Casa da Sabedoria

A Casa da Sabedoria foi o centro cultural organizado e realizado por governantes do grande Império Islâmico, entre os Séculos IX e XIII, localizada em Bagdá, atual Iraque, objetivando coletar, recuperar, copiar e traduzir conteúdo filosófico e científico registrado em textos gregos, hindus, siríacos e persas, além de difundir, aprofundar e produzir o conhecimento científico, representando o ápice do Renascimento Islâmico.

Você, leitor ou leitora, admite ter dívida de gratidão para com a cultura árabe? Reconhece tal influência na formação do mundo contemporâneo?

      CASA DA SABEDORIA
                                     (HISTORIOLOGIA)


                                         I. Conformática

         Definologia. A Casa da Sabedoria foi o centro cultural organizado e realizado por governantes do grande Império Islâmico, entre os Séculos IX e XIII, localizada em Bagdá, atual Iraque, objetivando coletar, recuperar, copiar e traduzir conteúdo filosófico e científico registrado em textos gregos, hindus, siríacos e persas, além de difundir, aprofundar e produzir o conhecimento científico, representando o ápice do Renascimento Islâmico.
         Tematologia. Tema central homeostático.
         Etimologia. O termo casa vem do idioma Latim, casa, “casa; choupana; cabana; casebre; arribana”. Surgiu no Século XIII. A palavra saber deriva igualmente do idioma Latim, sapere, “ter sabor; ter bom paladar; ter cheiro; sentir por meio do gosto; ter inteligência; ser sensato; prudente; conhecer; compreender; saber”. Os vocábulos saber e sabedoria apareceram também no Século XIII.
         Sinonimologia: 1. Casa do Saber. 2. Biblioteca Real de Bagdá. 3. Casa do Conhecimento.
         Antonimologia: 1. Casa de diversão. 2. Biblioteca pública. 3. Escola pública. 4. Casa de comércio.
         Estrangeirismologia: a shukuk, impulsionadora da Ciência; as majdis e a difusão do saber; a al-Qibla exigindo conhecimentos técnico-científicos.
         Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto à mentalsomaticidade.
         Megapensenologia. Eis 2 megapensenes trivocabulares relativos ao tema: – Conhecimento exige esforço. O saber transforma.
         Citaciologia. Eis duas citações elucidativas referentes ao tema: – A religião se dissipa como a neblina, reinos perecem, somente a obra dos sábios permanece eternamente (Ulugh Bei, 1344–1449). Não há nada mais valioso que a própria verdade. Ela nunca desvaloriza ou humilha aquele que a procura (Al-Kindi, 801–873).
         Filosofia: a superação da Apriorística; a rejeição ao Ignorantismo; a Heterodoxia questionadora da Ortodoxia vigente; a filosofia clássica do Sufismo, contestador perante a visão conservadora islâmica; o Cientificismo apoiado sobre o Racionalismo; a Holofilosofia.


                                           II. Fatuística

         Pensenologia: o holopensene pessoal da intelectualidade; o holopensene grupal da mentalsomaticidade; o local da autopensenização carregada no pen; os ortopensenes; a ortopensenidade; os neopensenes; a neopensenidade; a retilinearidade autopensênica; o holopensene da anticonflitividade; os cosmoeticopensenes; a cosmoeticopensenidade.
         Fatologia: a Casa da Sabedoria; a criação do centro de traduções pelo califa abássida Al-Mamun, em 832 e.c.; a criação de Bagdá como símbolo étnico multicultural árabe; a abertura da biblioteca do califado abássida para a elite de cientistas da época, possibilitando a formação da Casa da Sabedoria (Centro de tradução, biblioteca e Academia); o acolhimento por décadas do conhecimento filosófico e científico do Oriente; as invasões germânicas e queda do Império Romano, no Século IV e a expansão da religião cristã, destruindo a educação formal e ameaçando a perpetuação do conhecimento clássico; o fechamento da Academia de Atenas e Escola de Alexandria, silenciando o conhecimento helênico antigo; o risco sempre presente da perda de informação pela destruição dos livros; o temor da extinção de saberes específicos incentivando a tradução e reprodução de obras raras; o ápice do Movimento de Tradução ocorrido entre 786 e 833 e.c.; o envio de estudiosos ao mundo conhecido para reunir livros e traduzi-los para o árabe; a reconstituição e tradução de quase todo o saber antigo em época de obscurantismo da Europa cristã; a influência do centro de traduções de Bagdá na formação de outros em Damasco, Cairo e Córdoba; a ampliação dos horizontes intelectuais do Império Árabe devido ao apoio das etnias persa, siríaca, judia e hindu, ao movimento abássida; a expansão territorial islâmica, abrangendo cerca de 60 milhões de pessoas no Século VIII, gerando necessidade de controle e unificação geopolítica por meio da língua e do conhecimento; o surgimento da figura do sábio total, multifacetado, polímata; a condição dos pensadores islãmicos medievais, estudiosos de vanguarda da Química, Geografia, Astronomia, Medicina, Arquitetura, Engenharia, Matemática e Biologia; o legado precursor dos enciclopedistas do Século XVIII; o uso pioneiro do método científico ampliando o conhecimento do mundo real pela experimentação; a busca racional pela cura na cultura árabe; a percepção de a Ciência ter a capacidade de conceder ao ser humano poder sobre a Natureza; o Movimento de Tradução da Casa da Sabedoria importando o saber de outras sociedades para enriquecer e preservar o conhecimento; a reurbanização do Ocidente propiciada pela Arte, Filosofia, e Ciência dos pensadores árabes; a constituição das bases do Renascimento Europeu, caracterizado pela redescoberta e revalorização dos ideais humanistas e naturalistas, presentes na cultura da Antiguidade Clássica; a valorização dos achados, leitura, debates e escrita por diversos pesquisadores da época; o encontro histórico entre Religião, Ciência, recursos econômicos e vontade política; a curiosidade epistemológica e o esforço intelectual dos arabistas na transmissão do conhecimento para a Europa; a transformação cultural ocorrida entre os Séculos XII e XV decorrente da expansão de centros universitários em diversas regiões da Europa; a perda do monopólio do conhecimento católico; a defesa da razão perante as acusações de heresia; as Cruzadas; a desaceleração da Ciência Islâmica, em parte motivada pela fragmentação do próprio império; a destruição de hospitais e bibliotecas de Bagdá, incluindo a Casa da Sabedoria, durante o cerco dos mongóis em 1258; a descoberta do Novo Mundo, em 1492, levando ouro, prata, conhecimento e poder político às casas reais europeias do Ocidente; o esquecimento intencional da Ciência Árabe promovida pelas nações europeias colonizadoras.
           Parafatologia: a autovivência do estado vibracional (EV) profilático; o parapsiquismo intelectual; a extrapolação intelectiva pelo possível acesso à Central Extrafísica da Verdade (CEV); o desenvolvimento da capacidade de desassim ininterrupta pela ampliação do autodiscernimento e autodomínio energético; as retrocognições proporcionando a identificação de personalidades consecutivas; a vivência de extrapolacionismos parapsíquicos capazes de ampliar as bases da Autodespertologia.


                                          III. Detalhismo

           Sinergismologia: o sinergismo saber clássico–mecenato árabe.
           Principiologia: o princípio da neutralidade da Ciência em relação aos dogmas religiosos; o fanatismo religioso agredindo e desrespeitando o princípio universal do direito a proteção da integridade física e psicológica do indíviduo; o princípio religioso de não existir doença sem cura, mesmo quando essa ainda não fora sido descoberta, motivando os muçulmanos a pesquisar, estudar e desenvolver a Medicina.
           Codigologia: os códigos morais introduzidos e defendidos pelos primeiros juristas islãmicos, fundamentando conceitos e direitos universais, como a igualdade legal, a independência judiciária, a supremacia e imparcialidade da lei e a limitação da soberania.
           Tecnologia: a técnica da fabricação do papel a partir do linho e do cânhamo desde 750 e.c., importada da China, contrastando com a Europa, ainda dependente do papiro, pergaminhos e palimpsestos durante a Idade Média.
           Voluntariologia: o voluntariado reeducativo; o voluntário revisor e / ou tradutor de texto; o incremento da cultura parapsíquica pessoal por meio do voluntariado; o voluntariado da interassistencialidade; a rede do voluntariado tarístico; o paravoluntariado assistencial em tempo integral; o voluntariado dedicado à Humanidade.
           Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da Automentalsomatologia; o laboratório conscienciológico da autorganização; o laboratório conscienciológico da Autopensenologia; o laboratório conscienciológico do cosmograma; o laboratório conscienciológico da proéxis; o laboratório conscienciológico Serenarium; o laboratório conscienciológico da paz.
           Colegiologia: o Colégio Invisível da Experimentologia; o Colégio Invisível dos Pesquisadores em Geral; os Colégios Invisíveis da Ciência.
           Efeitologia: o efeito negativo da necessidade irracional de se ter sempre razão prejudicando a manifestação do abertismo consciencial.
           Neossinapsologia: a formação continuada de neossinapses; a construção de neossinapses a partir do autodesassédio mentalsomático; as neossinapses autopesquisísticas; as neossinapses advindas da sistematização dos fenômenos; os extrapolacionismos pangráficos permitindo a formação de neossinapses; o arco voltaico craniochacral desobstruindo as parassinapses traumáticas de retrovidas; o empenho continuado pela formação de neossinapses sadias.
           Ciclologia: o ciclo ideativo análise-síntese; o ciclo associação de ideias inatas–mesologia circundante; a superação do ciclo algoz-vítima.
           Enumerologia: a reunião; a tradução; a análise; o acúmulo; a guarda; a preservação; a expansão do conhecimento científico.
           Binomiologia: o binômio admiração-discordância; o binômio cérebro-paracérebro no desenvolvimento mentalsomático; o binômio ignorância-preconceito fundamentando a intolerância religiosa cristã durante as cruzadas medievais.
           Interaciologia: a interação das culturas greco-romana, árabe, persa, hindu e chinesa.
           Crescendologia: o crescendo do conhecimento humano Antiguidade Clássica–Idade de Ouro Islâmica–Renascentismo Europeu–Iluminismo Europeu.
           Trinomiologia: o trinômio sentidos somáticos–atributos mentais–percepções extrassensoriais; o trinômio corpo-mente-consciência; o trinômio intelectualidade-parapsiquismo-comunicabilidade.
           Polinomiologia: o polinômio estigmatização-opressão-prisão-tortura-homicídio presente nas ações das cruzadas medievais.
           Antagonismologia: o antagonismo árabes / cristãos durante as cruzadas da era medieval; o antagonismo califado omíada / califado abássida; o antagonismo fé / razão.
           Paradoxologia: o paradoxo de a religião islâmica inicialmente fomentar o conhecimento e a Ciência, no Renascimento Islâmico; o paradoxo de o conflito bélico das cruzadas posteriormente proporcionar a intensificação de laços comerciais, culturais e intelectuais entre Ocidente e Oriente; o paradoxo de a Ciência Medieval fundamentar-se em dogmas racionais aristotélicos; o paradoxo de os califados Omíadas e Abássidas serem irmãos de fé mas inimigos políticos.
           Politicologia: a argumentocracia; a gnosiocracia; a autocognocracia; a lucidocracia; a discernimentocracia; a exemplocracia; a mentalsomatocracia.
           Legislogia: a lei do maior esforço intelectual e evolutivo.
           Filiologia: a leiturofilia; a cogniciofilia; a intelectofilia; a neofilia; a logicofilia; a criticofilia; a etnofilia.
           Fobiologia: a teofobia; a hamartofobia; a demonofobia; a estaurofobia; a estigiofobia; a xenofobia; a epistemofobia; a filosofobia; a eleuterofobia.
           Sindromologia: a síndrome da desatenção; a síndrome da dispersão consciencial; a síndrome da apriorismose; a remissão da síndrome do poder humano.
           Maniologia: a mitomania; a teomania; a religiomania; a beatomania; a megalomania; a doxomania; a tiranomania.
           Mitologia: o mito medieval da Terra plana; o mito de os povos orientais serem desumanos e cruéis, disseminado durante as cruzadas.
           Holotecologia: a pesquisoteca; a convivioteca; a cognoteca; a raciocinoteca; a logicoteca; a experimentoteca; a metodoteca; a ciencioteca; a filosofoteca; a parapsicoteca; a mentalsomatoteca; a cosmoeticoteca; a teaticoteca.
           Interdisciplinologia: a Historiologia; a Geografia; a Química; a Matemática; a Física; a Biologia; a Medicina; a Farmácia; a Biologia; a Astronomia; a Astrologia; a Autopesquisologia; a Holopesquisologia; a Parepistemologia; a Experimentologia; a Autodiscernimentologia; a Raciocinologia; a Erudiciologia; a Mentalsomatologia; a Autexperimentologia; a Autopriorologia.


                                           IV. Perfilologia

          Elencologia: a conscin copista; a conscin tradutora; a conscin compiladora; a conscin escritora; a conscin pesquisadora; a conscin autopesquisadora; a conscin enciclopedista; a conscin cientista; a conscin paracientista; a conscin lúcida evolutiva; a isca humana lúcida; o ser desperto; o ser interassistencial.
          Masculinologia: o acoplamentista; o agente retrocognitor; o amparador intrafísico; o atacadista consciencial; o autodecisor; o intermissivista; o cognopolita; o compassageiro evolutivo; o completista; o comunicólogo; o conscienciólogo; o conscienciômetra; o consciencioterapeuta; o macrossômata; o conviviólogo; o duplista; o duplólogo; o proexista; o proexólogo; o reeducador; o epicon lúcido; o escritor; o evoluciente; o exemplarista; o intelectual; o reciclante existencial; o inversor existencial; o maxidissidente ideológico; o tenepessista; o ofiexista; o parapercepciologista; o pesquisador; o projetor consciente; o sistemata; o tertuliano; o verbetólogo; o voluntário; o tocador de obra; o homem de ação.
          Femininologia: a acoplamentista; a agente retrocognitora; a amparadora intrafísica; a atacadista consciencial; a autodecisora; a intermissivista; a cognopolita; a compassageira evolutiva; a completista; a comunicóloga; a consciencióloga; a conscienciômetra; a consciencioterapeuta; a macrossômata; a convivióloga; a duplista; a duplóloga; a proexista; a proexóloga; a reeducadora; a epicon lúcida; a escritora; a evoluciente; a exemplarista; a intelectual; a reciclante existencial;a inversora existencial; a maxidissidente ideológica; a tenepessista; a ofiexista; a parapercepciologista; a pesquisadora; a projetora consciente; a sistemata; a tertuliana; a verbetóloga; a voluntária; a tocadora de obra; a mulher de ação.
          Hominologia: o Homo sapiens mentalsomaticus; o Homo sapiens rationalis; o Homo sapiens intellegens; o Homo sapiens idolatricus; o Homo sapiens neophobus; o Homo sapiens acriticus; o Homo obtusus; o Homo sapiens autolucidus; o Homo sapiens abstractus; o Homo sapiens vigilans; o Homo sapiens evolutiologus; o Homo sapiens serenissimus.


                                         V. Argumentologia

          Exemplologia: Casa da Sabedoria inicial = aquela à época do quinto califa abássida, Harune Arraxide, durante o reinado entre 786 e 809 e.c.; Casa da Saberia no apogeu = aquela à época do reinado do sétimo califa abássida al-Mamun, entre 813 e 833 e.c.; Casa da Saberia no declínio = aquela à época da invasão e destruição de Bagdá, pelos mongóis, em 1258.
          Culturologia: a essência da cultura árabe fundamentada na língua, religião e cultura islâmicas; a cultura útil; a cultura da Autopesquisologia.
          Pesquisologia. Pertinente à Mentalsomatologia, eis, por exemplo, em ordem cronológica, 25 pesquisadores históricos cujos trabalhos colaboraram para o desenvolvimento da Ciência na Idade Média, corroborando com a Era de Ouro do Islã:
          01. Abu Muça Jabir ibne Haiane ou Geber (721–815): alquimista persa, farmacêutico, filósofo, astrônomo e físico. Considerado o “pai da Química Moderna”, responsável pela introdução da experimentação na alquimia e a invenção de vários processos importantes usados na atualidade.
          02. Ahmad ibn Abdallah Habash Hasib Marwazi ou al-Hasib (766–869): astrônomo persa, geógrafo e matemático. Descreveu pela primeira vez os índices trigonométricos seno, cosseno, tangente e cotangente. Trabalhou sob os califas abássidas al-Mamun e al-Mutasim. Realizou várias observações astronômicas sobre o tamanho e a distância do Sol e da Lua em relação à Terra, no observatório Al-Shammisiyyah, em Bagdá, com resultados impressionantes para a época.
         03. Muhammad ibn Musa Al-Khwarizmi (780–850): matemático, astrônomo, astrólogo, geógrafo e autor persa. Erudito da Casa da Sabedoria, foi 1 dos principais responsáveis pela importação do sistema numérico indiano para a cultura árabe e responsável pelo sistema hinduarábico com a inclusão do zero. Criou os procedimentos de cálculos fundamentais, operações isoladas para resolução de equações matemáticas originando a Álgebra (geometria grega e aritmética indiana). Pioneiro na utilização da vírgula decimal e algoritmos numéricos, base para operações computacionais. Publicou tratado sobre o uso do astrolábio e participou da operação geodésica de medição do comprimento de 1 grau terrestre.
         04. Abu Mashar Jafar ibn Muhammad al-Balkhi ou Albumasar (787–886): matemático, astrônomo, astrólogo e filósofo persa. Foi por séculos 1 dos principais estudiosos da filosofia natural de Aristóteles. Escreveu diversos manuais práticos sobre Astrologia cujos estudos influenciaram profundamente a história intelectual muçulmana e, por meio das traduções, também a Europa Ocidental e o Império Bizantino.
         05. Abu Yusuf Yaqub ibn Ishaq al-Kindi ou Alcindi (801–873): polímata árabe, destacou-se nos campos da Filosofia, Astrologia, Farmacologia, Astronomia, Química, Matemática, Música e Medicina. Figura eminente na Casa da Sabedoria, responsável pela supervisão das traduções dos textos científicos e filosóficos gregos para o idioma árabe, foi o primeiro dos filósofos islâmicos peripatéticos, introduzindo a Filosofia grega no mundo árabe. Pioneiro na Criptologia, desenvolveu métodos de decifração, escala capazes de quantificar a potência de determinado medicamento, e experimentos com a terapia musical. Investigou temas como Geologia, Meteorologia, Geografia e Climatologia, e estudos sobre o fabrico de relógios e instrumentos de astronomia.
         06. Irmãos Banu Musa ou Abu Jafar Muhammad ibn Musa ibn Shakir (803–873), Abu al-Qasim Ahmad ibn Musa ibn Shakir (Século IX) e Al-Hasan ibn Musa ibn Shakir (Século IX): os irmãos persas Banu Musa viveram e trabalharam em Bagdá. Hábeis tradutores do grego para o árabe, de textos astronômicos e matemáticos, como o cálculo da área dos cones e das elipses, produziram estudos geométricos originais, e o popular livro de dispositivos mecânicos. Patrocinaram muitos cientistas e tradutores pagando-os do próprio bolso. Sem os esforços desses irmãos, muitos dos textos gregos não teriam sido traduzidos e estariam perdidos e esquecidos.
         07. Abu Zayd Hunayn ibn Ishaq al-Ibadi (809–873): árabe nestoriano, escritor, acadêmico, cientista, tradutor e médico, diretor da Escola de Tradutores de Bagdá. Falava fluentemente árabe, persa, grego e assírio, sendo o principal tradutor da época. Lançou as bases da Medicina Islâmica ao traduzir as obras de Hipócrates, Galeno e Dioscórides, além de 1 centena de textos incluindo Timeu de Platão e a Metafísica de Aristóteles. Produziu 36 obras, 21 no campo da Medicina, sendo considerado o pai da Oftalmologia. Introdutor do Juramento de Hipócrates na Medicina, recusou pedido do califa para fazer veneno, procedimento contrário ao código de ética médica, custando-lhe 1 ano de prisão.
         08. Ahmad Ibn Abu Yaqub Ibn Jafar Ibn Wahb Ibn Wadih Al-yaqubi (–897): historiador e geógrafo árabe, autor da História do Mundo, Tarikh ibn Wadih, e de Geografia Geral, Kitab al-buldan, com descrições detalhadas de Bagdá e Samarra, além de outras localidades. Foi o primeiro historiador da cultura mundial no califado abássida.
         09. Al-Sabi Thabit ibn Qurrah al-Harrani (836–901 e.c.): matemático árabe, médico, astrônomo e tradutor, viveu em Bagdá na segunda metade do Século IX. Responsável por importantes descobertas no campo da Astronomia, Geometria e Álgebra, foi 1 dos primeiros reformadores do sistema ptolomaico, sendo considerado fundador da Estática, na Física. Traduziu do grego a Física das Alavancas de Arquimedes (287–212 a.e.c.) e a Geometria de Euclides (300 a.e.c). De Apolônio de Perga (262–190 a.e.c.) fez avançadas interpretações da projeção dos cones e pesquisa original da relação entre quantidades geométricas.
         10. Abu Zayd Ahmed ibn Sahl Balkhi ou Abu Zayd al-Balkhi (850–934): geógrafo, matemático, médico, psicólogo e cientista persa. Nascido em Shamistiyan, atual Afeganistão, foi aluno de al-Kindi e fundador da escola Balkhi do mapeamento terrestre em Bagdá. Introduziu na Psicologia islâmica, os conceitos de saúde mental e higiene mental, relacionando-os à saúde espiritual. Foi o primeiro a diferenciar neurose e psicose e a classificar os distúrbios neuróticos. Pioneiro na Psicofisiologia e Medicina Psicossomática, afirmou ser o equilíbrio entre mente e corpo necessário para a boa saúde. Escreveu comparações entre transtornos físicos e mentais, demonstrando a formação de distúrbios psicossomáticos a partir das interações entre esses transtornos.
          11. Abu Bakr Muhammad ibn Zakariyya al-Razi (854–925): médico, tradutor, alquimista e filósofo persa, considerado o maior médico da Era de Ouro Islâmica. Escreveu obras de Medicina, Lógica, Astronomia e Gramática, métodos de diagnóstico, quadro clínico e tratamento da varíola e sarampo, pouco foi acrescentado até hoje. Descobriu inúmeros compostos e produtos químicos, incluindo álcool e querosene, escreveu livros médicos, traduzidos para o Latim por Ferragut e Gerard de Cremona (1114–1187). Contrário às religiões, pelo fanatismo provocar guerras e ódio entre as pessoas, incutindo diferenças não naturais entre elas.
          12. Abu Nasr Muhammad ibn Muhammad al-Farabi (872–950): filósofo persa da Idade de Ouro Islâmica, estudante em Bagdá, viveu no Egito e Síria. Estudou Química, Ciências Naturais, Física, Ética, Política e Filosofia da religião, sendo considerado 1 dos principais músicos da época. Considerava as doutrinas de Platão (427–347 a.e.c.) e Aristóteles (384–322 a.e.c.), complementares ao modo da Religião e Filosofia.
          13. Abu BakrAhmad bin Ali ou Ibn Wahshiyah (Século X): alquimista, agricultor, toxicologista agrícola, egiptólogo, e historiador árabe, nascido em Qusayn, perto de Kufa, Iraque. Foi 1 dos primeiros historiadores a decifrar parcialmente os hieróglifos egípcios antigos, identificando 14 letras, mais da metade dessa escrita para o árabe. Escreveu tratado de Toxicologia, o Livro dos Venenos, além de textos combinando Ciência contemporânea, magia e Astrologia.
          14. Ali ibn al-Abbas al-Majusi ou Haly Abbas (?–994): médico e psicólogo persa, viveu grande parte da vida em Bagdá, onde escreveu Kitab al-Maliki ou Livro Completo do Arte Médica, sobre Medicina e Psicologia. Enfatizou a necessidade da relação saudável entre médico e paciente, ética médica no tratamento clínico, além da importância da preservação da saúde pela dieta e cura natural, utilizando somente medicamentos ou drogas como último recurso. Pioneiro em Psicofisiologia e Medicina Psicossomática, Neuroanatomia e Neurofisiologia do cérebro humano, abordou vários transtornos mentais. Com al-Razi e Avicena (980–1037) foi 1 dos médicos mais traduzidos para o Latim na Idade Média.
          15. Abul Faraj Muhammad bin Ishaq al-Nadim (?–995): estudioso e bibliotecário persa. Famoso autor do livro Kitab al-Fihrist, índice dos livros de todas as nações, árabes e nãoárabes, de todos os ramos do conhecimento, informações sobre autores e compiladores existentes desde o início da Ciência Antiga até o período contemporâneo da pesquisa. Descreveu genealogia, data de nascimento, tempo de vida, tempo de morte, lugar de origem, comentários e críticas sobre méritos e falhas de cada autor, tamanho do livro e número de páginas, a fim de o leitor não ser enganado por copistas desejosos de usar versões mais curtas das obras.
          16. Abu Ali Ahmad ibn Muhammad ibn Yaqub Ibn Miskawayh (932–1030): filósofo, cientista, poeta e historiador persa. Atuou politicamente durante a era buída, grupo político-religioso xiíta responsável pelo controle da região de Bagdá durante os anos 934 a 1055, mesmo aceitando a autoridade formal do califa. A influência de Ibn Miskawayh abrange o campo da Ética, conduta moral e melhoria do caráter, foi pioneiro em descrever o conceito de evolução sob o prisma da Biologia. Acredita-se ter sido ele o principal inspirador das ideias evolucionistas de Charles Darwin (1802–1882) quando estudou árabe.
          17. Abu Ali al-Hasan Ibn Al-Haytham ou Alhazen (965–1040): filósofo, físico, astronomo e matemático árabe. Publicou 7 livros de Óptica, originando esse ramo da Ciência. Confirmou a propagação da luz somente em linha reta e a formação da imagem na retina do olho. Descreveu fenômenos da refração da luz, refração atmosférica ao nascer e pôr do sol, natureza dos eclipses e arco-íris. Propôs o método científico segundo o qual a hipótese devia ser provada por experimentos, seguindo procedimentos sistemáticos e passíveis de serem reproduzidos. A obra influenciou o pioneiro da Ciência em Oxford, no Século XIII, Roger Bacon (1561–1626) e mais tarde o alemão Johanes Kepler (1571–1630). É considerado o pai da Física Experimental.
          18. Ibn Butlan (1038–1075): médico cristão nestoriano, árabe ativo em Bagdá durante a Idade de Ouro Islâmica. Escreveu Taqwim al-Sihhah, tratado sobre higiene, dietética e exercício. Considerava a manutenção da boa saúde depender de 6 elementos: qualidade do ar; hábitos saudáveis, alimentação e consumo; exercitar e descansar; dormir; equilíbrio dos humores; moderação da alegria, raiva, medo e angústia. O tratado inclui várias tabelas sobre hábitos, ambientes, bebidas e gêneros alimentícios e respectivos efeitos fisiológicos no corpo humano.
          19. Abu Raiane Maomé ibne Amade al-Biruni (973–1048): matemático, astrônomo e filósofo persa, fez estudos matemáticos introduzindo a ideia atual das coordenadas polares. Em 997, junto ao astrônomo Abul-Uafa (Século XI), observou a eclipse lunar (al-Biruni em Kath, e Uafa em Bagdá). Comparando os horários das observações foi possível calcular a diferença de longitude entre as cidades. Escreveu abrangente ensaio sobre cultura, ciência e a vida na Índia.
          20. Abu Ali al-Ḥusayn ibn Abd Allah ibn Sina ou Avicena (980–1037): estudioso persa cujos escritos abrangeram diversas áreas do conhecimento, Filosofia, Matemática, Geometria, Astronomia, Geodésia, Mecânica, Biologia (plantas e animais), Lógica, Ética, Metafísica e Medicina, destacando-se a obra Al-Qanun ou O Cânone da Medicina. Obteve respostas para indagações por meio de sonhos lúcidos (provavelmente, experiências de projeção da consciência). Buscava reconciliar o neoplatonismo e o aristotelianismo, sofrendo censuras do catolicismo, sendo proscrito em 1210, mas as ideias influenciaram estudiosos, inclusive os cristãos, Alberto Magno (1200–1280) e Tomás de Aquino (1225–1274). Sugeriu a natureza infecciosa da tuberculose e outras doenças transmissíveis, como as sexuais. Descrevia com detalhes tratamentos à base de ervas, produtos animais, calor, frio, massagens, exercícios e dietas. Avicena era dualista, influenciado pelo neoplatonismo de Plotino (215–270) defendendo o conceito da alma ser separada e independente da matéria.
          21. Abul Amide Maomé ibne Maomé Algazali (1058–1111): teólogo islâmico, jurista, filósofo, cosmólogo, psicólogo e místico de origem persa. Pioneiro da dúvida metódica e ceticismo, não evitou a adoção de postura mais dogmática ao final da vida, quando a vivência de certa experiência mística, interpretada como intuição direta de Deus, levou-o a pensar não ter mais necessidade de Filosofia, Razão ou Ciência, e afirmou ser a moralidade fonte da experiência mística direta da realidade superior espiritual. Escreveu mais de 70 livros, o mais marcante foi a obra A Incoerência dos Filósofos.
          22. Abu al-Walid Muhammad ibn Ahmad ibn Muhammad ibn Rushd ou Averróis (1126–1198 e.c.): filósofo, médico, astrônomo e jurista canônico muçulmano, natural de Córdova, atual Espanha, considerado 1 dos maiores comentaristas de Aristóteles. Considerou a existência do mundo independente a Deus, e a inexistência da providência divina. A interpretação da religião islâmica, proposta pelo Comentador afirmava existir verdades óbvias para o povo, místicas para o teólogo e científicas para o filósofo. Mas poderiam estar em desacordo, resultando na ideia de haver duas verdades, e 1 proposição podendo ser teologicamente falsa e filosoficamente verdadeira, e vice-versa. Importante obra de Averróis é A Incoerência da Incoerência, com pretensão de refutar os argumentos descritos na obra A Incoerência dos Filósofos. Averróis legou à Europa abordagem racionalista da Filosofia mudando o pensamento ocidental, à frente quase 5 séculos de Descartes (1596–1650) e do racionalismo matemático.
          23. Badi az-Zaman Abul-Izz ibn Ismail ibn ar-Razaz al-Jazari (1136–1206): erudito, inventor, engenheiro mecânico, artesão, artista e matemático. Escreveu livro sobre dispositivos, autômatos e máquinas, influenciando o desenvolvimento de engenhos mecânicos na época, buscando a manipulação do ambiente e produção do maior conforto para o ser humano. Influenciou Leonardo da Vinci (1452–1519), criou o virabrequim, aparelho conversor do movimento giratório em linear e vice-versa, com o auxílio do eixo de transmissão, usado hoje nos veículos automotores. Escreveu o Livro das Máquinas, concluído em 1206, onde relatou inúmeros mecanismos capazes de acionar máquinas e bombas de água. Os relógios de água foram montados em museu na Tunísia, conforme descrição do livro, apresentando perfeito funcionamento.
          24. Muhammad ibn Muhammad ibn al-Hasan al-Tusi (1201–1274): arquiteto, filósofo, médico, cientista e teólogo persa. Escreveu cerca de 150 obras, sendo considerado por muitos historiadores o criador da Trigonometria como disciplina matemática por direito próprio. Deixou textos sobre ética, misticismo sufi e comentários sobre o uso do astrolábio. Ibn Khaldun (1332–1406) considerou Tusi o maior dos últimos cientistas persas. Criou o astrolábio linear, com maior facilidade de manuseio, e formulou teoria evolutiva onde minerais, vegetais e animais, inclusive o homem, evoluíam, porém algumas espécies desenvolveram-se mais, por seleção natural, de acordo com a adaptação ao ambiente. Tal conceito inspirou a Teoria da Evolução e da Seleção Natural, proposta por Darwin, no Século XIX.
          25. Abu Zayd Abd ar-Rahman ibn Muhammad ibn Khaldun al-Hadrami (1332–1406): filósofo árabe, precursor das disciplinas Sociologia e Demografia, além de escritos na área de economia política. Principal legado é o registro histórico do desenvolvimento das culturas árabes e dos berberes. Desenvolveu a tese de análise do ciclo social segundo a qual toda sociedade, após tornar-se grande civilização, declina, sendo conquistada por grupo de bárbaros, e, ao consolidarem o controle sobre a sociedade conquistada, acabam atraídos pelos aspectos mais refinados, alfabetização e artes. Assimilados por tais práticas culturais tornam-se civilizados, até serem conquistados por novo grupo de bárbaros. Atribui-se a ele a primeira descrição do processo econômico relacionado ao aumento excessivo de impostos e consequente queda da arrecadação tributária (curva de Laffer).
          Influenciologia. A Ciência floresceu sob a tutela árabe medieval, o conhecimento antigo atingiu novos patamares com as traduções e os novos estudos dos pesquisadores. Tal acúmulo de conhecimento ajudou a fundamentar o surgimento do Renascimento, movimento reubanizador ocorrido no final da Idade Média na Europa Ocidental, impulsionando a Ciência.
          Astronomia. Gerard de Cremona traduziu o Almagesto, de Cláudio Ptolomeu (90–168), do árabe para o Latim, além de diversos tratados de Aristóteles, Apolônio de Perga e autores árabes. Durante os Séculos XIII e XIV, a Astronomia firmou-se nas Universidades europeias e inspirou pesquisadores a buscar melhor explicação sobre movimentos planetários.
          Medicina. Na Europa, cristã medieva, a Medicina era sustentada por rito de fé, saúde e salvação estavam intrinsicamente ligadas. A partir do Século X, com a expansão da influência da Escola Médica Salernitana, a Europa mostrou postura médica mais racional, fundamentada na tradução de textos antigos do árabe para o Latim, obras de Cláudio Galeno (129–217) e Discórides Anazarbeo (40–90), e os tratados medicinais árabes, como o do médico Ibn-Sina.
          Razão. Os averroístas aceitaram, com Aristóteles, a concepção divina, o motor a mover o mundo sempre existente, e a teoria da dupla verdade: teológica, de interpretação alegórica e filosófica, demonstrada pela razão. Tal interpretação evoluiu, durante os Séculos XVIII e XIX, para a defesa da total autonomia da razão perante a fé.
          Valores. A História da Ciência, quando sob tutela da cultura árabe, revestiu-se de valores singulares, cuja importância reverbera no mundo Ocidental. A primazia pela razão, o esforço desmedido pelo conhecimento, a ambição intelectual sustentada pela valorização do saber estrangeiro, a fome insaciável de novas ideias e o desassombro pesquisístico próprio dos sufistas medievais antigos demonstram a herança e a dívida evolutiva para com as consciências desse período.


                                          VI. Acabativa

          Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com a Casa da Sabedoria, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
          01. Aprofundamento da pesquisa: Experimentologia; Neutro.
          02. Autopesquisologia: Experimentologia; Homeostático.
          03. Avanço mentalsomático: Mentalsomatologia; Homeostático.
          04. Casa do intelecto: Mentalsomatologia; Neutro.
          05. Descrenciologia: Experimentologia; Homeostático.
          06. Fruto experimental: Experimentologia; Homeostático.
            07.  Holociclo: Cosmocogniciologia; Neutro.
            08.  Irrazão: Autorraciocinologia; Nosográfico.
            09.  Parepistemologia: Mentalsomatologia; Neutro.
            10.  Racionalidade completa: Autodiscernimentologia; Neutro.
            11.  Racionalidade empírica conscienciológica: Holopesquisologia; Neutro.
            12.  Racionalidade paracientífica: Holomaturologia; Neutro.
            13.  Retardamento mental coletivo: Parapatologia; Nosográfico.
            14.  Rigor racionalístico: Autodiscernimentologia; Homeostático.
            15.  Taxologia do conhecimento: Mentalsomatologia; Neutro.
   ALGUNS PENSADORES ISLÂMICOS FORAM MUITO ALÉM
   DA CIÊNCIA E POLIMATIA, SENDO PERSEGUIDOS PELO
  EXEMPLARISMO E DEFESA DE IDEAIS FUNDAMENTADOS NO ABERTISMO, FRATERNIDADE E AUTEXPERIMENTAÇÃO.
            Questionologia. Você, leitor ou leitora, admite ter dívida de gratidão para com a cultura árabe? Reconhece tal influência na formação do mundo contemporâneo?
            Filmografia Específica:
            1. A Linguagem da Ciência. Título Original: The Language of Science. Série: A Ciência e o Islã-EP1. País: Inglaterra. Data: 2009. Duração: 58 minutos. Gênero: História e Divulgação Científica. Idade (censura): Livre. Idioma: Inglês. Cor: Colorido. Legendado: Português. Apresentação e Direção: Jim Al-Khalili. Elenco: Jim Al-Khalili; George Saliba; Simon Schaffer; Peter Pormann; Amira K. Bennison; Okasha El Daly; Ian Stewart; & Nader El-Bizri. Companhia: BBC. Sinopse: O físico Jim Al-Khalili viaja pela Síria, Irã, Tunísia e Espanha para contar a história do avanço científico ocorrido no mundo islâmico entre os Séculos VIII e XIV. O episódio trata desde a época do grande matemático al-Khwarizmi, responsável por estabelecer a Álgebra, a Ibn Sina, pioneiro em muitos aspectos da Medicina. Para Al-Khalili, nascido em Bagdá, esta também será jornada de autodescobertas.
            2. O Império da Razão. Título Original: The Empire of Reason. Série: A Ciência e o Islã-EP2. País: Inglaterra. Data: 2009. Duração: 60 minutos. Gênero: História e Divulgação Científica. Idade (censura): Livre. Idioma: Inglês. Cor: Colorido. Legendado: Português. Apresentação e Direção: Jim Al-Khalili. Elenco: Jim Al-Khalili; George Saliba; Simon Schaffer; Peter Pormann; Amira K. Bennison; Okasha El Daly; Ian Stewart; & Nader El-Bizri. Companhia: BBC. Sinopse: Al-Khalili viaja para o norte da Síria, onde o matemático e astrônomo al-Biruni estimou o tamanho da Terra, e estudiosos islâmicos ajudaram a transformar as práticas mágicas e ocultas da alquimia na Química Moderna. No Cairo, conta a história do extraordinário físico Ibn al-Haytham estabelecendo a moderna ciência da Óptica e a Física.
            3. O Poder da Dúvida. Título Original: The Power of Doubt. Série: A Ciência e o Islã-EP3. País: Inglaterra. Data: 2009. Duração: 60 min. Gênero: História e Divulgação Científica. Idade (censura): Livre. Idioma: Ingles. Cor: Colorido. Legendado: Português. Apresentação e Direção: Jim Al-Khalili. Elenco: Jim Al-Khalili; George Saliba; Simon Schaffer; Peter Pormann; Amira K. Bennison; Okasha El Daly; Ian Stewart; & Nader El-Bizri. Companhia: BBC. Sinopse: Al-Khalili procura pistas da revolução científica europeia nos Séculos XVI e XVII, fundamentada no mundo medieval islâmico. Viaja pelo Irã, Síria e Egito para descobrir os grandes avanços da Astronomia realizados por estudiosos islâmicos, decorrentes da obsessão pela Matemática. Após, visita a Itália, onde as ideias islâmicas influenciaram o Ocidente e o trabalho de Copérnico. Investiga a causa de o mundo islâmico declinar após os Séculos XVI e XVII.
            Bibliografia Específica:
            1. Andrade, Carlos Henrique Vianna de; História Ilustrada da Medicina da Idade Média ao Século do Início da Razão: A Medicina no seu Contexto Sociocultural; 386 p.; 12 caps.; 390 ilus.; 16 x 23 cm; enc.; Baraúna; São Paulo, SP; 2015; páginas 11 a 184.
            2. Lyons, Jonathan; A Casa da Sabedoria: Como a Valorização do Conhecimento pelos Árabes transformou a Civilização Ocidental; 296 p.; 5 seções; 10 caps.; 1 cronologia; 14 ilus.; 581 refs.; alf.; 16 x 23 cm; Jorge Zahar; Rio de Janeiro, RJ; 2011.
                                                                                                                   R. A. C.