A síndrome de Amiel é o estado mórbido caracterizado pelo quadro clínico no qual predomina o distúrbio da autovivência de ações mentaissomáticas, intelectuais, inúteis, repetitivas, dia a dia, mês-a-mês, ano após ano, sem acrescentarem algo de realmente enriquecedor à evolução consciencial.
Você, leitor ou leitora, manteve ou mantém a redação de algum diário inútil? Você classifica a própria agenda no laptop na mesma condição do diário íntimo de Amiel?
S Í ND R OM E D E AM I EL (PARAPATOLOGIA) I. Conformática Definologia. A síndrome de Amiel é o estado mórbido caracterizado pelo quadro clínico no qual predomina o distúrbio da autovivência de ações mentaissomáticas, intelectuais, inúteis, repetitivas, dia a dia, mês-a-mês, ano após ano, sem acrescentarem algo de realmente enriquecedor à evolução consciencial. Tematologia. Tema central nosográfico. Etimologia. O termo síndrome procede do idioma Grego, syndromé, “concurso; ação de reunir tumultuosamente”. Surgiu no Século XIX. O vocábulo Amiel vem do sobrenome do filósofo e escritor suíço-francês Henri-Frédéric Amiel (1821–1881), famoso pelo diário íntimo de 17 mil páginas escrito entre 1839 e 1881. Sinonimologia: 1. Síndrome da despriorização. 2. Síndrome do desperdício. Neologia. As 3 expressões compostas síndrome de Amiel, síndrome de Amiel adolescente e síndrome de Amiel adulta são neologismos técnicos da Parapatologia. Antonimologia: 1. Síndrome de Swedenborg. 2. Síndrome do infantilismo. 3. Síndrome do pânico. Estrangeirismologia: o Journal Intime inútil; o taedium vitae; o existentiale vacuum; a pessoa workaholic despriorizada. Atributologia: predomínio dos sentidos somáticos, notadamente do antidiscernimento quanto à autopriorização existencial. II. Fatuística Pensenologia: o holopensene pessoal da despriorização; os patopensenes; a patopensenidade; os circumpensenes; a circumpensenidade; a desenxabidez dos autopensenes; a grafopensenidade patológica. Fatologia: a síndrome de Amiel; a graforreia; a graforragia; a hipergrafia; os escritos pessoais não publicados; o hábito de escrever e engavetar as redações sem qualquer objetivo útil; as exposições das rotinas inúteis; a monorritmia aborrecededora; a uniformidade fastidiosa de tom; a epopeia das ninharias; as quinquilharias mentais; o repisamento das mesmas ideias inúteis; os escritos repetitivos enfadonhos; a mesmice das redações; as ideias vulgares rebarbativas; o registro interminável das choromelas; a escrita monótona; a escrita sobre o nada; a escrita na água; as rasteiras no vento; as páginas escritas vazias; o ato de escrever a esmo sobre banalidades; as chatices dos mesmos textos diários; o vácuo evolutivo; as confissões do vazio existencial; a vida larvar do erudito vazio; a vida na qual nada acontece; a ausência de vigor na existência; a sensaboria mentalsomática; a atonia mentalsomática; a insipidez dos pensamentos; a arenga interminável do tédio; a mesmice reiterada; a mesméxis; a vida bocejante; a amizade ociosa; a monotonia; a platitude; a banalidade; a inatividade; a vacuidade; a infertilidade; a esterilidade; a improdutividade; a mediocridade; a trivialidade; a insipidez; a mesquinhez; o incolor; o inodoro; a desolação; o inverno permanente; o cemitério; o pântano dormente; as formalidades estéreis; a atelia; a pseudossabedoria; as multitolices; as omnipatetices; a cacognosia; os besteiróis; o dia a dia soporífero; a autovitimização persistente; a ausência do autodesconfiômetro; a ausência da Prospectiva Evolutiva; a Anticonscienciometrologia. Parafatologia: a falta do preenchimento dos buracos mortos do próprio tempo com o estado vibracional (EV) profilático; a vida humana conduzida para a frustração da melex pós-dessomática. III. Detalhismo Principiologia: o princípio da descrença. Teoriologia: a teoria do vácuo evolutivo. Tecnologia: a técnica científica de escrever. Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da autorganização. Colegiologia: o Colégio Invisível da Evoluciologia. Efeitologia: os efeitos das rotinas inúteis sobre os hábitos pessoais. Ciclologia: o ciclo existencial infância-adolescência-adultidade-velhice. Enumerologia: o esbanjamento da intelectualidade; o desperdício do tempo intrafísico; a perda da oportunidade evolutiva; a subestimação dos recebimentos na existência humana; a amaurose quanto ao diário íntimo egocêntrico; a desatenção à vivência do prioritário; o desvio dos objetivos da vida. Binomiologia: o binômio rotina-saldo; o binômio autocrítica-heterocrítica. Trinomiologia: o trinômio crendices-delírios-tradições. Polinomiologia: o polinômio cronológico eventos-datas-nomes-números. Antagonismologia: o antagonismo Enciclopédia da Conscienciologia / Enciclopédia da Nadalogia; o antagonismo vida interassistencial / vida contemplativa; o antagonismo asceta / assistente social; o antagonismo eremita / cuidador; o antagonismo penúria / pletora; o antagonismo trabalho / inércia; o antagonismo vida produtiva / vida larvar. Paradoxologia: o paradoxo das tentativas inúteis de glamorização das inutilidades. Politicologia: a asnocracia. Filiologia: a batopensenofilia. Fobiologia: a autocriticofobia. Sindromologia: a síndrome da despriorização; a síndrome da mediocrização; a síndrome da ectopia afetiva (SEA). Maniologia: a grafomania; a nostomania; a retromania; a megalomania. Holotecologia: a patopensenoteca; a nosoteca; a abstrusoteca; a egoteca; a diarioteca; a apriorismoteca; a mitoteca. Interdisciplinologia: a Parapatologia; a Nosologia; a Parapsicopatologia; a Psiquiatria; a Psicoterapia; a Consciencioterapia; a Autenganologia; a Autassediologia; a Perdologia; a Inutilogia. IV. Perfilologia Elencologia: a conscin eletronótica; a isca humana inconsciente; o ego-atoleiro; as conscins despossuídas de acontecimentos. Masculinologia: o pré-serenão vulgar; o diarista suíço-francês Henri-Frédéric Amiel; o monge parasita do povo; o obcecado pela nulidade; o desô mentalsomático. Femininologia: a pré-serenona vulgar; a obcecada pela nulidade; a desô mentalsomática. Hominologia: o Homo sapiens graphomaniacus; o Homo sapiens acriticus; o Homo sapiens alienatus; o Homo sapiens incautus; o Homo sapiens ectopicus; o Homo sapiens deviatus; o Homo sapiens superfluus; o Homo sapiens pseudoprofundus. V. Argumentologia Exemplologia: síndrome de Amiel adolescente = o estado patológico exposto pela moça ou rapaz, mantendo o diário pessoal, durante o período da mocidade, tão somente com banalidades; síndrome de Amiel adulta = o estado patológico exposto pelo diário, escrito por décadas, na idade madura, ao modo do erudito suíço-francês Henri-Frédéric Amiel, tornado o clássico da banalidade. Culturologia: a cultura das inutilidades; a cultura da dispersividade; a cultura da despriorização; os idiotismos culturais. VI. Acabativa Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 12 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com a síndrome de Amiel, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados: 01. Acriticismo: Parapatologia; Nosográfico. 02. Autassédio: Parapatologia; Nosográfico. 03. Autodiscernimento: Holomaturologia; Homeostático. 04. Causa perdida: Perdologia; Nosográfico. 05. Continuísmo consciencial: Evoluciologia; Homeostático. 06. Distorção cognitiva: Parapatologia; Nosográfico. 07. Força do atraso: Parapatologia; Nosográfico. 08. Holopensene criativo: Heuristicologia; Homeostático. 09. Ilogicidade: Parapatologia; Nosográfico. 10. Pseudoprofundidade humana: Cosmoconscienciologia; Neutro. 11. Rotina útil: Intrafisicologia; Homeostático. 12. Síndrome do ostracismo: Perdologia; Nosográfico. A VIDA MODERNA ATIVA DO TERCEIRO MILÊNIO EXPÕE MAIS FACILMENTE, OU DIAGNOSTICA MELHOR, A INUTILIDADE DA REDAÇÃO DE DIÁRIOS COM BANALIDADES OU SEM OBJETIVOS LÓGICOS, EVOLUTIVOS, DEFINIDOS. Questionologia. Você, leitor ou leitora, manteve ou mantém a redação de algum diário inútil? Você classifica a própria agenda no laptop na mesma condição do diário íntimo de Amiel? Bibliografia Específica: 1. Amiel, Henri-Frédéric; Diário Íntimo (Fragments D’un Journal Intime); trad. Mário D. Ferreira Santos; int. Bernard Bouvier; 406 p.; 1 cronologia; 1 enu.; 3 ilus.; 76 notas; 20 x 11,5 cm; br.; pocket; Ediouro; Rio de Janeiro, RJ; S / D; páginas 35 a 100. 2. Bruckner, Pascal; A Euforia Perpétua: Ensaio Sobre o Dever de Felicidade (L’Euphorie Perpétuelle); trad. Rejane Janowitzer; 240 p.; 11 caps.; 10 citações; 96 notas de rodapé; 86 refs.; índice de quadros; 21 x 14 cm; br.; 2a Ed.; Difel; Rio de Janeiro, RJ; 2002; páginas 98 a 101.