O apego à perda é a postura paradoxal da consciência atada à condição pregressa, vivenciada ou almejada, porém hoje inexistente ou anacrônica, estagnar a própria existência presente devido ao anseio monopolizador de viver ou reviver o impossível.
Você, leitor ou leitora, lida realisticamente com a perda? Diante de tal circunstância, sustenta a vida pessoal em movimento ou a cristaliza?
APEGO À PERDA (PERDOLOGIA) I. Conformática Definologia. O apego à perda é a postura paradoxal da consciência atada à condição pregressa, vivenciada ou almejada, porém hoje inexistente ou anacrônica, estagnar a própria existência presente devido ao anseio monopolizador de viver ou reviver o impossível. Tematologia. Tema central nosográfico. Etimologia. A palavra pegar procede do idioma Latim, picare, “sujar-se com breu ou piche; impregnar-se de breu; ter em si; trazer para si”. Surgiu no Século XIV. O termo apego apareceu no Século XVII. O vocábulo perda deriva do idioma Latim Vulgar, perdita, feminino de perditus, e este particípio passado de perdere, “perder; causar a perda de; arruinar; destruir; transtornar; dissipar; estragar; corromper; perverter”. Surgiu no Século XIII. Sinonimologia: 1. Apego à falta. 2. Aferro ao perdido. 3. Obcecação pela privação. 4. Foco em carências. 5. Monopólio da ausência. Neologia. As 3 expressões compostas apego à perda, apego à perda leve e apego à perda intenso são neologismos técnicos da Perdologia. Antonimologia: 1. Desapego lúcido. 2. Desprendimento cosmoético. 3. Renúncia evolutiva. 4. Neofilia. 5. Libertação intraconsciencial. Estrangeirismologia: a negação do the end. Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente da imaginação. Coloquiologia: o ato de não se conformar; o ato de querer tudo como era antes; o ato de agarrar-se às lembranças; o ato de não ver horizontes; o ato de não possuir forças para seguir adiante; o ato de perder a alegria de viver; o ato de não abrir mão de nada. II. Fatuística Pensenologia: o holopensene pessoal saudosista; o holopensene pessoal comocionado; o holopensene pessoal da desesperança; os egopensenes; a egopensenidade; os patopensenes; a patopensenidade; os oniropensenes; a oniropensenidade; a autopensenização monopolizada por recordações; a autopensenidade focada em carências e privações. Fatologia: o apego à perda; a inaceitação de as perdas serem universais e ínsitas à existência física; a desconsideração da transitoriedade inerente à dinâmica evolutiva; a inaptação teimosa à situação atual; o sofrimento desmedido perante as mudanças existenciais; o enlutamento perene; a revolta contra o Cosmos por não ter se submetido ao próprio planejamento caprichoso; a insatisfação crônica; o aferro às recordações; os devaneios sobre o retorno ao passado; o desaproveitamento das vivências do presente; a esnobação à formação de novos laços sentimentais; a vida mantida em compasso de espera. Parafatologia: a ausência de autovivência do estado vibracional (EV) profilático; a ruminação do passado gerando patoevocações; a predisposição à assedialidade extrafísica; o culto à falta propiciando à vampirização energética dos ausentes; o fechadismo da consciência à realidade multidimensional; a insensibilidade energética; o autencapsulamento patológico; o desconhecimento ou irreflexão quanto à autocontinuidade multiexistencial; a inaptação inconformada do presente enquanto conduta de risco para a parapsicose pós-dessomática. III. Detalhismo Sinergismologia: o sinergismo hiperacuidade multidimensional–inteligência evolutiva (IE). Principiologia: o princípio da descrença (PD); o princípio da conservação holomnemônica dos patrimônios evolutivos; o princípio da inseparabilidade grupocármica; o princípio da seriéxis; o princípio da multidimensionalidade consciencial; o princípio da espiral evolutiva; o princípio da primazia evolutiva da existência presente. Codigologia: o código pessoal de Cosmoética (CPC) regrando a conduta diante de perdas pessoais; o código grupal de Cosmoética (CGC) regrando a conduta diante de perdas alheias. Teoriologia: a teoria da interprisão grupocármica. Tecnologia: as técnicas energéticas; as técnicas projetivas; as técnicas de desenvolvimento parapsíquico; as técnicas autoconscienciométricas; as técnicas autoconsciencioterápicas; as técnicas de reflexão; a técnica de aproveitamento máximo do tempo evolutivo. Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico de técnicas projetivas; o laboratório conscienciológico das retrocognições; o laboratório conscienciológico da Paragenética; o laboratório conscienciológico da Cosmoeticologia; o laboratório conscienciológico da Pensenologia; o laboratório conscienciológico da Despertologia; os laboratórios conscienciológicos de desassédio mentalsomático Holoteca, Holociclo e Tertuliarium. Colegiologia: o Colégio Invisível da Dessomatologia (CID). Efeitologia: os efeitos da inadmissão do ciclo da vida; os efeitos da espetacularização do luto; os efeitos da condescendência social com os surtos emocionais nos momentos de perda; os efeitos desestabilizadores da partida precoce de familiar; os efeitos de monopólio afetivo dedicado ao ausente na negligência aos presentes; os efeitos ilícitos e dolosos da inaceitação da separação; os efeitos do holopensene bélico da defesa empedernida da posse de seres vivos e bens materiais. Neossinapsologia: a demanda pela formação de neossinapses no período pós-perda. Ciclologia: o ciclo aquisição-perda; o ciclo apego-desapego; o ciclo ressoma-dessoma-intermissão; o ciclo encontros-desencontros-reencontros; o ciclo erro-retificação-acerto; o ciclo novidade-obsolescência; a prescrição do ciclo de reflexões autocríticas. Enumerologia: os objetos obsoletam; os somas degeneram; as ideias caducam; os contextos dissipam; as funções desaparecem; os grupos dispersam; os momentos passam. Binomiologia: o binômio recin-recéxis. Interaciologia: a força das interações conscienciais. Crescendologia: o conflito íntimo decorrente do crescendo de perdas mal elaboradas. Trinomiologia: o trinômio egão-orgulho-teimosia. Polinomiologia: o polinômio descondicionamentos–deslavagens cerebrais–despreconceituações–desrepressões–dessacralizações. Antagonismologia: o antagonismo exigência / concessão. Paradoxologia: o paradoxo de a consciência manter-se descontente e inconsolável por não aceitar a mutabilidade natural das conjunturas vivenciais. Legislogia: a lei do menor esforço. Fobiologia: a tanatofobia; a neofobia; a recexofobia; a recinofobia; a autocriticofobia; a futurofobia; a evoluciofobia. Sindromologia: a síndrome do ostracismo; a síndrome da ectopia afetiva (SEA); a síndrome do ninho vazio; a síndrome do miserê; a síndrome da abstinência da Baratrosfera (SAB); a síndrome da autovitimização; a síndrome da insegurança. Maniologia: a nostomania. Mitologia: o mito do sofrimento purificador; o mito dos anos dourados da infância; o mito da eterna juventude; o mito da sorte e do azar; o mito de todos serem insubstituíveis; o mito do amor romântico; o mito de tudo ser para sempre; o mito de Highlander. Holotecologia: a biologicoteca; a somatoteca; a dessomatoteca; a historioteca; a psicossomatoteca; a psicoteca; a criminoteca. Interdisciplinologia: a Perdologia; a Psicossomatologia; a Parapatologia; a Evoluciologia; a Cosmoeticologia; a Interprisiologia; a Autodiscernimentologia; a Priorologia; a Autodesassediologia; a Antivitimologia. IV. Perfilologia Elencologia: a conscin lacrimogênica; a consciência antepassada de si mesma. Masculinologia: o apegado; o nostálgico; o saudosista; o saudoso; o ciumento; o possessivo; o possessor; o avarento; o sovina; o usurário; o miserê; o egoísta; o insatisfeito; o descontente; o desgostoso; o pesaroso; o lamentoso; o choroso; o inconsolável. Femininologia: a apegada; a nostálgica; a saudosista; a saudosa; a ciumenta; a possessiva; a possessora; a avarenta; a sovina; a usurária; a miserê; a egoísta; a insatisfeita; a descontente; a desgostosa; a pesarosa; a lamentosa; a chorosa; a inconsolável. Hominologia: o Homo sapiens possessivus; o Homo sapiens egocentricus; o Homo sapiens frustratus; o Homo sapiens lacrimosus; o Homo sapiens neophobicus; o Homo sapiens autobsidiatus; o Homo sapiens immaturus. V. Argumentologia Exemplologia: apego à perda leve = a lamentação reiterada por objeto fora de linha, desde a parada da produção, capaz de acarretar a recusa em utilizar neotecnologias otimizadoras; apego à perda intenso = a lamentação reiterada pela dessoma de ente querido, desde a ausência intrafísica e ultrapassando o usual período de luto, capaz de acarretar desmotivação para viver. Culturologia: a cultura do luto; a cultura do coitadismo; a cultura da moda retrô. Cronologia. A postura de apego à perda demonstra a dificuldade em lidar com o ágil e insofreável percurso do tempo. Eis, em ordem lógica, os 3 tempos vivenciais e o exemplo de condições passíveis de serem encontradas na postura apegada: 1. Passado idealizado: a hipervalorização do ontem, visto como melhor e mais feliz se comparado ao hoje; a fixação desmedida no já vivido e perdido; o saudosismo monopolizador; a idolatria do tempo de outrora. 2. Presente paralisado: a desvalorização do hoje, visto como inferior perante as inigualáveis vivências de ontem; o desinteresse por desfrutar de regozijos em situações cotidianas; o alheamento do aqui-agora; a esnobação do tempo atual. 3. Futuro desesperançado: o descrédito quanto ao amanhã, visto como simples prolongamento das insatisfações de hoje; a desconsideração da possibilidade de criar agora condições posteriores apreciáveis; a prospectiva pessimista; a insegurança quanto ao tempo por vir. Autocontinuidade. A admissão de toda consciência continuar existindo ad aeternum, conjugada às constatações parapsíquicas das múltiplas vidas sucessivas, materiais e intermissivas, favorecem o entendimento de ser passageira a coexistência com consciências, pré-humanos, plantas e objetos na dimensão intrafísica. Ponderação. A esquiva à ponderação sobre a comprovável universalidade e inevitabilidade das perdas, coloca a consciência na condição emocionalmente vulnerável de sempre se sentir pega de surpresa ao ser desapossada de algo. Desaproveitamento. O descontentamento pode levar a consciência a fixar-se na retrocondição da qual foi privada, paralisando-se demasiado tempo e deixando de aproveitar os recursos disponíveis no presente. Provavelmente, serão justamente estes os próximos a serem lamentados e somados ao inventário pessoal de perdas quando o natural mecanismo existencial afastá-los e indisponibilizá-los. Então, tardiamente, dará conta de os terem desperdiçados. Cadeia. Desse modo, forma-se cadeia de frustrações, somente estancada quando houver: a conscientização da improdutividade de manter-se olhando para trás e a opção de concentrar-se nas riquezas em mãos hoje, para utilizá-las em produções evolutivas. VI. Acabativa Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com o apego à perda, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados: 01. Apego inseguro: Psicossomatologia; Nosográfico. 02. Autovitimização: Parapatologia; Nosográfico. 03. Causa perdida: Perdologia; Nosográfico. 04. Concessão cosmoética: Cosmoeticologia; Homeostático. 05. Conscin large: Intrafisicologia; Homeostático. 06. Cultura da Dessomatologia: Seriexologia; Homeostático. 07. Despedida: Psicossomatologia; Neutro. 08. Espera inútil: Experimentologia; Nosográfico. 09. Maternidade lacrimogênica: Maternologia; Neutro. 10. Orgulho teimoso: Perdologia; Nosográfico. 11. Paraterapêutica do luto: Paraterapeuticologia; Homeostático. 12. Possessividade: Parapatologia; Nosográfico. 13. Quebra qualitativa: Perdologia; Nosográfico. 14. Senso de autocontinuidade multiexistencial: Seriexologia; Neutro. 15. Síndrome do ostracismo: Perdologia; Nosográfico. NO APEGO À PERDA, O OLHAR DIRIGIDO À PRÓPRIA VIDA ATRAVESSA 3 LENTES DETURPADORAS: ROSADAS AO APRECIAR O PASSADO, EMBAÇADAS AO VIVENCIAR O PRESENTE E OBSCURECIDAS AO SUPOR O FUTURO. Questionologia. Você, leitor ou leitora, lida realisticamente com a perda? Diante de tal circunstância, sustenta a vida pessoal em movimento ou a cristaliza? Bibliografia Específica: 1. Luft, Lya; Perdas & Ganhos; 156 p.; 5 caps.; 1 citação; 1 foto; 21 x 13,5 cm; br.; 34ª Ed.; Record; Rio de Janeiro, RJ; 2009; páginas 102 a 149. 2. Vieira, Waldo; 700 Experimentos da Conscienciologia; 11.058 p.; 40 seções; 100 subseções; 700 caps.; 147 abrevs.; 1 cronologia; 100 datas; 1 E-mail; 600 enus.; 272 estrangeirismos; 2 tabs.; 300 testes; glos. 280 termos; 5.116 refs.; alf.; geo.; ono.; 28,5 x 21,5 x 7 cm; enc.; Instituto Internacional de Projeciologia; Rio de Janeiro, RJ; 1994; páginas 403, 430, 485 e 686. 3. Viorst, Judith; Perdas Necessárias (Necessary Losses); trad. Aulyde Soares Rodrigues; 336 p.; 20 caps.; 26 citações; 4 enus; 20,5 x 13,5 cm; br.; 4ª Ed.; Melhoramentos; São Paulo, SP; 2005; páginas 13 a 16 e 243 a 311. 4. Worden, J. William; Terapia do Luto: Um Manual para o Profissional de Saúde Mental (Grief Counseling & Grief Therapy); trad. Max Brener; & Maria Rita Hofmeister; 204 p.; 9 caps.; 158 citações; 27 enus.; 472 ref.; alf.; 23 x 16 cm; br.; 2ª Ed.; Artes Médicas; Porto Alegre, RS; 1998; páginas 19 a 51 e 99 a 112. A. L.