Causa Perdida

  • Tertúlia 408
  • Data:
  • Especialidade: Perdologia
  • Tema central: Nosográfico

A causa perdida é a sustentação do megafoco inútil do interesse, da dedicação e da motivação da conscin por algum objetivo incapaz de dar os resultados esperados, não raro, ingenuamente, contudo com sinceridade, convicção, simplismo, imaturidade ou inexperiência.

Você já passou pelos dissabores de perder alguma causa pessoal supostamente essencial? Quais as lições colhidas dos fatos?

      CAUSA PERDIDA
                                        (PERDOLOGIA)


                                          I. Conformática

          Definologia. A causa perdida é a sustentação do megafoco inútil do interesse, da dedicação e da motivação da conscin por algum objetivo incapaz de dar os resultados esperados, não raro, ingenuamente, contudo com sinceridade, convicção, simplismo, imaturidade ou inexperiência.
          Tematologia. Tema central nosográfico.
          Etimologia. O termo causa vem do idioma Latim, causa ou caussa, “razão; motivo; origem; pretexto; questão; assunto; matéria”. Surgiu no Século XIII. A palavra perdida deriva também do idioma Latim, perdita, de perdere, “perder”. Apareceu no mesmo Século XIII.
          Sinonimologia: 1. Causa improdutiva. 2. Empreendimento inútil. 3. Esforço evolutivamente inviável.
          Neologia. As duas expressões compostas minicausa perdida e megacausa perdida são neologismos técnicos da Perdologia.
          Antonimologia: 1. Causa produtiva. 2. Empreendimento útil. 3. Esforço evolutivamente viável.
          Atributologia: predomínio dos sentidos somáticos, notadamente do autodiscernimento quanto às escolhas instintivas.


                                            II. Fatuística

          Pensenologia: os patopensenes; os ortopensenes.
          Fatologia: a causa perdida; a tentação gerada pela utopia; a autossujeição aos convencionalismos do Zeitgeist; a ausência das autopesquisas racionais; o balão de ensaio; a hipótese de tentativa; o culto do ouro de tolo; a vigarice; o conto do vigário; o erro de abordagem; o erro de interpretação; o erro de avaliação; a monovisão parcelada; o indiscernimento; a ausência da viabilidade evolutiva; a inexequibilidade mateológica; a perda de tempo; a perda de oportunidades evolutivas; a perda de companhias evolutivas; as perdas de cons; o fracasso; a derrota; a falência; a inexperiência; a imaturidade consciencial; a teimosia ou insistência com a causa perdida; o ato de fazer curativo em cadáver; a desilusão; a esperança perdida; a frustração; a melancolia intrafísica (melin); a dificuldade da autorrecéxis na idade física avançada; a doença no estado irreversível; a autoconscientização tardia; a falta do conhecimento da Ciência das Perdas; a Etiologia das impulsividades; a postura madura dos 2 pés sobre a rocha e o mentalsoma no Cosmos.
          Parafatologia: a perda de energias conscienciais (ECs); a melancolia extrafísica (melex).


                                          III. Detalhismo

          Principiologia: a falta do princípio da descrença.
          Holotecologia: a maturoteca; a evolucioteca; a cognoteca; a cosmoeticoteca; a consciencioteca; a parapsicoteca; a encicloteca.
          Interdisciplinologia: a Perdologia; o Onirismo; a Imagisticologia; a Experimentologia; a Intrafisicologia; a Psicossomatologia; a Mentalsomatologia; a Recexologia; a Descrenciologia; a Holomaturologia.


                                          IV. Perfilologia

          Elencologia: a consciênçula; a consréu ressomada; a isca humana lúcida.
         Masculinologia: o pré-serenão vulgar; o gestor; o idealista; o comerciante; o industrial.
         Femininologia: a pré-serenona vulgar; a gestora; a idealista; a comerciante; a industrial.
         Hominologia: o Homo obtusus; o Homo sapiens vulgaris; o Homo sapiens immaturus; o Homo sapiens perductus; o Homo sapiens credulus; o Homo sapiens idolatricus; o Homo sapiens commerciator.


                                       V. Argumentologia

         Exemplologia: minicausa perdida = a busca permanente do próprio entesouramento econômico-financeiro durante a vida humana inteira; megacausa perdida = a busca permanente dedicada à condição de profissional religioso empolgado pela Dogmática.
         Taxologia. Sob a ótica da Holomaturologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, a enumeração de 18 conceitos simples, mas significativos, sem maiores comentários, podendo representar causas perdidas, próprias para a reflexão das pesquisadoras e pesquisadores, quando lúcidos, com abertismo consciencial ou de inteligência evolutiva (IE) prioritária, capazes de ponderar racionalmente sobre temas graves:
         01. Antiguidade: autorregressismo.
         02. Autocracia: totalitarismo.
         03. Cinegética: antissubumanidade.
         04. Competição: psicopatia do poder.
         05. Credulidade: fé.
         06. Entesouramento: avarícia.
         07. Fama: celebridade.
         08. Ficção: superficialidade.
         09. Guerra: antifraternidade.
         10. Hoploteca: belicismo.
         11. Idolatria: mitificação.
         12. Ludopatia: jogatina.
         13. Nacionalismo: facciosismo.
         14. Religião: dogmatismo.
         15. Riscomania: antissomática.
         16. Suicídio: megafrustração.
         17. Tóxico: bioquimiodependência.
         18. Vigorexia: bigorexia.
         Provérbios. Segundo a Cosmanálise, eis, por exemplo, na ordem funcional, 30 provérbios conhecidos apresentando alguma relação com as causas perdidas, em geral:
         01. A ponta de um dedo não pode ser tocada por ele mesmo (Sânscrito) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 75).
         02. Cobra não gera passarinho (Pérez, José; Provérbios Brasileiros; Ediouro; Rio de Janeiro, RJ; S. D.; página 42).
         03. Duas melancias não cabem em uma só mão (Persa) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 74).
         04. Ele quer molhar um elefante com uma colher (Persa) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 21).
         05. É tolice tentar enxertar o ramo de bambu na cerejeira (Japonês) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 21).
         06. Jogando poeira ninguém consegue esconder a Lua (Hindu) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 20).
         07. Não adianta tentar tapar o Sol com a peneira (Chaves, Alexandre Maia; ...Assim dizia o velho ditado...; Lacerda Ed.; Rio de Janeiro, RJ; 1999; página 78).
         08. Não se pode separar a água com garfo (Hindu) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 20).
         09. Não se pode torcer a areia (Hindu) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 20).
         10. Ninguém pode tocar flauta e chupar cana ao mesmo tempo (Pérez, José; Provérbios Brasileiros; Ediouro; Rio de Janeiro, RJ; S.D.; página 116).
         11. Não posso ter boca cheia de água e assoprar no fogo (Ghitescu, Micaela; Novo Dicionário de Provérbios; 2a Ed.; Fim de Século; Lisboa; Portugal; 1997; página 93).
         12. Não procure um gato de cinco patas (Espanhol) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 20).
         13. Não sai farinha branca do saco de carvão (Ghitescu, Micaela; Novo Dicionário de Provérbios; 2a Ed.; Fim de Século; Lisboa; Portugal; 1997; página 93).
         14. Não se pode cavar poço com agulha (Turco) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 75).
         15. Não se pode dirigir reto numa pista curva (Russo) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 75).
         16. Não se pode esconder atrás do próprio dedo (Grego) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 74).
         17. O carro não anda adiante dos bois (Pérez, José; Provérbios Brasileiros; Ediouro; Rio de Janeiro, RJ; S. D.; página 122).
         18. Por mais cedo que se acorde, não se pode apressar a aurora (Espanhol) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 20).
         19. Não adianta chorar pelo leite derramado (Chaves, Alexandre Maia; ...Assim dizia o velho ditado...; Lacerda Ed.; Rio de Janeiro, RJ; 1999; página 60).
         20. Não adianta levar guarda-chuva se os sapatos estão furados (Irlandês) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 21).
         21. Não é batendo com esponja que conseguirás pregar o prego na parede (Valet, Ives; Pequeno Livro de Provérbios; Centro de Estudos Vida e Consciência Editora; São Paulo, SP; 1998; página 79).
         22. Não há cotovelo que se dobre para fora (Chinês) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 74).
         23. Não há lugar para dois pés num só sapato (Grego) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 74).
         24. Não se faz omeleta sem quebrar ovos (Ghitescu, Micaela; Novo Dicionário de Provérbios; 2a Ed.; Fim de Século; Lisboa; Portugal; 1997; página 94).
         25. Ninguém fica para semente (Pérez, José; Provérbios Brasileiros; Ediouro; Rio de Janeiro, RJ; S. D.; página 116).
         26. O cachorro pode latir, mas a Lua continuará no mesmo lugar (Italiano) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 21).
         27. O dinheiro visto em sonho não está disponível para as despesas de ninguém (Hindu) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 74).
         28. Por mais água que se jogue sobre a pedra, ela continuará a ser uma pedra (Hindu) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 21).
         29. Saco vazio não para em pé (Chaves, Alexandre Maia; ...Assim dizia o velho ditado...; Lacerda Ed.; Rio de Janeiro, RJ; 1999; página 66).
         30. Uma faca não pode cortar o seu próprio cabo (Persa) (Gleason, Norma; Provérbios do Mundo Todo; Gryphus; Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 74).


                                          VI. Acabativa

          Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 12 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com a causa perdida, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
          01. Achismo: Parapatologia; Nosográfico.
          02. Aprofundamento da pesquisa: Experimentologia; Neutro.
          03. Autorregressismo: Parapatologia; Nosográfico.
          04. Autovitimização: Parapatologia; Nosográfico.
          05. Credulidade: Psicossomatologia; Nosográfico.
          06. Desviacionismo: Proexologia; Nosográfico.
          07. Doutrinação: Parapatologia; Nosográfico.
          08. Escolha evolutiva: Experimentologia; Homeostático.
          09. Espera inútil: Experimentologia; Nosográfico.
          10. Fascínio pelo grotesco: Parapatologia; Nosográfico.
          11. Mateologística: Experimentologia; Nosográfico.
          12. Sarcasmo: Parapatologia; Nosográfico.
       HÁ SEMPRE QUEM INSISTA NO PIOR. O ESFORÇO
 PESSOAL E GRUPAL SINCERO, MAS INFRUTÍFERO, ESTÁ
   DISSEMINADO, IGUAL PRAGA INSIDIOSA, PELO CORPO
       DA SOCIEDADE INTRAFÍSICA, AINDA PATOLÓGICA.
          Questionologia. Você já passou pelos dissabores de perder alguma causa pessoal supostamente essencial? Quais as lições colhidas dos fatos?