Império Romano

O Império Romano foi imponente potência econômica, política e militar da Antiguidade Clássica, com estrutura sui generis, não preenchendo os requisitos formais de Estado territorial nacional, marcado pela ampla dominação dos césares, espetáculos desumanos, e pela expansão de valores nobres proclamados por literatos, filósofos, juristas, arquitetos, poetas e historiadores, influenciando o desenvolvimento do mundo ocidental.

Você, leitor ou leitora, se interessa pelas pesquisas multidimensionais envolvendo o Império Romano? Já aventou a hipótese de ter sido parte da Elencologia em algum contexto da época histórica?

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                                             IMPÉRIO ROMANO
                                         (PARAPOLITICOLOGIA)


                                                     I. Conformática

             Definologia. O Império Romano foi imponente potência econômica, política e militar da Antiguidade Clássica, com estrutura sui generis, não preenchendo os requisitos formais de Estado territorial nacional, marcado pela ampla dominação dos césares, espetáculos desumanos, e pela expansão de valores nobres proclamados por literatos, filósofos, juristas, arquitetos, poetas e historiadores, influenciando o desenvolvimento do mundo ocidental.
             Tematologia. Tema central neutro.
             Etimologia. O vocábulo império vem do idioma Latim, imperium, “autoridade, ordem, comando”. Surgiu no Séulo XIII. O termo romano deriva também do idioma Latim, romanus, “relativo a ou natural de Roma, a cidade”. Apareceu no mesmo Século XIII.
             Sinonimologia: 1. Império de Roma. 2. Dominação romana. 2. Hiperpotência da Antiguidade.
             Cognatologia. Eis, na ordem alfabética, 33 cognatos derivados do vocábulo império: imperado; imperador; imperadora; imperante; imperar; imperativa; imperatividade; imperativo; imperatória; imperatório; imperatricense; imperatriz; imperatrizense; imperiada; imperiado; imperial; imperialato; imperialidade; imperialina; imperialismo; imperialista; imperialística; imperialístico; imperialização; imperializada; imperializado; imperializar; imperiante; imperiense; império; imperiosidade; imperiosa; imperioso.
             Antonimologia: 1. Império Macedônico. 2. Império Britânico. 3. Império Cartaginês. 4. Império Russo.
             Estrangeirismologia: o Imperium Romanum; a Pax Romana; a res publica; o decumanus maximus; o ius est ars boni et aequi; a semperaprendentia ínsita no princípio homines, dum docent, discunt; o ius et furi dicitur; o zoom de observação das consréus no contexto da reurbex; o upgrade planetário em análise.
             Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto à Politicologia.
             Citaciologia. Eis 6 citações pertinentes ao tema: – Os romanos já afirmavam que é muito mais fácil conquistar um território do que conservá-lo (Dion Cássio, 155–235). O melhor modo de vingar-se de um inimigo é não se assemelhar a ele (Imperador Marco Aurélio, 121–180). A consciência é como um copo, se não está limpo sujará tudo o que se jogue nele (Horácio, 65–8 a.e.c.). É preciso dizer a verdade apenas a quem está disposto a ouvi-la (Sêneca, 4 a.e.c.–65 e.c.). São estes os preceitos do direito: viver honestamente, não ofender os demais e dar a cada um o que lhe pertence (Ulpiano, 170–228). É mais fácil cometer um parricídio do que justificá-lo (Papiniano, 142–212).
             Ortopensatologia. Eis 3 ortopensatas, citadas na ordem alfabética e classificadas em 2 subtítulos:
             1. “Belicismo. O belicismo promoveu a decadência da Civilização Grega antiga. Lá, até mesmo os filósofos eram belicistas”. “O belicismo é imitação de mau gosto da Natureza: as formigas formam exércitos na terra, os tubarões formam esquadras no mar, e os abutres formam esquadrilhas no ar, há milênios”.
             2. “Liderança. Quando cai o império, o líder enfrenta a síndrome do ostracismo com a revolta e a autovitimização atuantes ao modo de pano de fundo do cenário político. O soerguimento das consciências, em tais contingenciamentos, sobrevém quando as reciclagens intraconscienciais atingem a autocompreensão relativa aos conflitos interconscienciais, gerados por suas ações imaturas e anticosmoéticas”. 2                                                         En c i c l o pé d i a d a Co n sc i en c i o lo g i a


                                           II. Fatuística

          Pensenologia: o holopensene pessoal da Politicologia; o holopensene grupal da intelectualidade; os ociopensenes; a ociopensenidade; os patopensenes; a patopensenidade; os esquizopensenes; a esquizopensenidade; os belicopensenes; a belicopensenidade; os reciclopensenes; a reciclopensenidade; os cognopensenes; a cognopensenidade; os grafopensenes; a grafopensenidade; os neopensenes; a neopensenidade; os evoluciopensenes; a evoluciopensenidade; as assinaturas pensênicas registradas indelevelmente no Cosmos.
          Fatologia: a bela e cosmopolita Roma, cidade conquistadora e capital do Mundo Antigo, eleita exemplo de urbanismo; a participação do Senado na administração do Império; o Fórum Romano; as vestais romanas compondo sacerdócio exclusivamente feminino para cultuar a deusa Vesta; as famosas termas de Caracala; os templos de promiscuidade; o mosaico de povos compondo as províncias romanas; o cosmopolitismo; o desenvolvimento das atividades comerciais nas feiras introduzindo a moeda como base de troca de mercadorias; as constantes moléstias endêmicas; os espetáculos sangrentos patrocinados por gladiadores no Coliseu; a hibernação política; o entorpecimento ideológico; a liderança política corrupta; a exclusão social; a lavagem subcerebral; os instrumentos anticosmoéticos de regulação social; os acumpliciamentos das interprisões grupocármicas das conscins incautas, ensandecidas pelo poder temporário; o delírio de autossuperioridade justificando a exigência de privilégios; a defesa aguerrida dos próprios direitos impostos aos demais; o império pessoal da autocorrupção levando à frieza e o gosto pela permanência do erro; as articulações interassediadoras; a aglutinação consciencial trafarista; o manejo das carências conscienciais em prol das próprias aspirações caprichosas; a indiferença às necessidades primárias da população carente circundante; as rivalidades territoriais entre famílias; o ato de passar de vítima a algoz quando há oportunidade; o abusador podendo ser a vítima abusada em próxima ressoma; a manipulação de massas; a obediência acrítica às ordens de outrem; a admiração incontida e exagerada por alguém; a submissão amaurótica; o escravagismo; a conjuração; a difamação; a perseguição política; a perseguição religiosa; o conflito religioso sendo desculpa para a guerra visando poder, posição e posse; o vedetismo parapatológico; o poder de se firmar em determinada posição; os reencontros de políticos, legisladores e jurisconsultos da antiga Roma, renovados após o Curso Intermissivo (CI); a pacificação íntima gerando a eutimia grupal; a autocriticidade onipresente; a autoqualificação interassistencial; a possibilidade da recomposição grupocármica de modo atacadista, na condição de intermissivistas ressomados em contexto assistencial; a sabedoria de saber empregar o poder transitório; a unificação política do Planeta com a instituição do futuro Estado Mundial.
          Parafatologia: a autovivência do estado vibracional (EV) profilático; as autorretrocognições provando a realidade seriexológica da própria consciência; a consciência alternando as ressomas entre 2 polos antagônicos; a ausência de passagem pela segunda dessoma; a ausência de segredos perante a multidimensionalidade; a plateia extrafísica assediadora vibrando com os deslizes indefensáveis; a incitação à vingança pelas consciências intra e extrafísicas assediadoras; o testemunho extrafísico dos atos conscienciais; a condição de antepassado de si mesmo.


                                         III. Detalhismo

          Sinergismologia: o sinergismo nocivo de trafares na comparsaria, abarcando conscins e consciexes.
          Principiologia: o princípio assediador de seduzir para dominar.
          Codigologia: a ignorância quanto ao código pessoal de Cosmoética (CPC); o código de Justiniano, elaborado no ano de 535, quando o Império do Ocidente já havia sido invadido pelos bárbaros.
          Teoriologia: a teoria da interprisão grupocármica; a teoria política imperialista; a teoria da reurbex. En c i c l o pé d i a d a Co n sc i en c i o lo g i a                                                     3
             Tecnologia: as técnicas espúrias de manipulação interconsciencial; a técnica da reciclagem consciencial alavancando a evolução grupal.
             Voluntariologia: o voluntariado conscienciológico, exercido de modo lúcido quanto à necessidade de recomposições no âmbito da Política Imperialista.
             Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da Automentalsomatologia; o laboratório conscienciológico da Paraeducação; o laboratório conscienciológico da Autocosmoeticologia; o laboratório conscienciológico da Comunicologia; o laboratório conscienciológico da Paradireitologia.
             Colegiologia: o Colégio Invisível da Cosmoeticologia; o Colégio Invisível da Parapoliticologia.
             Efeitologia: o efeito consciencialmente degradante da amoralidade continuada promovemdo acumpliciamentos e interprisões multimilenares; os efeitos interpresidiários dos atos comtra a Humanidade.
             Neossinapsologia: a criação das neossinapses de heteroperdoabilidade promovendo a deslavagem subcerebral.
             Ciclologia: o ciclo vítima-algoz; o ciclo persecutório assentado no trinômio perseguição-vitimização-vingança eternizando o ódio e o antagonismo entre grupos.
             Binomiologia: o binômio senso de superioridade–subjugação dos despossuídos; o binômio assedex-assedin.
             Interaciologia: a interação intelectualidade-belicosidade.
             Crescendologia: o crescendo patológico territorialismo–expansionismo–limpeza étnica; o crescendo evolutivo disputas territoriais–formação de blocos econômicos–Estado Mundial.
             Trinomiologia: o trinômio egão-orgulho-arrogância; a avidez pelo trinômio posição-prestígio-poder; a superestimação baratrosférica do trinômio sexo-dinheiro-poder; o trinômio holobiografia-holomemória-Paragenética.
             Polinomiologia: o polinômio tortura-confissão-delação-escravidão.
             Antagonismologia: o antagonismo patrícios / plebeus; o antagonismo Cosmoética / Naticosmoética; o antagonismo escravos / senhores; o antagnismo guerra / paz; o antagonismo soma altivo / caráter medíocre; o antagonismo governantes / governados; o antagonismo ciclo de perseguições / espiral de reconciliações.
             Paradoxologia: o paradoxo do brilho opaco do líder parapatológico; o paradoxo da vítima tornar-se ajudante de algoz; o paradoxo do amor à guerra.
             Politicologia: a política imperialista, totalitária, anticosmoética e antievolutiva; a autocracia; a tirania; a escravocracia; a democracia pura.
             Legislogia: a lei das Doze Tábuas; a lei de causa e efeito; as leis do direito dinástico; a lei da inseparabilidade grupocármica sendo a garantia da permanência multiexistencial dos laços interconscienciais; a total ignorância quanto ao corpus legis da Paradireitologia; a autocompreensão das leis extrafísicas.
             Filiologia: a totalitarismofilia; a conviviofilia; a recexofilia; a politicofilia; a xenofilia; a sociofilia; a erudiciofilia; a evoluciofilia.
             Fobiologia: o medo da perda do poder.
             Sindromologia: a síndrome do narcisismo; a síndrome da onipotência; a síndrome da abstinência da Baratrosfera (SAB).
             Maniologia: a megalomania; a mania ensandecida de imperadores romanos e fanáticos religiosos transformarem acervos do conhecimento humano em shows pirotécnicos; a mania dos governantes tiranos de querer manipular e dominar a plebe e a Sociedade em geral.
             Mitologia: o mito da Deusa Vesta; os deuses penates na Mitologia Romana; o deslumbramento pelos mitos do poder humano temporal; o mito de Rômulo e Remo, os gêmeos fundadores de Roma.
             Holotecologia: a nosoteca; a patopensenoteca; a politicoteca; a parapsicoteca; a socioteca; a convivioteca; a pacificoteca; a cosmoeticoteca; a evolucioteca. 4                                                               En c i c l o pé d i a d a Co n sc i en c i o lo g i a
          Interdisciplinologia: a Parapoliticologia, a Antropologia; a Parapatologia; a Conteudologia; a Seriexologia; a Intrafisicologia; a Paradireitologia; a Para-Historiografologia; a Autoconiciologia; a Erudiciologia; a Comunicologia; a Polimatia.


                                             IV. Perfilologia

          Elencologia: a consréu ressomada; a conscin baratrosférica; a isca humana inconsciente; a isca humana lúcida; o ser desperto; o ser interassistencial; a conscin enciclopedista; o povo etrusco; o povo visigodo; o povo ostrogodo; o povo huno; o povo judeu; o povo germânico; o povo franco; os anglos; os saxões; o povo vândalo; os bretões; o povo burgúndio; o povo bárbaro.
          Masculinologia: o imperador; o cortesão; o conselheiro; o pré-serenão vulgar; o autassediado; o narcisista; o apriorista; o antiassistencial; o exibicionista; o elitista; o ditador; o genocida; o militar autoritário; o religioso autossantificado; o douto ignorante; o psicopata; o autocorrupto; o defensor do indefensável; o escravo; o monarca; o rei; o soberano; o nobre; o escriba; o poeta; o intelectual; o filósofo; o teatrólogo; o jurista; o historiador; os césares; o estrategista militar Júlio César (100–44 a.e.c.); o general Marco Antônio (83–30 a.e.c.); o Imperador Juliano (330–363); o amparador Serenus.
          Femininologia: a imperatriz; a cortesã; a conselheira; a pré-serenona vulgar; a autassediada; a narcisista; a apriorista; a antiassistencial; a exibicionista; a elitista; a ditadora; a genocida; a militar autoritária; a religiosa autossantificada; a douta ignorante; a psicopata; a autocorrupta; a defensora do indefensável; a escrava; a monarca; a rainha;a soberana; a nobre; a escriba; a poetisa; a intelectual; a filósofa; a teatróloga; a jurista; a historiadora; a vestal; a rainha egípcia Cleópatra VII (69–30 a.e.c.); a imperatriz Júlia Domna (160–217); a filósofa Hipatia de Alexandria (355–415); a amparadora Veronesa.
          Hominologia: o Homo sapiens idolatricus; o Homo sapiens subcerebralis; o Homo sapiens fanaticus; o Homo sapiens debilis; o Homo sapiens amoralis; o Homo sapiens abusor; o Homo sapiens genuflexus; o Homo sapiens mentalsomaticus; o Homo sapiens intellegens; o Homo sapiens intellectualis; o Homo sapiens cognitor; o Homo sapiens polymatha.


                                           V. Argumentologia

          Exemplologia: Império Romano Ocidental = abrangendo o período histórico de 27 a.e.c. a 476 e.c.; Império Romano Oriental = constituído a partir da divisão do Império no Século IV, perdurando até 1453 e.c., com sede na cidade de Bizâncio, denominada Constantinopla, a Nova Roma.
          Culturologia: a cultura dos césares; a cultura da corte; a cultura das aparências; a cultura da expansão territorial; a cultura da universalização do saber; a cultura da intelectualidade; a multicultura romana influenciando a civilização ocidental.
          Historiologia. Originalmente, não havia projeto específico ou deliberado de conquista do mundo pelos romanos. Entre os Séculos VIII a III a.e.c., as batalhas tiveram caráter mais defensivo e menos expansionista, contudo, essa postura mudou com o decorrer da História, ao imprimir estratégias de violência a quem ameaçava a soberania romana.
          Triunvirato. Em 59 a.e.c., sob a liderança dos generais Júlio César, Pompeu Magno (106–48 a.e.c) e Marco Crasso (114–53 a.e.c.), foi estruturada a primeira aliança informal de gestão tripla para governar Roma, mas após a morte de Marco Crasso, os 2 militares entraram em guerra, saindo vencedor o General Júlio César, tornando-se o primeiro governante individual de Roma, adquirindo status de Imperador perante a Historiografia. En c i c l o pé d i a d a Co n sc i en c i o lo g i a                                             5
             Império. Formada por Octávio Augusto, Emílio Lépido (89–13a.e.c.) e Marco Antônio (83–30 a.e.c.), a segunda tríade (segundo triunvirato) também não foi exitosa no compartilhamento da liderança, culminando em guerra civil. Octávio, sobrinho de Júlio César, saiu vencedor, sendo nomeado príncipe pelo Senado, surgindo de fato e de direito, o primeiro imperador, quando recebeu o título de Augusto, nome historicamente reconhecido. Foi nesse contingenciamento a umdança de regime político, deixando de ser República para ser Império, iniciando o período denominado Pax Romana.
             Geografia. O Império se estendeu pela Europa, Ásia e África, a partir do Rio Reno para o Egito, estabelecendo conexão com a Grã-Bretanha e Ásia Menor. Até o ano de 117 e.c., havia 6 milhões de quilômetros quadrados sob o domínio de Roma, abarcando 6 milhões de habitantes.
             Belicismo. A guerra ocupa posição central na História do Império de Roma, constituído ao longo das gerações com a argamassa do sangue dos combatentes bélicos atinentes ao povo romano e adversários.
             Expansionismo. Com a gradual expansão do poderio imperial, os cidadãos romanos foram se envolvendo com a exploração e o controle dos territórios submetidos. Os exércitos romanos eram encarregados de garantir a ordem e combater perigos, evitando a propagação de consequências graves para Roma.
             Marco. A ideia da invencibilidade romana, sem rivais, surgiu com a vitória da guerra contra Cartago, exprimindo a recusa dos senadores romanos em tolerar a forte concorrente. A destruição da cidade púnica em 146 a.e.c., marcada pela criação da província senatorial da África, originou entusiasmo por parte de soldados e chefes, ao tomarem gosto pela pilhagem, se embriagando com o poder, e progressivamente, imaginando novas possibilidades de conquistas.
             Mediterrâneo. A constância de conquistas de Roma se deu após vencer as Guerras Púnicas, se transformando na maior potência comercial do Ocidente, por meio do domínio militar, político e econômico. O controle do comércio do Mediterrâneo possibilitou a abstração de todas as novidades para auxiliar na evolução da cidade, enquanto “candidata a capital do mundo”.
             Dominação. A política de conquista dos romanos se embasava na pretensão de romanizar os povos conquistados, impondo culturalmente cultos e crenças da religião oficial de Roma, imprimindo a padronização arquitetônica das cidades e monumentos como réplicas da metrópole e o Direito Romano.
             Estratégia. A romanização dos povos conquistados, especialmente quanto ao Direito Romano, objetivava manter o controle do Império. Essa estratégia se manteve ao longo do apogeu da expansão territorial, mesmo diante da ampla diversidade ideológica dos múltiplos imperadores.
             Migrações. A instalação nas províncias de cidades coloniais, fundadas e parcialmente habitadas pelos combatentes veteranos, recompensados com terras, servia de modelo para as comunidades étnicas locais, constituindo aglomerados de povos heterogêneos. As migrações foram constantes em toda a História do Império, não raro, requisitando intervenções militares.
             Escravidão. O modelo social imperial assentava-se na dominação romana, inexistindo quaisquer preocupações em extirpar a pobreza, prosperando a escravidão, com desigualdades gritantes, fontes de males e ressentimentos cotidianos, originando profundas crises. A constituição do Direito Romano não aboliu o recurso à violência, empregada pelo próprio Estado, sem hesitação, quando lhe era conveniente.
             Discriminação. A maioria das mulheres eram tratadas de fato e de direito como sendo seres inferiores e de menoridade legal. Os cidadãos romanos, os servidores do Estado e os soldados se beneficiavam do protecionismo e privilégios estatais, inexistindo modelo de justiça ou organização humana ideal.
             Descontentamento. Em diferentes pontos do Império surgiam violências endêmicas,
 culminando sempre em rebeliões armadas, desordens súbitas, imprevisíveis, surpreendendo os representantes do poder. Não raro, o imperador era forçado a contribuir com recursos próprios a fim de pacificar as multidões.
             Competição. A pujança imperial é revelada pela suntuosidade arquitetônica das construções romanas, refletindo a competição entre imperadores, os quais tentavam superar os antecessores com as gigantescas edificações. A cada governo surgiam novas cidades, fóruns, esculturas, 6                                                          En c i c l o pé d i a d a Co n sc i en c i o lo g i a praças, termas, igrejas, objetivando enaltecer e eternizar a capital, camuflando, por meio da magnificência dos monumentos, os graves problemas sociais.
          Declínio. As informações e interações entre a capital e províncias não tinham a fluidez necessária para viabilizar políticas homogêneas na imensa extensão territorial. A falta de recursos tecnológicos, inibindo os romanos de estarem presentes em toda a extensão do Império, tornava algumas províncias vulneráveis a ataques bárbaros, dando origem ao declínio de Roma.
          Enfraquecimento. O Império entrou em crise do ponto de vista econômico, após o colapso do sistema escravagista, substituído pelo colonato, fruto da relação feudalista entre pessoas com precárias condições de subsistência e grandes proprietários de terras, os quais barganhavam serviços em troca de proteção e terras para o trabalho. Esse processo favoreceu a ruralização da população, provocando a decadência dos centros urbanos e da atividade comercial nas cidades.
          Queda. No final do Século II e.c., o Império foi acometido por forte crise econômica com sucessivos golpes, perdurando por todo o Século III e.c., marcado pela sucessão de 16 imperadores, muitos deles mortos após conspirações, evidenciando a instabilidade desse período, e na sequência, ocorreram as invasões germânicas.
          Religiões. Em meio à crise imperial, a ascensão do cristianismo é fenômeno religioso inexplicável, contribuindo para o enfraquecimento político. No Século IV, o Império Romano tinha muitas possibilidades religiosas, contudo, o Imperador Constantino (272–337) decidiu pelo cristianismo como única doutrina religiosa. A escolha pode ter sido pelo rápido aumento de devotos, por crença pessoal em Jesus Cristo (4 a.e.c.–29 e.c.), ou qualquer abordagem sociopolítica, contudo, a História não revela com fidedignidade porque essa possibilidade se concretizou, e não outra, no diversificado politeísmo romano.
          Desagregação. O termo utilizado pelos historiadores para explicar a queda do Império Romano é desagregação. Em 476 e.c., o último imperador foi destituído pelo povo germânico, denominados “bárbaros”, em virtude de não compartilharem a cultura romana e o Latim. A parte ocidental foi ocupada pelos germânicos, remanescendo a parte oriental, vigendo até o ano de 1453, sob o nome de Império Bizantino.
          Fascínio. A história da dominação de Roma resulta da prolongada forma de governo, inédita e eficaz, mediante a modernização do Estado, com ideais de cidadania, liberdade, integração dos estrangeiros, positivação do Direito e constituição da justiça, buscando eficiência administrativa e militar, germinando fecundas impressões e fascinação durante todas as épocas.
          Paradoxo. O denominado Império Romano foi palco para batalhas de toda estirpe, lideranças de governadores insanos, subjugação e exploração escravocrata, contudo, foi também cenário para florescer o conceito de república, Oratória e Direito, inspirando a formação das instituições políticas ocidentais, encarregadas de garantir a supremacia do direito, com ideais de liberdade e o sonho de civilização universal.
          Legado. O Ocidente herdou vários aspectos culturais oriundos da Antiga Roma, absorvidos pelos reinos germânicos, formados na Idade Média, após as invasões bárbaras e preservados na Europa Medieval, sendo difundidos pela América, África e algumas regiões da Ásia.
          Conhecimento. O legado romano é marca presente nas culturas ocidentais da atualidade, preponderantemente nas áreas jurídica e linguística. Eis, por exemplo, 6 áreas de conhecimento, listadas em ordem alfabética, demonstrando o nível de excelência do patrimônio herdado da competência técnica romana:
          1. Alfabeto. O sistema de escrita alfabético mais utilizado na maioria dos países, mesmo aqueles de origem não latina, continua sendo o romano ou latino.
          2. Arquitetura. Os romanos desenvolveram várias técnicas arquitetônicas para construir grandes templos, palácios, estádios, anfiteatros e praças. A competência e eficiência nas construções eternizaram algumas obras, podendo ser visitadas até os dias atuais.
          3. Artes plásticas. Os romanos aprimoraram a busca pela reprodução do corpo humano e dos elementos da natureza, imprimindo realidade nas esculturas e pinturas.
          4. Direito. Os romanos instituíram leis, positivando o Direito por meio da criação dos Códigos jurídicos, utilizados para estruturar as futuras sociedades do Ocidente, remanescendo hodiernamente, com as evidentes adaptações atinentes ao Zeitgeist paradireitológico. En c i c l o pé d i a d a Co n sc i en c i o lo g i a                                                7
             5. Idioma. Os romanos se utilizaram oficialmente do idioma Latim, e mesmo após a queda do Império com a invasão dos germânicos, outras línguas se originaram dele, incluindo os idiomas Português, Francês, Italiano, Espanhol e Romeno.
             6. Números. Os algarismos romanos, criados na antiga Roma, são usados até os dias atuais, especialmente para referenciar os séculos.
             Liderologia. Sob a ótica da Historiografia, eis, por exemplo, em ordem cronológica do exercício da liderança bélica, 8 imperadores, com marcante força presencial, deixando o rastro indelével da manifestação consciencial (positivo ou negativo), no Império Romano:
             1. Gaius Iulius Octavianus Augustus (Dinastia júlio-claudiana; 27a.e.c–4 e.c).
             2. Titus Flávius Vespasianus (Dinastia flaviana; 9–79 e.c.).
             3. Marcus Ulpius Traianus (Dinastia nerva-antonina; 98–117 e.c.).
             4. Publius Aelius Traianus Adrianus (Dinastia nerva-antonina; 117–138 e.c.).
             5. Marcus Aurélius Antoninus Augustus (Dinastia nerva-antonina; 161–180 e.c.).
             6. Lúcius Septímus Severus (Dinastia severa; 193–211 e.c.).
             7. Marcus Aurelius Antoninus Basianus (Caracala; Dinastia severa; 211–217 e.c.).
             8. Flavius Valerius Aurelius Constantinus (Dinastia constantiniana; 306–337 e.c.).
             Paradireitologia. No âmbito da Ciência do Direito, ressalta-se a genialidade dos megaprecursores do Direito Romano. Eis, em ordem alfabética, os 5 jurisconsultos, remanescendo hodiernamente o legado do portentoso quinteto na Direitologia.
             1. Aemilius Papinianus (Papiniano). Foi considerado o príncipe da justiça e 1 dos maiores juristas do Direito Romano; exerceu o cargo de Prefeito do pretório na Dinastia Severa.
             2. Domitius Ulpianus (Ulpiano). Foi assessor do prefeito do Pretório Papiniano, 1 dos maiores contribuintes do Digestos de Justiniano (482–525), influenciando o Direito Romano e Bizantino.
             3. Elius Florianus Herennius Modestinus (Modestino, 190–244). Foi discípulo de Ulpiano, escreveu de modo simples e claro obras destinadas ao ensino do Direito, nos idiomas Grego e Latim.
             4. Gaius (Caio, 130–180). Foi autor da única obra denominada as Institutas, exposição de elementos da Lei Romana, utilizada por Justiniano em cerca de 600 excertos. Era desconhecido em origem e nome completo.
             5. Julius Paulus Prudentissimus (Paulo, 170–240). Foi pretor, servindo na Dinastia Severa, ocupando altas magistraturas.
             Erudição. Sob a égide das inovações multidisciplinares, notadamente na Literatura, Poesia, Direito, Filosofia e Geografia, eis, em ordem alfabética, 6 nomes inescondíveis, pelos feitos ímpares na História do Império Romano:
             1. Estrabão (64 a.e.c.–24 e.c.). Foi historiador, geógrafo e filósofo, autor da obra Geografia, magnificente Tratado contendo 17 livros, descrevendo povos e locais do mundo conhecido àquela época.
             2. Lucius Annaeus Sêneca. Foi importante escritor e filósofo, considerado célebre advogado e intelectual do Império Romano.
             3. Marco Túlio Cícero (106–43 a.e.c.). Foi intelectual da elite romana, talentoso escritor, linguista, tradutor, filósofo, respeitado por ser eloquente orientador e bem sucedido advogado.
             4. Públio Ovídio Naso (43 a.e.c–18 e.c.). Foi especialista em poesias sobre amor, sedução, exílio e mitologia. Autor da clássica obra Heroides, Amores, e Ars Amatoria, 3 grandes coleções de poesia erótica.
             5. Públio Virgílio Maro (70–19 a.e.c.). Foi poeta clássico, autor de 3 grandes obras da literatura latina, as Éclogas (ou Bucólicas), as Geórgicas, e a famosa Eneida, considerada épico nacional da antiga Roma. O poeta influenciou profundamente a literatura ocidental, notadamente a Divina Comédia, de Dante Alighieri (1265–1321). 8                                                                       En c i c l o pé d i a d a Co n sc i en c i o lo g i a
            6. Quinto Horácio Flaco (65–8 a.e.c.). Foi 1 dos maiores filósofos da Roma Antiga, poeta lírico e satírico romano, impactou a filosofia epicurista romana, destacando o valor pelo tempo presente, reconhecendo a brevidade da vida e a busca pela tranquilidade.
            Genialidade. Portentosos talentos despontaram no cenário do Império Romano, em diversificadas áreas do conhecimento humano e multidimensional, incluindo o desenvolvimento do parapsiquismo. Eis 2 sábios polímatas, denotando avançado nível evolutivo:
            1. Apolônio de Tiana (2 a.e.c.–98 e.c.). Foi filósofo neopitagórico e professor de origem grega, cujos ensinamentos influenciaram o pensamento científico por muitos séculos.
            2. Quintus Serenus Sammonicus (Serenus; ?–212 e.c.). Foi polímata e médico famoso, atuando como senador na Dinastia dos Severos. Autor do poema didático de medicina Medicinalis liber, àquela época, já possuía biblioteca com 60.000 volumes.


                                                      VI. Acabativa

            Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com o Império Romano, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
            01. Antepassado de si mesmo: Seriexologia; Nosográfico.
            02. Articulador: Evoluciologia; Neutro.
            03. Biblioteca de Alexandria: Para-Historiografologia; Neutro.
            04. Ciclo persecutório: Interprisiologia; Nosográfico.
            05. Demagogia: Demagogiologia; Nosográfico.
            06. Democracia: Parapoliticologia; Neutro.
            07. Governante: Politicologia; Neutro.
            08. Interprisiologia: Grupocarmologia; Nosográfico.
            09. Obtusidade política: Politicologia; Nosográfico.
            10. Paradireito: Cosmoeticologia; Homeostático.
            11. Parapoliticologia: Evoluciologia; Homeostático.
            12. Política pública errada: Antipoliticologia; Nosográfico.
            13. Proto-Estado Mundial: Parassociologia; Neutro.
            14. Publícola: Politicologia; Nosográfico.
            15. Subjugabilidade: Parapatologia; Nosográfico. SOB A DOMINAÇÃO DOS CÉSARES, O IMPÉRIO ROMANO
  FOI CENÁRIO DE BATALHAS, BARBÁRIES E ESPETÁCULOS DESUMANOS, CONTUDO, DEIXOU ROBUSTO LEGADO
   CULTURAL, EM DIVERSAS ÁREAS DO CONHECIMENTO.
            Questionologia. Você, leitor ou leitora, se interessa pelas pesquisas multidimensionais envolvendo o Império Romano? Já aventou a hipótese de ter sido parte da Elencologia em algum contexto da época histórica?
            Bibliografia Específica:
            1. Coulanges, Foustel; A Cidade Antiga (La Cité Antique); revisoras Virgínia de A. Thomé; Ivete Batista dos Santos; & Célia Regina Rodrigues de Lima; trad. Fernando de Aguiar; XII + 642 p.; 47 caps.; 1 esquema; 2 enus.; glos. 614 termos; índice; 20,5 x 12,5 cm; br.; 4ª Ed.; 2ª imp.; Martins Fontes; São Paulo, SP; 2000; páginas 125 a 216.
            2. Harari, Yuval N.; Sapiens: Uma Breve História da Humanidade (Sapiens: A Brief History of Humankind); trad. J. Marcoantonio; revisora Lia Cremonese; Simone Diefenbach; 464 p.; 23 x 16 cm; 36ª Ed.; Porto Alegre; RS; páginas 246 e 247. En c i c l o pé d i a d a Co n sc i en c i o lo g i a                                                                      9
             3. Mommsen, Theodor; História de Roma (Römische Geschichte); coleção Obras Imortais; trad. Antônio Olinto; 325 p.; 21 x 14 cm.; Opera Mundi; Rio de Janeiro, RJ; 1973; páginas 63 a 159.
             4. Roux, Patrick Le; Império Romano (L’Empire Romain); trad. William Lagos; revisão Gustavo de Azambuja Feix; E-book; 82 p.; 21 x 14 cm.; L± Porto Alegre, RS; 2013; páginas 4 a 79.
             5. Vieira, Waldo; Homo sapiens pacificus; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 1.584 p.; 24 seções; 413 caps.; 403 abrevs.; 38 E-mails; 434 enus.; 484 estrangeirismos; 1 foto; 37 ilus.; 168 megapensenes trivocabulares; 1 microbiografia; 36 tabs.; 15 websites; glos. 241 termos; 25 pinacografias; 103 musicografias; 24 discografias; 20 cenografias; 240 filmes; 9.625 refs.; alf.; geo.; ono.; 29 x 21,5 x 7 cm; enc.; 3ª Ed. Gratuita; Associação Internacional do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC); & Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2007; páginas 297 a 333.
             6. Idem; Léxico de Ortopensatas; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 2 Vols.; 1.800 p.; Vols. 1 e 2; 1 blog; 652 conceitos analógicos; 22 E-mails; 19 enus.; 1 esquema da evolução consciencial; 17 fotos; glos. 6.476 termos; 1.811 megapensenes trivocabulares; 1 microbiografia; 20.800 ortopensatas; 2 tabs.; 120 técnicas lexicográficas; 19 websites; 28,5 x 22 x 10 cm; enc.; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2014; página 279, 280 e 978.
             7. Vrettos, Theodore; Alexandria: A Cidade do Pensamento Ocidental; trad. Briggite Klein; revs. Luiz Alverto Machado Cabral; & Daniel Seraphim; 313p.; 6 seções; 1 E-mail; 18 ilus.; 2 mapas; 1 microbiografia; 142 notas; 1 website; 22 x 15 cm; enc.; Odysseus; São Paulo, SP; 2005; páginas 115 a 204.
             Webgrafia Específica:
             1. Freitas, João C. de Mattos; Território e Territorialidade no Império Romano: A Utilização do Padrão Urbanístico das Cidades Construídas enquanto Tática de Romanização; PDF; Tamoios; Revista; Semestral; Ano V, N. 2; 2009; UERJ; Rio de Janeiro, RJ; disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/tamoios /article/view/1004>; acesso em: 07.09.19.
                                                                                                                   M. G. R.