Cantilena Autassediante

A cantilena autassediante é o ato de a consciência desfiar queixas repetidas e monótonas, geralmente mantendo a mesma sequência de palavras, qual refrão autovitimizado, sem dar-se conta da própria repetição e desconsiderando a indisposição pessoal para superar a condição reclamada.

Você, leitor ou leitora, se vitimiza com cantilenas autassediantes? Em quais circunstâncias? Por quais razões?

      CANTILENA AUTASSEDIANTE
                               (AUTODESASSEDIOLOGIA)


                                          I. Conformática

          Definologia. A cantilena autassediante é o ato de a consciência desfiar queixas repetidas e monótonas, geralmente mantendo a mesma sequência de palavras, qual refrão autovitimizado, sem dar-se conta da própria repetição e desconsiderando a indisposição pessoal para superar a condição reclamada.
          Tematologia. Tema central nosográfico.
          Etimologia. A palavra cantilena provém do idioma Latim, cantilae, “cantarolar; trautear”. Surgiu no Século XVII. O elemento de composição auto vém do idioma Grego, autós, “eu mesmo; por si próprio”. O termo assédio deriva do idioma Italiano, assedio, e este do idioma Latim, absedius ou obsidium, “cerco; cilada; assédio”. Apareceu, no idioma Italiano, no Século XIII. Surgiu, no idioma Português, em 1548.
          Sinonimologia: 1. Estribilho autassediante. 2. Lamúria autassediadora. 3. Ladainha vitimizada. 4. Lamentação depreciativa. 5. Lengalenga poliqueixosa.
          Neologia. As 3 expressões compostas cantilena autassediante, cantilena autassediante circunstancial e cantilena autassediante cronicificada são neologismos técnicos da Autodesassediologia.
          Antonimologia: 1. Lema automotivador. 2. Discurso autossuperador. 3. Refrão autencorajador.
          Estrangeirismologia: a chorumela repassada over and over again; o start da cantilena inspirado por assediadores extrafísicos; a desconsideração aos feedbacks corporais e / ou verbais denunciadores do fastio do interlocutor.
          Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto à força energética das palavras proferidas.
          Megapensenologia. Eis megapensene trivocabular relativo ao tema: – Palavras criam realidades.
          Coloquiologia. O ato de não ver saída para a própria problemática.


                                            II. Fatuística

          Pensenologia: o holopensene pessoal autovitimizado; os batopensenes; a batopensenidade; os inculcopensenes; a inculcopensenidade; os patopensenes; a patopensenidade; os toxicopensenes; a toxicopensenidade; os xenopensenes; a xenopensenidade; os nosopensenes; a nosopensenidade autocondicionada; a cadeia pensênica atormentadora; os pensenes encadeados de modo automático, recorrente e irresolutivo; a retroalimentação de holopensene assediado.
          Fatologia: a cantilena autassediante; o autassédio reincidente; o gatilho à reprodução do autassédio; o monoideísmo reeditado; a repetição de discurso assediador; a enunciação trafarista recontada periodicamente; a revolta explicitada; a requisição caprichosa não atendida; a sequência vocabular auto-hipnótica; o monólogo enfadonho; a insensibilização aos contrargumentos evolutivos; a rejeição das autorresponsabilidades sobre as ocorrências reclamadas; a ilusão de alcançar alívio com as autorruminações; a autodesorganização emocional; a desestabilização da intraconsciencialidade; a cronicificação de autassedialidades.
          Parafatologia: a ausência da autovivência do estado vibracional (EV) profilático; o monopólio do cardiochacra; a desequilibração do próprio holossoma; a contaminação patológica do ambiente doméstico; a evocação involuntária de assediadores; a insuflação de negatividades por assediadores extrafísicos; o autenredamento com paracompanhias evolutivamente enfermas.


                                           III. Detalhismo

          Sinergismologia: o sinergismo patológico autassédio-heterassédio; o sinergismo estudo-reflexão; o sinergismo heterajuda cosmoética–autocura.
          Principiologia: o princípio da desassedialidade interconsciencial; o princípio de contra fatos e parafatos não haver argumentos nem parargumentos; o princípio da indelegabilidade das responsabilidades pelos atos cometidos; o princípio pessoal de não pedir nada para si; o princípio pessoal de não persistência no erro identificado; o princípio da autonomia da vontade; o princípio do bem-estar ser conquista íntima intransferível.
          Codigologia: o código pessoal de Cosmoética (CPC) regrando a autopensenização.
          Tecnologia: as técnicas de autopesquisa; as técnicas de autodesassédio; as técnicas energéticas; as técnicas de autorreflexão; a técnica de autochecagem holossomática; a técnica de qualificação da intenção; a técnica de atuar no contrafluxo das ideações assediadoras.
          Voluntariologia: os voluntários da tares.
          Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da Pensenologia.
          Colegiologia: o Colégio Invisível da Despertologia.
          Efeitologia: os efeitos auto e heterestressantes da cantilena autassediante; os efeitos constrangedores nos ouvintes de ladainha autovitimizante; os efeitos angustiantes da irresolutividade do poliqueixismo; os efeitos das irracionalidades na confusão mental; os efeitos regressivos da autossabotagem; os efeitos do autodesconfiômetro descalibrado; os efeitos da autossaturação na reciclagem da pensenidade pessoal.
          Neossinapsologia: a reedição sistemática de retrossinapses impedindo a formação de neossinapses quanto às realidades vivenciadas.
          Ciclologia: o ciclo de pensamentos autassediantes; a inconclusão do ciclo recordar-repetir-elaborar.
          Enumerologia: a postura queixosa; o pensamento generalizado; a fala monocórdia; a fácies inexpressiva; a análise superficial; o posicionamento confuso; o comportamento estéril. O ato de rememorar os mesmos fatos; o ato de recontar as mesmas histórias; o ato de reproduzir as mesmas perspectivas; o ato de refazer os mesmos raciocínios; o ato de repisar os mesmos argumentos; o ato de redizer as mesmas justificativas; o ato de reviver as mesmas insatisfações. O juízo sem ação comprovatória; a erronia sem ação corretiva; a culpa sem ação reparadora; a queixa sem ação resolutória; a desafeição sem ação recompositora; a discordância sem ação conciliatória; a problemática sem ação deliberativa.
          Binomiologia: o binômio egão-orgulho.
          Interaciologia: a interação estado comocional–entendimento distorcido.
          Trinomiologia: o trinômio passado idealizado–presente paralisado–futuro desesperançado; o trinômio mau humor–pessimismo–masoquismo; o trinômio mágoas-ressentimentos-melindres; o trinômio reclamações-lastimações-revoltas; o trinômio imaginação-ilogicidade-acriticismo; o trinômio recorrência-recrudecimento-cronicificação; o trinômio autopiedadeautoperdoamento-autocorrupção.
          Polinomiologia: o emocionalismo implantando o polinômio distorções perceptivas–distorções paraperceptivas–distorções cognitivas–distorções mnemônicas.
          Antagonismologia: o antagonismo bem-estar / malestar.
          Legislogia: a lei da ação e reação.
          Filiologia: a algofilia.
          Fobiologia: a neofobia.
          Sindromologia: a síndrome da autovitimização.
          Maniologia: a querulomania.
          Mitologia: o mito do sofrimento purificador; o mito da sorte e do azar.
          Holotecologia: a comunicoteca; a psicossomatoteca; a patopensenoteca; a psicopatoteca; a convivioteca; a interassistencioteca; a maturoteca.
          Interdisciplinologia: a Autodesassediologia; a Antivitimologia; a Autopesquisologia; a Autocriticologia; a Autodiscernimentologia; a Psicossomatologia; a Parapatologia; a Conviviologia; a Autodespertologia; a Holomaturologia.


                                           IV. Perfilologia

          Elencologia: a conscin lúcida; a isca humana lúcida; o ser desperto; o ser interassistencial; a conscin enciclopedista; a conscin poliqueixosa; a consciência assistível.
          Masculinologia: o pré-serenão vulgar; o emotivo; o apriorota; o autovitimizado; o queixoso; o reclamão; o descontente; o frustrado; o melindrado; o ressentido; o magoado; o rancoroso; o atormentado; o preocupado; o conflituoso; o vingativo; o compassageiro evolutivo.
          Femininologia: a pré-serenona vulgar; a emotiva; a apriorota; a autovitimizada; a queixosa; a reclamona; a descontente; a frustrada; a melindrada; a ressentida; a magoada; a rancorosa; a atormentada; a preocupada; a conflituosa; a vingativa; a compassageira evolutiva.
          Hominologia: o Homo sapiens lamuriens; o Homo sapiens reclamator; o Homo sapiens immaturus; o Homo sapiens insatisfactus; o Homo sapiens acriticus; o Homo sapiens ilogicus; o Homo sapiens irrationalis.


                                        V. Argumentologia

          Exemplologia: cantilena autassediante circunstancial = a ocorrida em período existencial crítico mas eliminada quando identificada; cantilena autassediante cronicificada = a ocorrendo por tempo indeterminado, ignorada ou desconsiderada.
          Culturologia: a cultura da exacerbação emocional; a cultura da irreflexão.
          Expressão. Conforme a Comunicologia, a cantilena autassediante pode ser expressa de 3 maneiras, listadas em ordem alfabética:
          1. Murmurada: recitada em voz baixa para si mesmo.
          2. Silenciosa: recitada no interior do microuniverso intraconsciencial.
          3. Verbalizada: recitada para outrem.
          Conteúdo. De acordo com a Autassediologia, a direção das solicitações proferidas na cantilena pode ser de 2 modos, enumerados alfabeticamente:
          1. Autodirigida: a primazia das reclamações dirigem-se à própria personalidade.
          2. Heterodirigida: a primazia das reclamações dirigem-se a outras personalidades.
          Gatilho. Eis, por exemplo, em ordem alfabética, 2 tipos de estímulos capazes de acionar a manifestação da cantilena na pessoa incauta:
          1. Direto: o dito de alguém, conscin ou consciex, direcionado ou não à pessoa, cujo teor reavive os sentimentos de específica insatisfação pessoal.
          2. Indireto: a assim patológica com determinado padrão pensênico (de consciência ou ambiente), levando a pessoa a atribuir equivocadamente a causa do sentimento incitado ao teor de determinada insatisfação pessoal.
          Terapeuticologia. A cantilena autassediante pode ser eliminada na medida da opção da consciência pelo autodesassédio. Eis, por exemplo, em ordem lógica, 5 atuações passíveis de auxiliar na eliminação de cantilena autassediadora:
          1. Conscientização. O reconhecimento da existência e da improdutividade da conservação de autassédios.
          2. Escuta. A atenção aos próprios pensamentos, verbalizados ou não, permite a identificação das argumentações rebarbativas e desatualizadas perante as realidades atuais.
          3. Registro. A escrita datada das considerações pessoais sobre a problemática explicita a perpetuação de rodeios pensênicos insolucionados.
          4. Desassim. A movimentação das energias propicia o equilíbrio energético e a possível desconexão com padrões energéticos doentios.
          5. Elaboração. A ponderação sobre as próprias questões mal resolvidas buscando entrever novas abordagens, torna possível o encontro de soluções antes impensadas.
          Fechadismo. A cantilena autassediante prende a consciência em condição autovitimizada, mantendo-a restrita a conjunto de ideações, autocondicionadas e repetidas automaticamente sem qualquer movimento para tentar resolver a dificuldade lamentada e o decorrente malestar.
          Abertismo. Somente a constatação e a reflexão sobre a própria condição patológica permite a consciência abrir-se às novas possibilidades, efetivando ações teóricas (estudos) e práticas (experimentações) objetivando desconstruir os constructos autassediantes e efetivar os autesclarecimentos evolutivos.


                                          VI. Acabativa

          Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com a cantilena autassediante, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
          01. Aborrecimento: Psicossomatologia; Nosográfico.
          02. Antivitimologia: Holomaturologia; Homeostático.
          03. Autassédio: Parapatologia; Nosográfico.
          04. Autassédio latente: Parapatologia; Nosográfico.
          05. Autodesrespeito: Autoconscienciometrologia; Nosográfico.
          06. Autotortura: Autoconscienciometrologia; Nosográfico.
          07. Binômio autodesassedialidade-energossomaticidade: Autodesassediologia; Homeostático.
          08. Binômio autodesassedialidade-mentalsomaticidade: Autodesassediologia; Homeostático.
          09. Encolhimento consciencial: Parapatologia; Nosográfico.
          10. Generalização autassediante: Psicossomatologia; Nosográfico.
          11. Heterorreação autodiagnóstica: Autopesquisologia; Neutro.
          12. Lema automotivador: Autodeterminologia; Neutro.
          13. Opção pelo autodesassédio: Voliciologia; Homeostático.
          14. Postura antiqueixa: Paraetologia; Homeostático.
          15. Sucumbência: Parapatologia; Nosográfico.
 A CANTILENA AUTASSEDIANTE FUNCIONA QUAL AGULHA EM DISCO ARRANHADO: PRODUZ O MESMO FRAGMENTO SONORO, INCAPAZ DE AVANÇAR DA POSIÇÃO ONDE ESTÁ PARA COMPLETAR A MELODIA AUTESCLARECEDORA.
          Questionologia. Você, leitor ou leitora, se vitimiza com cantilenas autassediantes? Em quais circunstâncias? Por quais razões?
                                                                                             A. L.