Síndrome de Cinderela

A síndrome de Cinderela é a condição nosológica de imaturidade afetiva da conscin mulher vivendo sob a crença de ser salva e cuidada por agente externo considerado mais forte e capaz, a exemplo do homem idealizado, dos pais, do amparador ou mesmo do guia amaurótico.

Você, leitor ou leitora, ainda manifesta infantilidades esperando outras consciências assumirem as reponsabilidades pessoais e intransferíveis? Na escala de 1 a 5, qual o grau de autonomia consciencial alcançado?

      SÍNDROME DE CINDERELA
                                     (PARAPATOLOGIA)


                                         I. Conformática

          Definologia. A síndrome de Cinderela é a condição nosológica de imaturidade afetiva da conscin mulher vivendo sob a crença de ser salva e cuidada por agente externo considerado mais forte e capaz, a exemplo do homem idealizado, dos pais, do amparador ou mesmo do guia amaurótico.
          Tematologia. Tema central nosográfico.
          Etimologia. O termo síndrome procede do idioma Grego, syndromé, “concurso; ação de reunir tumultuosamente”. Surgiu no Século XIX. A palavra Cinderela é antropônimo do idioma inglês, Cinderella, heroína de conto de fadas cuja versão mais antiga é chinesa.
          Sinonimologia: 1. Complexo de Cinderela. 2. Síndrome da fragilização. 3. Síndrome da boa moça. 4. Síndrome da donzela. 5. Transtorno da personalidade feminina dependente. 6. Subjugação feminina; submissão feminina. 7. Dependência psicológica ginossomática.
          Neologia. As duas expressões compostas síndrome de Cinderela adolescente e síndrome de Cinderela adulta são neologismos técnicos da Parapatologia.
          Antonimologia: 1. Autonomia feminina. 2. Síndrome de Peter Pan. 3. Síndrome de Poliana. 4. Dupla evolutiva. 5. Maturidade afetiva.
          Estrangeirismologia: a fairy tale; a love story; a VIP (very important person); o happy end; o happily ever after; o once upon a time; a protégée.
          Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto à Holomaturologia Ginossomática.
          Megapensenologia. Eis 5 megapensenes trivocabulares contributivos ao tema: – Sonhos trazem ilusões. Fantasia é fuga. Ilusão gera decepção. Fantasia não, realidade. Passividade não, autonomia.
          Coloquiologia. Eis 4 expressões coloquiais associadas à síndrome de Cinderela: – o ato de virar abóbora; a princesinha do papai; a bonequinha de porcelana; o mundo do faz-de-conta.


                                           II. Fatuística

          Pensenologia: o holopensene pessoal da carência afetiva; a autopensenidade vitimizadora; o holopensene pessoal da imaturidade; os infantopensenes; a infantopensenidade; os oniropensenes; a oniropensenidade; a influência dos mitos e contos de fadas na construção do padrão pensênico; o holopensene pessoal da dependência; as irracionalidades pensênicas; os reciclopensenes; a reciclopensenidade; os neopensenes; a neopensenidade.
          Fatologia: o salvacionismo infantil; as fabulações infantis na idade adulta; o fabulosismo; o fabulário ultrapassado; a inconsistência dos referenciais míticos; as desconstruções ideológicas; as verdades relativas de ponta (verpons); os fã-clubes; as salas VIP; o histerismo coletivo; o ato de colocar todas as fichas afetivas na representação fantasiada de alguém; a opção pelo recurso imaturo da fantasia para esquivar-se do enfrentamento das dificuldades do convívio diuturno; a identificação das carências emocionais indutoras das fantasias; o desejo de ser modelo; as monarquias ainda existentes vendendo sonhos a milhares de jovens mundo afora; a busca de glamour, luxo, vaidade, acomodação e tratamento especial; os privilégios da princesa; o desejo de ser mimada e cuidada; o gueixismo; o sonho romantizado de receber flores; o faz-de-conta; a espera da fada-madrinha; o idealizado sapatinho de cristal; a espera do príncipe encantado; o castelo da Cinderela na Disneylândia; a autovitimização, o choro e a reclamação; a autonomia financeira feminina; a autoridade moral feminina; a autonomia afetiva; a superação dos emocionalismos; a interdependência fortalecendo a convivialidade sadia.
          Parafatologia: a autovivência do estado vibracional (EV) profilático; a força presencial feminina gerada pelo autodomínio energético; a provável existência das consciexes identificadas com o ginossoma vivendo em paracastelos baratrosféricos.


                                          III. Detalhismo

          Sinergismologia: o sinergismo patológico sonho-ilusão-decepção; o sinergismo carência afetiva–descontrole financeiro.
          Principiologia: o princípio da descrença (PD); o princípio da interdependência evolutiva; o princípio de não pedir nada para si; o principio do bem-estar ser conquista íntima e intransferível.
          Codigologia: o código pessoal de Cosmoética (CPC); o código de valores da Socin Patológica.
          Teoriologia: a teoria da evolução compulsória; a teoria da inteligência evolutiva (IE).
          Tecnologia: a técnica da dupla evolutiva; a técnica da reciclagem existencial (recéxis); a técnica da inversão existencial (invéxis); a técnica de mais 1 ano de vida intrafísica; a técnica da checagem da intenção pessoal; a técnica do sobrepairamento analítico.
          Voluntariologia: o voluntariado conscienciológico libertário; o voluntariado tarístico dedicado à microminoria de interessados.
          Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da dupla evolutiva; o laboratório conscienciológico da Pensenologia; o laboratório conscienciológico da Cosmoética.
          Colegiologia: o Colégio Invisível da Psicossomatologia; o Colégio Invisível da Autoconsciencioterapia; o Colégio Invisível da Autoconscienciometrologia.
          Efeitologia: o efeito drástico da imaginação desvairada sobre a vida humana; os efeitos improdutivos das ectopias afetivas; o efeito assediador das autoidealizações fantasiosas; os efeitos prejudiciais da carência afetiva.
          Neossinapsologia: as neossinapses necessárias às renovações pensênicas.
          Ciclologia: o ciclo mimético grupal.
          Enumerologia: o salvacionismo; o ignorantismo; o acriticismo; o fanatismo; o falacionismo; o fechadismo; o autoilusionismo.
          Binomiologia: o binômio sonho-ilusão; o binômio devaneio-alienação; o binômio expectativa-recompensa; o binômio sedução-proteção; o binômio emocionalismo-sugestionabilidade; o binômio carência-manipulação; o binômio autorrespeito-heterorrespeito.
          Interaciologia: a interação carências afetivo-emocionais–dependências interconscienciais; a interação beleza-vaidade; a interação realidade-fantasia; a interação mais ação–menos reclamação.
          Crescendologia: o crescendo patológico imaginação-devaneio; o crescendo infantilização da criança–romantismo infantil adulto.
          Trinomiologia: o trinômio crendices-delírios-tradições; o trinômio consistência-coerência-racionalidade; o trinômio personagens-enredos-fantasias.
          Polinomiologia: o polinômio raciocinar-reciclar-reeducar-repensenizar; o polinômio autolucidez-racionalidade-lógica-coerência; o polinômio autocrítica-autopesquisa-autocognição-autorrealismo.
          Antagonismologia: o antagonismo emocionalismo / racionalidade; o antagonismo realidade / ilusão; o antagonismo imaturidade emocional / maturidade biológica; o antagonismo mundo real / mundo imaginário; o antagonismo autonomia / parasitismo; o antagonismo autossuperação / autovitimização; o antagonismo traforismo / trafarismo.
          Paradoxologia: o paradoxo independência financeira–dependência emocional; o paradoxo de ser preferível a dura realidade à mais bela ilusão; o paradoxo de a consciência não ter sexo e ainda assim o soma de homem ou de mulher ditar papéis, posturas e condutas na Socin.
          Politicologia: a democracia; a conviviocracia.
          Legislogia: a lei do menor esforço na busca pela autonomia ideativa; a lei Maria da Penha.
          Filiologia: a mimeticofilia patológica; a falta da evoluciofilia; a fantasiofilia.
          Fobiologia: a autossuperação das fobias; a autocriticofobia; a liderofobia.
          Sindromologia: a síndrome de Cinderela; a síndrome do infantilismo; a síndrome da ectopia afetiva (SEA); a síndrome da donzela em perigo.
          Maniologia: a idolomania; a gurumania; a salvaciomania; a misticomania.
          Mitologia: a sujeição irracional aos mitos dos contos de fadas; os mitos milenares; o mito do sexo frágil; o mito da felicidade instantânea; o mito do “viveram felizes para sempre”.
          Holotecologia: a idiotismoteca; a absurdoteca; a nosoteca; a psicopatoteca; a mitoteca; a criticoteca; a recexoteca.
          Interdisciplinologia: a Parapatologia; a Psicossomatologia; a Salvaciologia; a Psicopatologia; a Nosologia; a Enganologia; a Falaciologia; a Demagogiologia; a Religiologia; a Holomaturologia; a Mentalsomatologia; a Historiografia; a Evoluciologia; a Recexologia; a Antimitologia; a Sociologia; a Dogmatologia; a Fantasiologia; a Mimeticologia; a Antivitimologia; a Ginossomatologia.


                                           IV. Perfilologia

          Elencologia: a conscin lúcida; a isca humana lúcida; o ser desperto; o ser interassistencial; a conscin enciclopedista, a minipeça interassistencial.
          Masculinologia: o acomodado; o sedutor; o acoplamentista; o agente retrocognitor; o amparador intrafísico; o atacadista consciencial; o autodecisor; o intermissivista; o cognopolita; o compassageiro evolutivo; o completista; o comunicólogo; o conscienciólogo; o conscienciômetra; o consciencioterapeuta; o macrossômata; o conviviólogo; o duplista; o duplólogo; o proexista; o proexólogo; o reeducador; o epicon lúcido; o escritor; o evoluciente; o exemplarista; o intelectual; o reciclante existencial; o inversor existencial; o maxidissidente ideológico; o tenepessista; o ofiexista; o parapercepciologista; o pesquisador; o projetor consciente; o sistemata; o tertuliano; o verbetólogo; o voluntário; o tocador de obra; o homem de ação.
          Femininologia: a personagem Cinderela; a vítima; a acomodada; a sedutora; a amparadora intrafísica; a atacadista consciencial; a autodecisora; a intermissivista; a cognopolita; a compassageira evolutiva; a completista; a comunicóloga; a consciencióloga; a conscienciômetra; a consciencioterapeuta; a macrossômata; a convivióloga; a duplista; a duplóloga; a proexista; a proexóloga; a reeducadora; a epicon lúcida; a escritora; a evoluciente; a exemplarista; a intelectual; a reciclante existencial; a inversora existencial; a maxidissidente ideológica; a tenepessista; a ofiexista; a parapercepciologista; a pesquisadora; a projetora consciente; a sistemata; a tertuliana; a verbetóloga; a voluntária; a tocadora de obra; a mulher de ação; a escritora francesa Marie-Catherine d’Aulnoy (1650–1705).
          Hominologia: o Homo sapiens mythologicus; o Homo sapiens vigilans; o Homo sapiens recyclans; o Homo sapiens autolucidus; o Homo sapiens recexologus; o Homo sapiens prioritarius; o Homo sapiens conscientiologus; o Homo sapiens duplarius; o Homo sapiens interassistentialis; o Homo sapiens liberator.


                                         V. Argumentologia

          Exemplologia: síndrome de Cinderela adolescente = o ato da jovem noiva gastar pequena fortuna no casamento, vivenciando o sonho de ser princesa por 1 dia; síndrome de Cinderela adulta = o ato da mulher adulta abrir mão da autonomia e evolução pessoais à espera do príncipe encantado para resgatá-la das autorresponsabilidades.
          Culturologia: a cultura monárquica; a cultura patológica das celebridades; a cultura anacrônica das festas de casamento; a cultura tradicionalista das comemorações de 15 anos; a cultura da Antimitologia; a cultura do sexo frágil; os idiotismos culturais, notadamente ginossomáticos.
          Caracterologia. Segundo a Conscienciometrologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 11 características observáveis nas personalidades portadoras da síndrome de Cinderela:
          01. Boa moça: a necessidade de passar imagem de boazinha.
          02. Busca de atenções: a necessidade patológica de chamar a atenção.
          03. Dependência: o ato de viver sob a crença de não ser capaz de lidar com as próprias questões necessitando do apoio e presença de outrem.
          04. Devaneios: o uso da imaginação como fuga da realidade.
          05. Fragilização: o ato de fragilizar-se, como ferramenta de manipulação, visando receber afeto, cuidado e proteção.
          06. Infantilização: o retraimento diante dos medos reais e imaginários, gerando decidofobia e fuga da responsabilidade.
          07. Passividade: a tendência a permanecer passiva diante das adversidades da vida, não imprimindo autesforços necessários para modificar a realidade.
          08. Requisição de privilégios: a necessidade de receber mimos e tratamento diferenciado dos demais, beneficiando-se de mordomias e regalias.
          09. Sedução: a necessidade de seduzir e conquistar o afeto de figura masculina para protegê-la dos desafios diuturnos.
          10. Vaidade: a preocupação excessiva com a aparência física.
          11. Vitimização: a tendência à reclamação e reivindicação, julgando-se vítima das circunstâncias.
          Terapeuticologia. À luz da Holomaturologia, a remissão da síndrome de Cinderela pode ser alcançada, por exemplo, pelo emprego racional de 4 posturas teáticas, substitutivas do ilusionismo infantil gerado pelos mitos sobre o papel da mulher na Sociedade, descritos em ordem alfabética:
          1. Autonomologia. O posicionamento decidido perante os desafios evolutivos enquanto profilaxia da sedução e manipulação conscienciais.
          2. Autopesquisologia. A autopesquisa substituindo a terceirização de responsabilidades.
          3. Descrenciologia. O princípio da descrença impedindo todo tipo de mitificação.
          4. Duplologia. O duplismo evolutivo vivenciado expurgando o mito do amor romântico.


                                           VI. Acabativa

          Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com a síndrome de Cinderela, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
          01. Acriticismo: Parapatologia; Nosográfico.
          02. Alienação: Intrafisicologia; Nosográfico.
          03. Atitude antiproéxis: Proexologia; Nosográfico.
          04. Autonomia ginossomática: Autonomologia; Neutro.
          05. Banco da salvação: Salvaciologia; Nosográfico.
          06. Condicionamento cultural: Sociologia; Neutro.
          07. Duplismo libertário: Duplologia; Homeostático.
          08. Idolatria: Parapatologia; Nosográfico.
          09. Mitoclastia: Interassistenciologia; Homeostático.
          10. Mito do amor romântico: Psicossomatologia; Neutro.
          11. Mundo imaginário: Imagisticologia; Nosográfico.
          12. Rainha: Parapatologia; Nosográfico.
          13. Resíduo mitológico: Holomaturologia; Neutro.
           14. Subadultidade: Parapatologia; Nosográfico.
           15. Vaidade: Psicossomatologia; Nosográfico.
 A SÍNDROME DE CINDERELA RESTRINGE A MANIFESTAÇÃO PLENA DA CONSCIÊNCIA E A MANTÉM AQUÉM DAS
     AUTOPOTENCIALIDADES EVOLUTIVAS, EVIDENCIANDO
 CONDUTA EQUIVOCADA, IMATURA E ANTIASSISTENCIAL.
           Questionologia. Você, leitor ou leitora, ainda manifesta infantilidades esperando outras consciências assumirem as reponsabilidades pessoais e intransferíveis? Na escala de 1 a 5, qual o grau de autonomia consciencial alcançado?
           Bibliografia Específica:
           1. Dowling, Colette; Complexo de Cinderela (The Cinderella Complex); trad. Amarylis Eugenia F. Miazzi; 240 p.; 7 caps.; 21 x 12,5 cm; enc.; Círculo do Livro; São Paulo, SP; 1981; páginas 11 a 27 e 33 a 35.
           2. Fezler, William; & Field, Eleanor S.; A Síndrome da Boa Moça (The Good Girl Syndrome); trad. Aulyde Soares Rodrigues; 248 p.; 23 x 14 cm; enc.; Círculo do Livro; São Paulo, SP; 1985; páginas 18 a 22.
                                                                                                           K. E.