A pergunta desassediadora é o questionamento feito pela consciência a si própria ou a outrem com o objetivo de descortinar aspectos da realidade consciencial até então mantidos não acessíveis ao questionado.
Em momentos de crise, você, leitor ou leitora, consegue manter a faculdade de perguntar-se sobre os rumos mais cosmoéticos a seguir? Os questionamentos promovem auto e heterodesassédios? O microuniverso consciencial ainda é tabu para você?
PERGUNTA DESASSEDIADORA (DESASSEDIOLOGIA) I. Conformática Definologia. A pergunta desassediadora é o questionamento feito pela consciência a si própria ou a outrem com o objetivo de descortinar aspectos da realidade consciencial até então mantidos não acessíveis ao questionado. Tematologia. Tema central homeostático. Etimologia. A palavra perguntar vem do idioma Latim Vulgar, praecuntare, e esta do idioma Latim Clássico, percontare ou percontari, “perguntar; indagar; inquirir; informar-se de”. Os termos perguntar e pergunta apareceram no Século XIV. O prefixo des procede do idioma Latim, dis ou de ex, “negação; oposição; falta; separação; divisão; afastamento; supressão”. O vocábulo assédio deriva do idioma Italiano, assedio, e este do idioma Latim, absedius ou obsidium, “cerco; cilada; assédio”. Surgiu, no idioma Italiano, no Século XIII. Apareceu, no idioma Português, no Século XVI. Sinonimologia: 1. Pergunta esclarecedora. 2. Questionamento desassediador. 3. Ferramenta desassediadora. 4. Interrogação desassediadora. Cognatologia. Eis, na ordem alfabética, 4 cognatos derivados do vocábulo pergunta: perguntador, perguntadora, perguntante, perguntar. Neologia. As 3 expressões compostas pergunta desassediadora, pergunta desassediadora menor e pergunta desassediadora maior são neologismos técnicos da Desassediologia. Antonimologia: 1. Pergunta assediadora. 2. Pergunta de algibeira. 3. Pergunta retórica. 4. Ruminação pensênica. Estrangeirismologia: o timing apropriado para fazer certas perguntas; o tête-à-tête interassistencial; o método Patient-Intervention-Comparison-Outcome (PICO) na formulação da dúvida clínica; o aprofundamento no self; o brainstorming autopesquisológico com base em perguntas. Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto à realidade dos fatos e parafatos. Coloquiologia. Eis duas expressões coloquiais referentes ao ato de fazer perguntas: – Perguntar não ofende. Quem pergunta o que quer ouve o que não quer. Citaciologia. Eis frase célebre do filósofo grego Sócrates (470–399 a.e.c): – “Só sei que nada sei, e o fato de saber isso me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa”. II. Fatuística Pensenologia: o holopensene pessoal da Desassediologia; o holopensene pessoal da autopesquisa; o holopensene pessoal da autorreflexão; os ortopensenes; a ortopensenidade; o escritório residencial sendo local reprodutor do holopensene de autopesquisa do Holociclo; a pensenidade na zona de desconforto; a pensenidade questionadora interassistencial. Fatologia: a pergunta desassediadora; a pergunta autodesassediadora; a pergunta heterodesassediadora; a Semiologia na Era da Medicina Tecnológica; a acurácia de única questão comparada a grande questionário; a formulação das perguntas em consulta médica possibilitando a anamnese ser menos indutiva das respostas do paciente; a efetividade da anamnese minuciosa; o efeito da “droga” médico; a contribuição do olhar na realização de perguntas difíceis; a contribuição da comunicação não verbal na realização de perguntas delicadas; a tomada de decisão compartilhada na relação médico-paciente; as peculiaridades do uso do “por que” na formulação de perguntas; a zona de conforto mantida pelas pessoas realizadoras tão somente de perguntas heterodesassediadoras; a autoconsciência quanto aos próprios mecanismos de defesa do ego (MDEs); a expectativa mantida por muitas pessoas de serem desassediadas apenas pelas respostas; a limitação paradigmática impedindo a realização de pergunta desassediadora; o limite do heterodesassédio quando não há investimento no autodesassédio; a discrepância entre a velocidade da formulação de perguntas e a elaboração da resposta; a capacidade de viver em contexto de incertezas; o ato de o esclarecimento de dúvida gerar mais perguntas; o caráter subversivo da pergunta atingindo o nó górdio; o ponto de partida das assistências mais profundas; a capacidade de não esconder de si mesmo as próprias vicissitudes; as incoerências desmascaradas através de perguntas; o ato de sentir-se convidado a explicitar ideias, sentimentos e pensamentos até então mantidos vagos na profundidade da consciência; os diferentes níveis de desassédio proporcionados pela pergunta; o ato de trilhar o caminho em direção ao cerne do microuniverso consciencial; o automapeamento minucioso; a tenacidade da autorreflexão preponderando sobre a confusão pensênica nos momentos de crise; o fato de todos os verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia terminarem com perguntas. Parafatologia: a autovivência do estado vibracional (EV) profilático; o uso das perguntas desassediadoras para auxiliar a diferenciação de surto psiquiátrico e possessão; as perguntas autodesassediadoras sendo ferramenta de apoio na superação do medo de consciexes. III. Detalhismo Sinergismologia: o sinergismo Medicina de Família e Comunidade–Multidimensiologia; o sinergismo cérebro-paracérebro. Principiologia: o princípio da descrença aplicado a si próprio; o princípio da retilinearidade da pensenização; o princípio de pensar antes de falar; o princípio de para tudo haver técnica. Codigologia: o código de Ética Médica; o código pessoal de Cosmoética (CPC) aplicado ao tempo apropriado para realizar intervenção assistencial. Teoriologia: as teorias da Terapia Sistêmica; as teorias da relação médico-paciente. Tecnologia: a técnica do caderno de anotações pessoais; a técnica de dar tom coloquial à pergunta de conteúdo difícil; a técnica da metapergunta; a técnica da “conversão da emocionalidade” em perguntas a serem respondidas; a técnica da retrospectiva autodesassediadora; a técnica da revivescência voluntária de emocionalismo passado; a técnica da conscin-cobaia interassistencial; a técnica do autoinventariograma; a técnica dos 5 porquês. Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da Cosmoeticologia; o laboratório conscienciológico da Mentalsomatologia; o laboratório conscienciológico da Pensenologia. Colegiologia: o Colégio Invisível da Assistenciologia; o Colégio Invisível da Comunicologia; o Colégio Invisível da Conscienciometrologia; o Colégio Invisível da Consciencioterapia; o Colégio Invisível da Experimentologia. Efeitologia: o efeito halo da pergunta desassediadora; o efeito vinculador entre assistente e assistido das perguntas abertas; o efeito no assistido ao perceber a intenção por trás da pergunta do assistente; o efeito assediador da consulta médica realizada apenas com perguntas fechadas; o efeito da pergunta desassediadora sobre as consciexes; a hipótese do efeito do paracérebro sobre as vias neurais mediadoras das respostas emocionais e o papel no autocontrole emocional. Neossinapsologia: as neossinapses geradas pelas perguntas desassediadoras; as neossinapses do assistente decorrentes do processo contínuo de realizar perguntas desassediadoras; as neossinapses enquanto condição necessária para a eficácia da pergunta desassediadora; as neossinapses gerando sensação de alívio do assistido agora sem a cunha mental. Ciclologia: o ciclo homeostase disfuncional–crise–homeostase funcional; o ciclo assistencial pergunta desassediadora–inventário pessoal. Enumerologia: o ato de arguir; o ato de esmiuçar; o ato de escrutinar; o ato de esquadrinhar; o ato de interrogar; o ato de perquirir; o ato de perscrutar. Binomiologia: o binômio ressonância emocional–reverberação racional. Interaciologia: a interação trafor-trafar; a interação escuta-pergunta. Crescendologia: o crescendo tacon-tares; o crescendo curiosidade infantil–curiosidade adulta; o crescendo Semiologia–Parassemiologia. Trinomiologia: o trinômio pergunta desassediadora–posicionamento–decisão; o trinômio pergunta desassediadora–resposta esclarecedora–recin. Polinomiologia: o polinômio escuta-pergunta-automonitoramento-heteromonitoramento; o polinômio órgãos sensoriais–tálamo–sistema límbico–neocórtex. Antagonismologia: o antagonismo velho / novo; o antagonismo estagnação / mudança; o antagonismo impulsividade / autocontrole; o antagonismo inquirição / inquisição. Paradoxologia: o paradoxo de o esclarecimento poder ocorrer mediante a formulação de questionamentos. Politicologia: a democracia; a lucidocracia. Legislogia: a lei do maior esforço aplicada à autopesquisa. Filiologia: a questionofilia; a neofilia; a epistemofilia; a logicofilia; a assistenciofilia; a pesquisofilia; a raciocinofilia. Fobiologia: a decidofobia. Holotecologia: a comunicoteca; a conscienciometroteca; a consciencioterapeuticoteca; a interassistencioteca; a mentalsomatoteca; a metodoteca; a parapsicoteca; a pensenoteca; a psicossomatoteca; a semioteca. Interdisciplinologia: a Desassediologia; a Semiologia; a Parassemiologia; a Medicina; a Psicologia; a Consciencioterapia; a Paraclínica; a Conscienciometrologia; a Voliciologia; a Autocogniciologia; a Mentalsomatologia. IV. Perfilologia Elencologia: a conscin lúcida; a isca humana lúcida; o ser desperto; o ser interassistencial; a conscin enciclopedista. Masculinologia: o amigo; o amparador intrafísico; o autodecisor; o autopesquisador; o conscienciólogo; o conscienciômetra; o consciencioterapeuta; o docente conscienciológico; o duplista; o escritor; o evoluciente; o inversor existencial; o maxidissidente ideológico; o médico; o paciente; o perguntador; o pesquisador; o projetor consciente; o psicoterapeuta; o questionador; o reciclante existencial; o tenepessista; o tertuliano; o verbetólogo. Femininologia: a amiga; a amparadora intrafísica; a autodecisora; a autopesquisadora; a consciencióloga; a conscienciômetra; a consciencioterapeuta; a docente conscienciológica; a duplista; a escritora; a evoluciente; a inversora existencial; a maxidissidente ideológica; a médica; a paciente; a perguntadora; a pesquisadora; a projetora consciente; a psicoterapeuta; a questionadora; a reciclante existencial; a tenepessista; a tertuliana; a verbetóloga. Hominologia: o Homo sapiens perquisitor; o Homo sapiens scientificus; o Homo sapiens intellectualis; o Homo sapiens rationabilis; o Homo sapiens autologicus; o Homo sapiens analyticus; o Homo sapiens assistens; o Homo sapiens conscientiometricus; o Homo sapiens logicus; o Homo sapiens technicus. V. Argumentologia Exemplologia: pergunta desassediadora menor = o questionamento, em meio à crise, auxiliando na superação do emocionalismo exacerbado; pergunta desassediadora maior = o questionamento auxiliando à retomada dos rumos da programação existencial (proéxis). Culturologia: a cultura da Medicina de Família; a cultura do olhar biopsicossocial sobre o indivíduo; a cultura da glasnost; a cultura do registro em autopesquisa; a cultura da autocrítica. Taxologia. Sob a ótica da Assistenciologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 7 tipos de perguntas usadas em contextos assistenciais: 1. Perguntas abertas. Os questionamentos levando o interlocutor a expressar mais abertamente sentimentos, opiniões e reflexões sobre tema específico. 2. Perguntas circulares. Os questionamentos levando a explorar a relação de todas as pessoas envolvidas com determinado sintoma familiar. 3. Perguntas do “milagre”. Os questionamentos levando o assistido a refletir sobre como seria a vida se os problemas atuais, responsáveis pela necessidade de procurar ajuda, deixassem de existir. 4. Perguntas fechadas. Os questionamentos requerendo respostas mais curtas e objetivas. 5. Perguntas indiretas. Os questionamentos implícitos em afirmações. 6. Perguntas lineares. Os questionamentos com base na descrição de sequência de eventos ou comportamentos através de perguntas. 7. Perguntas reflexivas. Os questionamentos trazendo em si nova proposta de comportamento, postura, atitude ou pensamento para auxiliar o assistido a se colocar em nova condição. Classificação. Sob o prisma da Desassediologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 4 tipos de perguntas desassediadoras relativas à intra e à extraconsciencialidade: A. Intraconsciencialidade: os objetos de autopesquisa. 1. Pergunta autodesassediadora. A pergunta assistencial realizada a si próprio(a) referindo-se diretamente a objeto de autopesquisa. 2. Pergunta heterodesassediadora. A pergunta assistencial realizada por certa consciência a outra referindo-se diretamente a objeto de autopesquisa do questionado. B. Extraconsciencialidade: os objetos de pesquisa extraconsciencial. 3. Pergunta autodesassediadora. A pergunta assistencial realizada a si próprio(a), tendo como objeto situações extraconscienciais. 4. Pergunta heterodesassediadora. A pergunta assistencial realizada por certa consciência a outra, tendo como objeto situações extraconscienciais. VI. Acabativa Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com a pergunta desassediadora, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados: 01. Autexpressão: Comunicologia; Neutro. 02. Autocientificidade: Autocogniciologia; Homeostático. 03. Autolucidez consciencial: Holomaturologia; Homeostático. 04. Autorreflexão de 5 horas: Autoconscienciometrologia; Homeostático. 05. Avanço mentalsomático: Mentalsomatologia; Homeostático. 06. Fonte cognitiva: Autocogniciologia; Neutro. 07. Garimpagem interlocutória: Coloquiologia; Neutro. 08. Ignorância ignorada: Autenganologia; Nosográfico. 09. Momento de parar: Autodeterminologia; Neutro. 10. Oaristo: Coloquiologia; Neutro. 11. Omniquestionamento: Pesquisologia; Neutro. 12. Paradoxo da autorreflexão: Paradoxologia; Neutro. 13. Retrospectiva autodesassediadora: Mnemossomatologia; Homeostático. 14. Senso de orientação existencial: Evoluciologia; Homeostático. 15. Técnica do autoinventariograma: Autoconscienciometrologia; Neutro. AS REFLEXÕES SUSCITADAS PELA PERGUNTA DESASSEDIADORA CONTRIBUEM PARA O DOMÍNIO EMOCIONAL NAS VIVÊNCIAS EVOLUTIVAS CRÍTICAS, SENDO FERRAMENTA ÚTIL NAS RECICLAGENS INTRACONSCIENCIAIS. Questionologia. Em momentos de crise, você, leitor ou leitora, consegue manter a faculdade de perguntar-se sobre os rumos mais cosmoéticos a seguir? Os questionamentos promovem auto e heterodesassédios? O microuniverso consciencial ainda é tabu para você? Bibliografia Específica: 1. Benjamin, Alfred; A Entrevista de Ajuda (The Helping Interview); int. C. Gilbert Wrenn; revisora Estela dos Santos Abreu; trad. Urias Correa Arantes; 208 p.; 7 caps.; 7 enus.; 28 refs.; 23 x 16 x 3 cm; br.; 12ª Ed.; Martins Fontes; São Paulo, SP; 2008; páginas 91 a 121. 2. Biancarelli, Aureliano; Questionário identifica Dependentes do Sexo; Notícia; Folha de São Paulo; Jornal; Diário; Ano 80; N. 25.995; Caderno: Cotidiano; Seção: Saúde; 1 abrev.; 1 enu.; 2 estatísticas; 1 foto; 1 questionário; 4 siglas; 1 ref.; São Paulo, SP; 04.06.2000; página C11. 3. Gleiser, Marcelo; Perguntar é Preciso; Artigo; Folha de São Paulo; Jornal; Diário; Ano 80; N. 25.911; Caderno: Mais!; Seção: Micro/Macro; São Paulo, SP; 12.03.2000; página 33. 4. Rollnick, Stephen; Miller, William R; & Butler, Christopher C; Entrevista Motivacional: Ajudando Pacientes a Mudar de Comportamento (Motivacional Interview in Health Care: Helping Patients Change Behavior); revisores Antonio Carlos S. da Rosa; & Elisabeth Meyer; trad. Ronaldo Cataldo Costa; X + 124 p.; 10 caps.; 2 abrevs.; 14 enus.; 1 esquema; 4 ilus.; 3 siglas; 5 tabs.; 2 apênds.; epíl.; alf.; 25 x 15 x 3 cm; br.; Artmed; Porto Alegre, RS; 2009; páginas 62 a 81. 5. Tomm, Karl; Entrevista Interventiva parte III: Pretendendo Fazer Questões Lineares, Circulares, Estratégicas ou Reflexivas?; Artigo; 2 ilus.; 5 refs.; Family Process; Malden, MA; USA; 1998; páginas 1 a 15. 6. Vieira, Waldo; Homo sapiens reurbanisatus; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 1.584 p.; 24 seções; 479 caps.; 139 abrevs.; 12 E-mails; 597 enus.; 413 estrangeirismos; 102 filmes; 1 foto; 40 ilus.; 3 infográficos; 1 microbiografia; 102 sinopses; 25 tabs.; 4 websites; glos. 241 termos; 7.663 refs.; alf.; geo.; ono.; 29 x 21 x 7 cm; enc.; 3ª Ed.; Associação Internacional do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC); Foz do Iguaçu, PR; 2003; páginas 1.540 a 1.542. Webgrafia Específica: 1. 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