A vertente historiográfica é a abordagem teórica e metodológica adotada pelo historiador na investigação, interpretação e escrita dos fatos e acontecimentos passadológicos.
Como encara você, leitor ou leitora, as diferentes vertentes historiográficas? Vale o esforço de conhecer as diversas formas de estudar o passado?
VERTENTE HISTORIOGRÁFICA (HISTORIOGRAFOLOGIA) I. Conformática Definologia. A vertente historiográfica é a abordagem teórica e metodológica adotada pelo historiador na investigação, interpretação e escrita dos fatos e acontecimentos passadológicos. Tematologia. Tema central neutro. Etimologia. O vocábulo verter vem do idioma Latim, vertere, “voltar; virar; desviar; verter”. Surgiu no Século XIII. O termo história deriva também do idioma Latim, historia, “História; História Universal; narração; descrição; conto; aventura; fábula”, e este do idioma Grego, historía, “História; pesquisa; informação; relato”. Apareceu no Século XIV. O elemento de composição grafia vem do idioma Grego, graphé, “escrita; escrito; convenção; documento; descrição”. Sinonimologia: 1. Perspectiva historiográfica. 2. Linha historiográfica. 3. Corrente historiográfica. Neologia. As duas expressões compostas vertente historiográfica restrita e vertente historiográfica abrangente são neologismos técnicos da Historiografologia. Antonimologia: 1. História única. 2. História neutra. Estrangeirismologia: o brainstorming pesquisístico; o estudo exaustivo do Zeitgeist; o Volksgeist de cada cultura pesquisada; o puzzle nas retropesquisas; o rapport passadológico; o upgrade das pesquisas multidimensionais. Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto à amplitude pesquisística da Historiografologia. Megapensenologia. Eis 2 megapensenes trivocabulares relativos o tema: – História: interpretações múltiplas. História significa interpretação. Citaciologia. Eis 3 citações pertinentes ao tema: – Estude o historiador antes de começar a estudar os fatos (Edward Carr, 1892–1982). Tudo o que já ocorreu no passado continuará no futuro; porém, mudam-se os nomes e as superfícies das coisas, de modo que não as reconhece quem não tem bom olho (Francesco Guicciardini, 1483–1540). Toda a História é História contemporânea (Benedetto Croce, 1866–1952). II. Fatuística Pensenologia: o holopensene pessoal relativo à pesquisa historiográfica; a História dos pensenes; a profilaxia dos lapsopensenes; a lapsopensenidade; os mnemopensenes; a mnemopensenidade; os retropensenes; a retropensenidade; os cosmopensenes; a cosmopensenidade; os neopensenes; a neopensenidade; os nexopensenes; a nexopensenidade; os parapensenes; a parapensenidade; os ortopensenes; a ortopensenidade. Fatologia: a vertente historiográfica; a reflexão sobre a produção e escrita da História; os diferentes sentidos de entender o passado; a variedade de registros historiográficos; o ofício de estudar os fatos passados; a visão do futuro influenciando a concepção de passado; a inexistência da História definitiva; a objetividade nas retropesquisas; a acumulação de verdades parciais; os fatos verificados pela lupa da vertente pesquisística; a seleção intencional das fontes históricas; o fato moldado pela interpretação; a História moralizante; o caleidoscópio historiográfico; o estudo das manifestações conscienciais ao longo do tempo; as Escolas Historiográficas; o amplo significado do conceito de História; a hermenêutica da produção histórica; a escolha consciente da modalidade historiográfica; os diferentes métodos de investigação passadológica; a crítica ao fetichismo dos fatos; as diferentes abordagens dos eventos, personagens e datas; a evitação do isolamento disciplinar; a necessária utilização das ciências auxiliares da História; o problema da hiperespecialização na escrita histórica; a impossibilidade de escrita historiográfica dentro do único campo historiográfico; a utilização social do conhecimento histórico; a pretensão de estudar o longo tempo; a tentativa de reconstrução do passado; a busca pela orientação no tempo; a preservação da memória; o aumento da conscientização histórica; as diferentes perspectivas de analisar o objeto de pesquisa; a constante reflexão epistemológica; a interdisciplinaridade necessária para o aumento da cognição em relação ao passado; a fonte sendo matéria prima para o historiador; o estudo histórico dos mitos, ritos e tabus; a História das elites; a História vista de baixo; a História dos excluídos; a História das mentalidades; o perigo da inculcação ideológica; os erros e acertos cometidos pelos historiadores; a seriexometria dos historiadores do passado a partir dos registros; a necessária visão sistêmica no estudo do passado. Parafatologia: a autovivência do estado vibracional (EV) profilático; a sinalética energética e parapsíquica pessoal; a coexistência do tempo físico e extrafísico; a ignorância da maioria dos historiadores quanto ao autorrevezamento multiexistencial; a proéxis com base nas retratações historiográficas do passado; as autorretroproéxis; o fenômeno do dejaísmo; a casuística pessoal de vidas prévias retratada nos livros de História e muitas vezes ignorada; o mérito de acessar as autorretrovidas registradas na historiografia; as vivências imortalizadas na parapsicoteca; o reconhecimento da retrossenha pessoal. III. Detalhismo Sinergismologia: o sinergismo História narrativa–História estrutural; o sinergismo fato-interpretação; o sinergismo História-Arqueologia; o sinergismo História-epigrafia; o sinergismo História-Numismática; o sinergismo História-Cronologia; o sinergismo vestígio gráfico–autorretrocognição. Principiologia: o princípio da descrença (PD); o princípio da reverificação dos fatos. Codigologia: o código pessoal de Cosmoética (CPC) demonstrando responsabilidade pesquisística; o trabalho do historiador em desvendar os códigos do passado; os códigos de honra pretéritos; os diferentes códigos de vestimenta ao longo dos Séculos; os códigos de ética culturais; a investigação dos códigos linguísticos. Teoriologia: o nascimento da teoria histórica; a teoria do positivismo; a teoria do materialismo; a teoria do presentismo; a teoria da Para-História; a História influenciada pelas teorias historiográficas; a teoria da evolução consciencial. Tecnologia: a técnica da interdisciplinaridade pesquisística; a técnica da pergunta problema; a técnica da seleção documental; a técnica de ler as entrelinhas; a técnica do confronto de fontes; a técnica de verificar a exatidão dos fatos; a técnica qualitativa de estudar o passado. Voluntariologia: os voluntários da Associação Internacional de Pesquisas Seriexológicas e Holobiográficas (CONSECUTIVUS). Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da Autorretrocogniciologia. Colegiologia: o Colégio Invisível da Para-História. Efeitologia: o efeito pesquisístico da cronosofia. Neossinapsologia: a aquisição das neossinapses cognitivas através da pesquisa historiográfica. Ciclologia: o constante ciclo tese-síntese-antítese; o ciclo historiográfico investigação-seleção-pesquisa-escrita; o ciclo interminável das captações historiográficas. Enumerologia: a historiografia documentada; o distanciamento histórico; o estudo das consciências ao longo do tempo; a refutação das fontes; a narrativa histórica; a compreensão da historicidade; a para-historiografia ampliando a cosmovisão. Binomiologia: o binômio Historiologia–Para-Historiografologia; o binômio pesquisa-perspicácia; o binômio investigação-cognição; o binômio teoria-interpretação; o binômio achados-preservação; o binômio admiração-discordância em relação aos atos conscienciais do passado; o binômio erros cometidos no passado–erros estudados no presente. Interaciologia: a interação fonte-teoria; a interação História-Biografia; a interação História-Geografia; a interação História-Economia; a interação História-Estatística; a interação entre teorias historiográficas; a interação História–Para-História. Crescendologia: a autonomia pesquisística conquistada pelo crescendo de pesquisa historiográfica; a ampliação da erudição enquanto fruto do crescendo dos estudos sobre o passado. Trinomiologia: o trinômio pesquisador-fonte-fato; o trinômio testemunho-memória-História; o trinômio retrofatos-fatos-parafatos. Polinomiologia: o polinômio arquivo-biblioteca-mnemoteca-parapsicoteca-cosmovisioteca. Antagonismologia: o antagonismo tempo linear / tempo cíclico; o antagonismo contar histórias / contar ficção; o antagonismo História oficial / História marginal; o antagonismo focagem coletiva no passado / focagem coletiva no presente-futuro; o antagonismo impossibilidade de mudar o passado / conhecimento mutável do passado; o antagonismo Prospectiva / Passadologia; o antagonismo rememoração / esquecimento. Paradoxologia: a conduta paradoxal de reconhecer o melhor e optar pelo pior. Politicologia: a evitação da anomia historiográfica. Legislogia: a lei do maior esforço na pesquisa histórica. Filiologia: a pesquisofilia; a mnemofilia; a descrenciofilia; a discernimentofilia; a raciocinofilia; a fatofilia; a hermeneuticofilia. Fobiologia: a mnemofobia; a apriorismofobia; o combate à arquivofobia; a ausência da bibliofobia; a eliminação da intelectofobia; a erradicação da disciplinofobia; o combate à historiografofobia. Sindromologia: a evitação da síndrome da superficialidade. Maniologia: a evitação da nostomania. Mitologia: o mito do Cronos; o mito de Mnemosyne; o mito de Clio; o mito da concepção linear do tempo; o mito da verdade absoluta; o mito da verdade documental; o mito da neutralidade historiográfica. Holotecologia: a historioteca; a comunicoteca; a evolucioteca; a regressoteca; a recexoteca; a ciencioteca; a cognoteca. Interdisciplinologia: a Historiografologia; a Cronologia; a Passadologia; a Metodologia; a Antropologia; a Sociologia; a Mentalsomatologia; a Holocronologia; a Experimentologia; a Mnemossomatologia; a Para-Historiologia. IV. Perfilologia Elencologia: a conscin lúcida; a isca humana lúcida; o ser desperto; o ser interassistencial; a conscin enciclopedista. Masculinologia: o historiógrafo; o historiador; o bardo; o escriba; o escritor; o arquivista; o memorialista; o acoplamentista; o agente retrocognitor; o amparador intrafísico; o atacadista consciencial; o autodecisor; o intermissivista; o cognopolita; o compassageiro evolutivo; o completista; o comunicólogo; o conscienciólogo; o conscienciômetra; o consciencioterapeuta; o macrossômata; o conviviólogo; o duplista; o duplólogo; o proexista; o proexólogo; o reeducador; o epicon lúcido; o escritor; o evoluciente; o exemplarista; o intelectual; o reciclante existencial; o inversor existencial; o maxidissidente ideológico; o tenepessista; o ofiexista; o parapercepciologista; o pesquisador; o projetor consciente; o sistemata; o tertuliano; o verbetólogo; o voluntário; o tocador de obra; o homem de ação. Femininologia: a historiógrafa; a historiadora; a escriba; a escritora; a arquivista; a memorialista; a acoplamentista; a agente retrocognitora; a amparadora intrafísica; a atacadista consciencial; a autodecisora; a intermissivista; a cognopolita; a compassageira evolutiva; a completista; a comunicóloga; a consciencióloga; a conscienciômetra; a consciencioterapeuta; a macrossômata; a convivióloga; a duplista; a duplóloga; a proexista; a proexóloga; a reeducadora; a epicon lúcida; a escritora; a evoluciente; a exemplarista; a intelectual; a reciclante existencial; a inversora existencial; a maxidissidente ideológica; a tenepessista; a ofiexista; a parapercepciologista; a pesquisadora; a projetora consciente; a sistemata; a tertuliana; a verbetóloga; a voluntária; a tocadora de obra; a mulher de ação. Hominologia: o Homo sapiens historiographus; o Homo sapiens historiator; o Homo sapiens factor; o Homo sapiens perquisitor; o Homo sapiens evolutiens; o Homo sapiens holothecarius; o Homo sapiens scriptor; o Homo sapiens sustentator; o Homo sapiens holomaturologus; o Homo sapiens holomnemonicus; o Homo sapiens retrocognitor; o Homo sapiens interassistentialis. V. Argumentologia Exemplologia: vertente historiográfica restrita = a pesquisa focada em teorias materialistas; vertente historiográfica abrangente = a pesquisa cosmovisiológica. Culturologia: a cultura da Pesquisologia; a cultura da supervalorização do documento; a cultura do cientificismo; a cultura da Refutaciologia; a cultura da Descrenciologia; a cultura do estudo passadológico; a cultura da Mentalsomatologia. Taxologia. Segundo a Holomnemologia, a pesquisa historiográfica intrafisicalista pode ser classificada, no mínimo, em 14 vertentes com os respectivos propositores e / ou influenciadores, listadas em ordem alfabética: 01. Escola Metódica: Leopold von Ranke (1795–1886). 02. História Cultural: Marc Bloch (1886–1944). 03. História das Mentalidades: Lucien Febvre (1878–1956). 04. História das Representações: Johannes Huizinga (1872–1945). 05. História Demográfica: Fernand Braudel (1902–1985). 06. História do Cotidiano: Agnes Heller (1929–). 07. História do Imaginário: Jacques Le Goff (1924–2014) e Georges Duby (1919–1996). 08. História e Tradição: Eric Hobsbawm (1917–2012). 09. História Oral: Alex Haley (1921–1992). 10. História Positivista: Augusto Comte (1798–1857). 11. História Social da Cultura: Peter Burke (1937–). 12. Materialismo Cultural: Raymond Williams (1921–1988). 13. Materialismo Histórico: Karl Marx (1818–1883). 14. Micro-História: Carlo Ginzburg (1939–). Classificação. Segundo a Para-Historiografologia, eis, em ordem alfabética, 30 exemplos, elencados em 3 grupos distintos de pesquisas referente aos enfoques, métodos e temas: A. Enfoque. A definição da realidade social pretendida a pesquisar: 01. História Antropológica. 02. História Cultural. 03. História da Arte. 04. História da Cultura Material. 05. História da Sexualidade. 06. História das Ideias. 07. História das Mentalidades. 08. História das Representações. 09. História do Direito. 10. História do Imaginário. 11. História Econômica. 12. História Política. 13. História Social. B. Métodos. A abordagem com relação ao tratamento e escolha das fontes pesquisísticas: 14. Arqueologia. 15. Biografia. 16. História do Discurso. 17. História Imediata. 18. História Local. 19. História Oral. 20. História Quantitativa. 21. História Regional. 22. História Serial. 23. Micro-História. C. Temas. A escolha do ambiente geográfico, grupos sociais ou sujeitos históricos: 24. História da Religião. 25. História da Vida Privada. 26. História das Massas. 27. História das Mulheres. 28. História dos Marginais. 29. História Rural. 30. História Urbana. Para-Historiografologia. Especialidade da Conscienciologia, a Para-História é responsável pelo estudo multidimensional das consciências e dos diferentes contextos passadológicos físicos e extrafísicos, extrapolando as vertentes historiográficas materialistas restringidoras do entendimento da realidade. Complexidade. As manifestações conscienciais são complexas, portanto, a compartimentação na apreensão dos fatos e parafatos restringe a interpretação, correndo o risco do estudo incompleto e parcial de determinado acontecimento. Cabe aos pesquisadores, interessados em alcançar a cosmovisão pesquisística, realizar interconexões intra e extrafísicas nas análises, utilizando, além dos métodos convencionais, a autorretrocognição, a projeção consciente e as inspirações extrafísicas. Interdisciplinaridade. A ousada tarefa de alcançar a verdade dos fatos, terá mais êxito se o pesquisador se empenhar em conhecer o máximo de enfoques possíveis sobre o tema pesquisado além das óbvias experiências parapsíquicas pessoais. VI. Acabativa Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com a vertente historiográfica, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados: 01. Argumentação fatuística: Pesquisologia; Homeostático. 02. Corredor heurístico: Experimentologia; Homeostático. 03. Cosmossíntese: Mentalsomatologia; Homeostático. 04. Cronoevoluciologia: Autevoluciologia; Neutro. 05. Data relevante: Paracronologia; Neutro. 06. Fato orientador: Pesquisologia; Neutro. 07. Fonte histórica: Historiografologia; Neutro. 08. História Oral: Historiografologia; Neutro. 09. Historicidade seriexológica: Holomemoriologia; Neutro. 10. Interação evolutiva: Autopesquisologia; Homeostático. 11. Interrelações interdisciplinares: Mentalsomatologia; Homeostático. 12. Megacontecimento histórico: Historiologia; Neutro. 13. Parângulo: Heuristicologia; Homeostático. 14. Pesquisa do erro: Autopesquisologia; Homeostático. 15. Tangenciologia: Interdisciplinologia; Neutro. CONHECER AS VERTENTES HISTORIOGRÁFICAS AJUDA O PESQUISADOR A IDENTIFICAR AS INFLUÊNCIAS NAS FORMAS DE ESTUDAR E INTERPRETAR O PASSADO SELECIONANDO LUCIDAMENTE AS FONTES DE PESQUISAS. Questionologia. Como encara você, leitor ou leitora, as diferentes vertentes historiográficas? Vale o esforço de conhecer as diversas formas de estudar o passado? Bibliografia Específica: 1. Barros, José D’Assunção Barros; O Campo da História: Especialidades e Abordagens; 222 p.; 10 caps.; 5 esquemas; 2 ilus.; microbiografia; 148 refs.; ono.; 23 x 16 cm; br.; 4a Ed.; Vozes; Petrópolis, RJ; 2004; páginas 9 a 110. M. M.