Servidão Voluntária

A servidão voluntária é a postura genuflexa e alienada, consentida e autoimposta pela própria consciência perante a tirania e a opressão de indivíduos ou grupos, mantenedora da subserviência e da estagnação antievolutivas.

Você, leitor ou leitora, já identificou na própria manifestação algum traço de servidão voluntária? Em caso afirmativo, quais providências tem tomado para superar essa patologia consciencial?

      SERVIDÃO VOLUNTÁRIA
                                   (GENUFLEXOLOGIA)


                                        I. Conformática

         Definologia. A servidão voluntária é a postura genuflexa e alienada, consentida e autoimposta pela própria consciência perante a tirania e a opressão de indivíduos ou grupos, mantenedora da subserviência e da estagnação antievolutivas.
         Tematologia. Tema central nosográfico.
         Etimologia. A palavra servidão vem do idioma Latim Tardio, servitor, “servo; servidor dos deuses”. Surgiu no Século XIII. O termo voluntária provém do idioma Latim, voluntarius, “que age por vontade própria”. Apareceu no Século XV.
         Sinonimologia: 1. Escravidão espontânea. 2. Sujeição voluntária. 3. Escravidão consentida.
         Neologia. As duas expressões compostas servidão voluntária de base psicossomática e servidão voluntária de base intelectual são neologismos técnicos da Genuflexologia.
         Antonimologia: 1. Desobediência civil. 2. Liberdade de escolha. 3. Resistência lúcida.
         Estrangeirismologia: o modus vivendi do servidor genuflexo, abrindo mão da liberdade; o status quo imaginário e ilusório da “jaula dourada”; a busca in continenti de ganhos secundários.
         Atributologia: predomínio dos sentidos somáticos, notadamente do autodiscernimento quanto à subserviência amaurótica.
         Megapensenologia. Eis 3 megapensenes trivocabulares relativos ao tema: – Não à servidão. Servidão é vício. Genuflexão é pusilanimidade.
         Coloquiologia: o puxassaquismo; o lambedor de botas; os fãs de carteirinha.
         Citaciologia. Eis 5 citações pertinentes ao tema: – “Sejam resolutos em não servir e vocês serão livres.” “Os homens só desdenham a liberdade, ao que parece, porque a teriam se a desejassem, como se se recusassem a fazer essa bela aquisição somente porque ela é fácil demais.”
“É natural no homem ser livre e querer sê-lo; mas está igualmente na sua natureza ficar com certos hábitos que a educação lhe dá” (Etienne de la Boétie, 1530–1563). “É válido procurarmos conhecer a que má e penosa servidão nos sujeitamos quando nos abandonamos ao poder alternado dos prazeres e das dores, esses dois amos tão caprichosos quanto tirânicos” (Sêneca, 4 a.e.c.–65). “O dinheiro que temos é o instrumento da liberdade; aquele de que andamos atrás é o da servidão” (Jean-Jacques Rousseau, 1712–1778).
         Ortopensatologia. Eis duas ortopensatas pertinentes ao tema, citadas na ordem alfabética:
         1. “Servidão. – No regime político da monarquia, quem vive mais na servidão: o cortesão ou o plebeu?”.
         2. “Servidões. A paixão, o mau hábito, a apriorismose e o vício são servidões tidas como liberdades pessoais, felizes, por quem não entende, ainda, a estrutura da evolução da consciência”.


                                           II. Fatuística

         Pensenologia: o holopensene pessoal do servilismo; os baratropensenes; a baratropensenidade; os inculcopensenes; a inculcopensenidade; os patopensenes; a patopensenidade; os holopensenes retrógrados; a retropensenidade; a autopensenidade insana sustentando a genuflexão.
         Fatologia: a servidão voluntária; o autescravagismo; o escravagismo; a obediência cega; o comportamento subserviente; o desejo teimoso de servir; a sujeição familiar; o jugo profissional; a dependência patológica, nociva e estagnadora; a obediência acrítica; a admiração incontida e exagerada; a submissão; a subserviência; a servidão política incontestada; a supressão da autoconsciencialidade; o medo da responsabilidade; as argumentações irracionais; os pensamentos retrógrados; a anulação da personalidade individual; a fidelidade acumpliciadora; as torcidas organizadas; os grilhões da inconsciência; a timidez doentia; o carneirismo; o acovardamento; a pusilanimidade; a ausência de opinião própria; a genuflexão religiosa e profissional; a vassalagem; o vício de sofrer; a doença coletiva; a dominação consentida; a entrega de si mesmo; a renúncia à própria liberdade; a autorrepressão; as amarras ideológicas; a Internet; o Wi-Fi; as redes sociais escravizadoras; a escravização à tecnologia, a exemplo dos smartphones; as autopunições; a “doce” alienação; as algemas de ouro: o autodesrespeito; o incentivo à autescravidão; o antiexemplo; a vontade débil; a escolha em servir; a autentrega ao tirano; o não reconhecimento do trafar servil; o comodismo; a omissão deficitária; a ingenuidade infantilizada; a ausência de autorreflexões; a renúncia ao desafio; o automatismo; a passividade; os autoconstrangimentos; a fraqueza humana; a contemporização; a acriticidade; o conforto ilusório; o apego ao carrasco; a aceitação cega das doutrinas; a concessão de poderes ao opressor; as manipulações espúrias; os desmandos incomensuráveis; a utilização de estratégias para lavagens cerebrais; a sedução dos menos avisados; a desumanidade dos fanáticos doutrinadores; a anticosmoeticidade; a inassistencialidade; o lado obscuro do poder; a opressão generalizada; a demagogia; a corrupção; a dominação dos incautos; o domínio do usurpador; a dureza do soberano; as contextualizações melífluas dos clérigos; a usurpação da autoridade; os discursos falaciosos dos ditadores; a reciclagem dos traços servis; a superação da condescendência irracional; a importância do autodiscernimento perante as demandas da Socin; a liberdade de pensamento enquanto profilaxia ao servilismo.
         Parafatologia: a ausência da autovivência do estado vibracional (EV) profilático; o produto da lavagem paracerebral; a ausência da sinalética energética e parapsíquica pessoal; a assedialidade interconsciencial; a difusão de energias conscienciais (ECs) tóxicas; a verbalização acrítica de inspirações baratrosféricas assediadoras; a subserviência com raízes em retrovidas; as retrovivências em ambientes e papeis religiosos; a paragenética amaurótica.


                                           III. Detalhismo

         Sinergismologia: o sinergismo patológico tirania-servidão; o sinergismo nocivo estagnação–regressão evolutiva; o sinergismo antievolutivo servidão–ganhos secundários.
         Principiologia: o princípio da descrença (PD) contribuindo para questionamentos autevolutivos e libertários; o princípio da autonomia consciencial; o princípio da inseparabilidade grupocármica; o princípio do exemplarismo pessoal (PEP) aplicado na desconstrução das apologias anticosmoéticas.
         Codigologia: a corrupção do código pessoal de Cosmoética (CPC); o descumprimento do código grupal de Cosmoética (CGC).
         Teoriologia: o desconhecimento da teoria das interprisões grupocármicas.
         Tecnologia: a técnica dos 6 meses pós-autorresolução; as técnicas espúrias de manipulação consciencial.
         Voluntariologia: o acréscimo das oportunidades assistenciais e desrepressoras, advindo do voluntariado nas Instituições Conscienciológicas (ICs).
         Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da Autopensenologia; o laboratório conscienciológico da Autocosmoeticologia; o laboratório conscienciológico da Paradireitologia.
         Colegiologia: o Colégio Invisível da Cosmoeticologia; o Colégio Invisível da Paradireitologia.
         Efeitologia: os efeitos maléficos e estagnadores da servidão imposta; os efeitos psicossomáticos deletérios em múltiplas existências advinda da servidão voluntária.
         Neossinapsologia: as neossinapses advindas da libertação da subserviência.
         Ciclologia: o ciclo interprisioneiro servidor-tirano; o ciclo multissecular servidão-escravidão.
         Enumerologia: a voluntariedade; a corresponsabilidade; a malintencionalidade; a imoralidade; a irracionalidade; a injustificabilidade; a impunibilidade.
          Binomiologia: o binômio patológico mundinho-interiorose; o binômio desrepressão-descondicionamento; o binômio admiração-discordância; o binômio assedex-assedin.
          Interaciologia: a interação assédio-desassédio; a interação nosográfica beatice-servilismo; a interação evolutiva vontade-intencionalidade-racionalidade.
          Crescendologia: o crescendo patológico manipulação de informações–manipulação de pessoas; o crescendo evolutivo amoralidade-imoralidade-moralidade-cosmoeticidade.
          Trinomiologia: os pseudoganhos do trinômio sexo-dinheiro-poder; o trinômio lavagem subcerebral–lavagem cerebral–lavagem paracerebral.
          Polinomiologia: o polinômio soma-psicossoma-energossoma-mentalsoma; o polinômio etário infância-adolescência-adultidade-maturidade; o polinômio autocrítica-autopesquisa-autocognição-autorrealismo; o polinômio inteligência somática–inteligência emocional–inteligência intelectual–inteligência parapsíquica.
          Antagonismologia: o antagonismo tirania / servidão; o antagonismo resistência política / colaboração política; o antagonismo hierarquia evolutiva / hierarquia humana; o antagonismo autoridade moral / autoridade imposta; o antagonismo holopensene pessoal fraco / holopensene grupal forte.
          Paradoxologia: o paradoxo de a servidão voluntária, em determinados casos, ser imposta verticalmente; o paradoxo de única pessoa determinar o destino de tantas outras; o paradoxo de a desobediência civil poder ser considerada a medida mais recomendável contra a opressão; o paradoxo da servidão ocorrer espontaneamente, em sacrifício da autoliberdade; o paradoxo de se dar preferência à segurança imaginária a vivenciar a própria liberdade.
          Politicologia: a antidemocracia; a corruptocracia; a escravocracia; a barbarocracia; a democracia; a lucidocracia; a conscienciocracia; a assistenciocracia; a cosmoeticocracia; a paradireitocracia.
          Legislogia: a lei do maior esforço evolutivo.
          Filiologia: a laborfilia; a culturofilia; a pesquisofilia; a mentalsomatofilia; a evoluciofilia; a parapsicofilia; a retrocogniciofilia.
          Fobiologia: a neofobia; a decidofobia; a reciclofobia; a tecnofobia; a tanatofobia; a cogniciofobia; a autevoluciofobia.
          Sindromologia: a síndrome da ectopia afetiva (SEA); a síndrome da autovitimização; a síndrome da mediocrização.
          Maniologia: a religiomania; a idolomania.
          Mitologia: a autescravização aos mitos multisseculares.
          Holotecologia: a convivioteca; a agrilhoteca; a nosoteca; a absurdoteca; a discernimentoteca; a dissidencioteca; a dogmaticoteca.
          Interdisciplinologia: a Genuflexologia; a Sociologia; a Intrafisicologia; a Ditadurologia; a Parapatologia; a Baratrosferologia; a Opressiologia; a Vivenciologia; a Desviologia; a Dogmatologia; a Descrenciologia; a Abolicionismologia; a Refutaciologia; a Cosmoeticologia; a Paradireitologia.


                                             IV. Perfilologia

          Elencologia: a autoridade anticosmoética; a consciêncula; a conscin genuflexa; a isca humana inconsciente; a pessoa servil; a subespécie social; o subproduto humano; a consciência amestrada.
          Masculinologia: o tirano; o algoz; o ditador; o homem-bomba; o esposo opressor; o chefe autoritário; o professor doutrinador; o chefe sedutor; o simpatizante; o líder assediador; o macaco de auditório; o servidor genuflexo; o homem covarde; o pusilânime; o religioso; o adorador; o vassalo; o viciado; o dominado; o alienado; o autescravo; o ingênuo; o ignorante; o omisso; o passivo; o constrangido; o fraco; o acrítico; o opressor; o autoritário; o doutrinador; o dominador; o assediador; o manipulador; o desumano; o escravagista; o inassistente; o anticosmoético; o demagogo; o corrupto; o falacioso; o usurpador; o cruel.
          Femininologia: a tirana; a algoz; a ditadora; a mulher-bomba; a esposa opressora; a chefe autoritária; a professora doutrinadora; a chefe sedutora; a simpatizante; a líder assediadora; a macaca de auditório; a servidora genuflexa; a mulher covarde; a pusilânime; a religiosa; a adoradora; a vassala; a viciada; a dominada; a alienada; a autescrava; a ingênua; a ignorante; a omissa; a passiva; a constrangida; a fraca; a acrítica; a opressora, a autoritária; a doutrinadora; a dominadora; a assediadora; a manipuladora; a desumana; a escravagista; a inassistente; a anticosmoética; a demagoga; a corrupta; a falaciosa; a usurpadora; a cruel.
          Hominologia: o Homo sapiens genuflexus; o Homo sapiens immaturus; o Homo sapiens servilis; o Homo sapiens myrmidones; o Homo sapiens dominatus; o Homo sapiens acriticus; o Homo sapiens idolatricus; o Homo sapiens masochista.


                                         V. Argumentologia

          Exemplologia: servidão voluntária de base psicossomática = aquela autoimposta devido às carências emocionais da conscin; servidão voluntária de base intelectual = aquela autoimposta devido às carências cognitivas da conscin.
          Culturologia: a cultura da Conviviologia; a cultura da sujeição degradante; a cultura espúria do manda quem pode, obedece quem tem juízo; a cultura da impunidade.
          Tipologia. Sob a ótica da Conviviologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 5 tipos de conscins, entre servis voluntárias e / ou opressoras, ainda existentes na Socin Patológica:
          1. Diarista: a empregada doméstica, diarista submissa, sem registro profissional, proibida de fazer as refeições na casa onde trabalha.
          2. Empregado: o trabalhador genuflexo recebendo baixo salário, vivendo sob o jugo de chefia autoritária.
          3. Filho: o jovem obediente, ajudante de pai autoritário e opressor, deixando de frequentar a escola para aprender o ofício paterno.
          4. Policial: o responsável pela segurança pública, por vezes utilizando excesso de repressão e representando instituição belicista.
          5. Professor: o aluno açodado pelo professor, quando doutrinador, divulgador e defensor das próprias preferências político-partidárias radicais.
          Terapeuticologia: o abertismo consciencial; a consciencioterapia; o voluntariado conscienciológico; o empreendedorismo evolutivo; a independência financeira.


                                            VI. Acabativa

          Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com a servidão voluntária, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
          01. Ajudante de algoz: Conviviologia; Nosográfico.
          02. Algema de ouro: Desviaciologia; Nosográfico.
          03. Amizade evitável: Conviviologia; Nosográfico.
          04. Autocorrupção: Parapatologia; Nosográfico.
          05. Autodemissão inevitável: Autopriorologia; Homeostático.
          06. Autossacrifício: Cosmoeticologia; Neutro.
          07. Autovendagem: Intrafisicologia; Nosográfico.
          08. Canga tribal: Parapatologia; Nosográfico.
          09. Desviacionismo: Proexologia; Nosográfico.
          10. Escravização humana: Sociologia; Nosográfico.
            11.   Mirmídone: Conviviologia; Nosográfico.
            12.   Mordomia antievolutiva: Antidiscernimentologia; Nosográfico.
            13.   Normose consciencial: Parapatologia; Nosográfico.
            14.   Profissão evitável: Autodiscernimentologia; Nosográfico.
            15.   Subjugação ao assédio: Antievoluciologia; Nosográfico.
       A GENUFLEXÃO E O SERVILISMO CEGO CONDUZEM
   AS CONSCINS INCAUTAS À CONDIÇÃO ANTIEVOLUTIVA
  DA SERVIDÃO VOLUNTÁRIA, ABRINDO MÃO DA PRÓPRIA
   LIBERDADE E, SE INTERMISSIVISTA, DA AUTOPROÉXIS.
            Questionologia. Você, leitor ou leitora, já identificou na própria manifestação algum traço de servidão voluntária? Em caso afirmativo, quais providências tem tomado para superar essa patologia consciencial?
            Bibliografia Específica:
            1. Vieira, Waldo; Homo sapiens reurbanisatus; Equipe de Revisores do Holociclo; 1.584 p.; 24 seções; 479 caps.; 139 abrevs.; 12 E-mails; 597 enus.; 413 estrangeirismos; 1 foto; 40 ilus.; 1 microbiografia; 25 tabs.; 4 websites; glos. 241 termos; 3 infográficos; 102 filmes; 7.665 refs.; alf.; geo.; ono.; 29 x 21 x 7 cm; enc.; 3ª Ed. Gratuita; Associação Internacional do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC); Foz do Iguaçu, PR; 2004; páginas 458, 459, 460, 461 e 462.
            2. Idem; Léxico de Ortopensatas; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 2 Vols.; 1.800 p.; Vols. 1 e 2; 1 blog; 652 conceitos analógicos; 22 E-mails; 19 enus.; 1 esquema da evolução consciencial; 17 fotos; glos. 6.476 termos; 1. 811 megapensenes trivocabulares; 1 microbiografia; 20.800 ortopensatas; 2 tabs.; 120 técnicas lexicográficas; 19 websites; 28,5 x 22 x 10 cm; enc.; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2014; página 1531.
            Webgrafia Específica:
            1. Cocula’s, Anne-Marie; Étienne de La Boétie: Discurso Sobre a Servidão Voluntária (Étienne de La Boétie: Discours de la Servitude Voluntaire ); 57 p.; 1 cronologia; 4 ilus.; 1 mapa; Documento do Editor; 2006; E-Books
- Libris L. C. C. Publicações Eletrônicas; disponível em:< http://etiennedelaboetie.net/>; acesso em: 16.09.16; 15h12.
                                                                                                                      J. D. S.