredável e infinita; o princípio da autevolução requerer renovação incessante; o princípio da autonomia da vontade; o princípio do respeito ao livre arbítrio; o princípio do poder magno da consciência sobre o próprio holossoma.
         Teoriologia: a reiteração de erros e conivências recrudescendo os endividamentos explicados pela teoria das interprisões grupocármicas.
         Tecnologia: a técnica da Impactoterapia Cosmoética; a técnica da Cosmoética Destrutiva; a técnica da recin; as técnicas energéticas; as técnicas conscienciométricas; as técnicas consciencioterápicas.
         Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da Pensenologia; o laboratório conscienciológico do Cosmograma; o laboratório conscienciológico Holociclo; o laboratório conscienciológico da imobilidade física vígil (IFV); o laboratório conscienciológico do estado vibracional; o laboratório conscienciológico da Retrocogniciologia; o laboratório conscienciológico da Parageneticologia.
         Colegiologia: o Colégio Invisível da Evoluciologia.
         Efeitologia: os efeitos anticognitivos de afirmar não haver mais nada a aprender; os efeitos antidietéticos de convencionar serem imutáveis os agrados ao paladar; os efeitos alienantes de julgar serem vãs as tentativas de participação política; os efeitos paralisantes de submeter-se aos costumes familiares tidos como irretocáveis; os efeitos deformantes de inadmitir as mudanças corporais do envelhecimento; os efeitos regressivos da esquiva à recin; os efeitos monopolizantes dos autassédios.
         Neossinapsologia: a exaltação patológica das retrossinapses impedindo a formação de neossinapses evolutivas.
         Ciclologia: o ciclo vicioso das patomimeses multiexistenciais; a versão estacionária de si ao longo do ciclo ressoma-dessoma; a autexpressão congelada ao longo do ciclo etário humano; o repeteco consciencial no ciclo multiexistencial pessoal (CMP); a carência do ciclo neofílico experimentar-opinar; a fuga ao ciclo argumentações-refutações; a premência terapêutica do ciclo recéxis-recin.
         Enumerologia: a resistência às mudanças; a indiferença às inovações; a rejeição às diferenças; o apego às tradições; a acomodação às trivialidades; a aversão às criticas; a imobilização da autexpressão. A opção preguiçosa; a vanglória tola; a traquilidade apedeuta; a intelecção sedentária; a criticidade superficial; a mundividência endurecida; a desambição evolutiva. O medo de arriscar; o medo de não conseguir; o medo de dar errado; o medo de frustrar-se; o medo de cair no ridículo; o medo de ser rejeitado; o medo de ter medo.
         Binomiologia: o binômio egão-orgulho; o binômio interiorose-apriorismose; o binômio hábitos arraigados–rotinas engessadas; o binômio autoperdoamento-heteroimperdoamento; o binômio autocrítica falha–hipercriticidade acrítica; o binômio pensamento inflexível–generalização autassediante; o binômio autassédio-heterassédio.
         Interaciologia: a interação mesmas perguntas–mesmas respostas; a interação mesmos estímulos–mesmas reações; a interação mesmos procedimentos–mesmos resultados; a interação mesma sementeira–mesma colheita; a interação mesmo olhar–mesma perspectiva; a interação mesmo caminho–mesmo destino; a interação ser diferente–fazer diferente.
         Crescendologia: o crescendo semente-árvore; o crescendo larva-borboleta; o crescendo consciênçula-Serenão.
         Trinomiologia: o trinômio trafores desconhecidos–trafares fortalecidos–trafais perpetuados; o trinômio recorrência-recrudescimento-cronicificação; o trinômio estagnação-retrocesso-sofrimento; o trinômio irracionalidade-autocorrupção-autassédio; o trinômio erro–engano–omissão deficitária; a deturpação fantasiosa do trinômio autoconceito-autoimagem-autestima; o trinômio desculpa-melin-melex.
          Antagonismologia: o antagonismo abertismo consciencial / fechadismo consciencial.
          Paradoxologia: o paradoxo do autengano; o paradoxo da insistência em padrões patológicos de automanifestação.
          Politicologia: a alienação política pela descrença quanto à possibilidade de modificação do status quo.
          Legislogia: a lei do menor esforço; o empenho inútil de ir contra as leis da evolução.
          Fobiologia: a neofobia crônica.
          Sindromologia: a síndrome de Gabriela; a síndrome da mediocrização; a síndrome da mesmice; a síndrome da apriorismose; a síndrome de Peter Pan; a síndrome do infantilismo; a síndrome de Alzheimer.
          Maniologia: a nostomania.
          Mitologia: a mitificação da própria personalidade.
          Holotecologia: a necessidade de pesquisas na Holoteca.
          Interdisciplinologia: a Automimeticologia; a Antirrecexologia; a Antievoluciologia; a Autenganologia; a Perdologia; a Psicossomatologia; a Parapatologia; a Conscienciometria; a Consciencioterapia; a Holomaturologia.


                                           IV. Perfilologia

          Elencologia: a consciênçula; a consréu ressomada; a conscin baratrosférica; a conscin eletrótica; a isca humana inconsciente; a pessoa parada no tempo e no espaço.
          Masculinologia: o pré-serenão vulgar; o intransigente; o apriorota; o interiorota; o burocrata; o paradão; o dono da verdade; o arrogante; o rabugento; o teimoso; o orgulhoso; o medroso; o inseguro; o acomodado; o boa-vida; o cabotino.
          Femininologia: a pré-serenona vulgar; a intransigente; a apriorota; a interiorota; a burocrata; a paradona; a dona da verdade; a arrogante; a rabugenta; a teimosa; a orgulhosa; a medrosa; a insegura; a acomodada; a boa-vida; a cabotina.
          Hominologia: o Homo sapiens pathomimeticus; o Homo sapiens vulgaris; o Homo sapiens immaturus; o Homo sapiens acriticus; o Homo sapiens incautus; o Homo sapiens autobsessus; o Homo sapiens antiproexis.


                                        V. Argumentologia

          Exemplologia: síndrome de Gabriela particularizada = a resistência à mudança em área específica de manifestação da personalidade; síndrome de Gabriela generalizada = a resistência à mudança em todas as áreas de manifestação da personalidade.
          Culturologia: os idiotismos culturais; as mimeses culturais; a herança cultural.
          Posicionamento. A síndrome de Gabriela apresenta duas características paradoxais:
          1. Insubordinação: a relutância em adequar-se às neoconjunturas existenciais.
          2. Subjugação: a resignação as influências paragenéticas, genéticas e / ou mesológicas.
          Etiologia. Sob a ótica da Conscienciometrologia, eis, por exemplo, em ordem alfabética, 7 posturas autassediantes com os respectivos lemas desmotivadores e autojustificativas para a manutenção da inércia pessoal:
         1. Autovitimizada: mudar é inatingível. Convicta da subestimação da autobagagem experiencial, considera-se demasiadamente imperfeita para conseguir tornar-se melhor. Desanimada, pensa não haver saída para conseguir evoluir.
         2. Fatalista: mudar é impossível. Convicta da impossibilidade de modificar a si e a conjuntura existencial, considera-se impotente para a melhoria evolutiva das condições pessoais e sociais. Desesperançosa, acha inútil tentar evoluir.
         3. Medrosa: mudar é perigoso. Convicta da precaução ser a não exposição aos riscos do desconhecido, considera-se frágil perante os preços evolutivos advindos das novas formas de pensar, sentir e agir. Covarde, teme evoluir.
         4. Postergadora: mudar sem pressa. Convicta da inocuidade dos vícios e prazeres autocorruptos, considera-se tranquila com as protelações de desafios evolutivos. Deleitada, conjectura haver muito tempo para evoluir.
         5. Preguiçosa: mudar é estafante. Convicta do volume descomunal de esforços requeridos para as renovações, considera-se sem forças para enfrentar as autoprescrições recinológicas. Prostrada, imagina dar muito trabalho evoluir.
         6. Prepotente: mudar é dispensável. Convicta da superestimação do valor da própria personalidade, considera-se em nível evolutivo digno de louvores alheios. Arrogante, assume não desejar evoluir.
         7. Teimosa: mudar é autodepreciativo. Convicta da admissão de trafares e trafais ser humilhante, considera-se defendida ao permanecer como está. Orgulhosa, justifica para si não valer a pena evoluir.
         Repercussões. Conforme a Autovitimologia, a convicção quanto à imutabilidade consciencial pode gerar repercussões em pelos menos 4 áreas existenciais, listadas alfabeticamente:
         1. Convivencial: a estagnação relacional; o congelamento de heterodiagnósticos; a condenação perene de erros, enganos e omissões deficitárias alheias; a mágoa perpetuada.
         2. Intraconsciencial: a estagnação cognitiva; o congelamento dos autodiagnósticos; a culpabilização perene por erros, enganos e omissões deficitárias cometidos; o sofrimento eterno.
         3. Profissional: a estagnação laboral; o congelamento de hábitos e rotinas anacrônicos; a conservação de ineficácias, ineficiências e inaptidões; o condicionamento retrógrado.
         4. Social: a estagnação comportamental; o congelamento de posturas; a desobediência aguerrida às regras e normas sociais; a rebeldia deslocada.
         Lições. Eis, por exemplo, em ordem alfabética, 4 lições de dinamismo evolutivo, hauridas na observação de fatos cotidianos instigadores das modificações existenciais:
         1. Lição da natureza: as alterações cíclicas, sazonais, no clima, vegetação e paisagens, impondo adaptações em vestimentas, abrigos e frutos da estação.
         2. Lição da seriéxis: as reciclagens ressomáticas impondo adaptações ao novo soma, energossoma, companhias e mesologia.
         3. Lição da Tecnologia: as inovações tecnológicas tornando o objeto top de linha em obsoleto impondo adaptações para a sobrevivência e operacionalizações na contemporaneidade.
         4. Lição do soma: as transformações corporais inevitáveis no desenvolvimento e envelhecimento corporal impondo adaptações somáticas, alimentares, comportamentais e culturais.
         Diagnóstico. A síndrome de Gabriela sinaliza covardia e autoinsegurança. Admitir falhas, incompetências e imaturidades exige coragem para a autocrítica sincera, além de segurança nos autopotenciais recinológicos. Enfrentar tais condições requer coragem para experimentar neomodos de autexpressão no processo de superação de ineficiências e aquisições de habilidades cosmoéticas, além de segurança na capacidade pessoal de sustentação dos esforços até a obtenção dos êxitos almejados.
         Terapeuticologia. Portanto, a remissão da síndrome de Gabriela pode ser alcançada com o empenho em novas experimentações evolutivas, objetivando a promoção de mudanças pessoais e contextuais, com ousadia cosmoética e autoconfiança no repertório de habilidades da autobagagem multiexistencial. O autodiscernimento deve definir quais os empenhos necessários, identificando as autexpressões cosmoéticas a serem fixadas e gradativamente aprimoradas, e verificando quando se adaptar aos cenários existenciais, sem resignação, e com intenção interassistencial.


                                          VI. Acabativa

          Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com a síndrome de Gabriela, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
          01. Acomodação mimética: Automimeticologia; Nosográfico.
          02. Acriticismo: Parapatologia; Nosográfico.
          03. Anacronismo: Paracronologia; Nosográfico.
          04. Antepassado de si mesmo: Seriexologia; Nosográfico.
          05. Apriorismose: Parapatologia; Nosográfico.
          06. Autassédio: Parapatologia; Nosográfico.
          07. Autocorrupção: Parapatologia; Nosográfico.
          08. Autoficção: Autassediologia; Nosográfico.
          09. Autoperdoador: Parapatologia; Nosográfico.
          10. Fechadismo consciencial: Parapatologia; Nosográfico.
          11. Ignorância ignorada: Autenganologia; Nosográfico.
          12. Mesméxis: Intrafisicologia; Nosográfico.
          13. Mimeticologia: Intrafisicologia; Neutro.
          14. Neofobia: Parapatologia; Nosográfico.
          15. Orgulho teimoso: Perdologia; Nosográfico.
    A SÍNDROME DE GABRIELA, AO APOLOGIZAR SOBRE
 NADA PODER MUDAR, AFIRMA A INOPERÂNCIA DA EVOLUÇÃO CONSCIENCIAL. TAL POSTURA CONTRAPÕE-SE
     AOS PRINCÍPIOS BASILARES DA CONSCIENCIOLOGIA.
          Questionologia. Você, leitor ou leitora, identifica sinais da síndrome de Gabriela em alguma área da autexpressão? Costuma ser proativo(a) na averiguação autocrítica, paciente e detalhada dos aspectos da própria personalidade a serem burilados e aprimorados?
                                                                                            A. L.