Trajetória Recinológica

A trajetória recinológica é a sequência de etapas percorridas pela consciência, intra ou extrafísica, no desenvolvimento de certo traço consciencial, desde as manifestações esboçantes iniciais até o estado de maior autodomínio e liberdade de expressão.

Você, leitor ou leitora, sente-se apto(a) a realizar mudanças significativas de vida a partir da autopercepção quanto à evolução independentemente de eventos externos impactantes mobilizadores do movimento? Tem consciência dos diferentes momentos pelos quais passa ao longo da trajetória evolutiva?

      TRAJETÓRIA RECINOLÓGICA
                                        (RECINOLOGIA)


                                          I. Conformática

          Definologia. A trajetória recinológica é a sequência de etapas percorridas pela consciência, intra ou extrafísica, no desenvolvimento de certo traço consciencial, desde as manifestações esboçantes iniciais até o estado de maior autodomínio e liberdade de expressão.
          Tematologia. Tema central homeostático.
          Etimologia. O vocábulo trajetória deriva do idioma Latim, trajectus, “passagem”. Surgiu no Século XIX. O primeiro prefixo re deriva do idioma Latim, re, “retrocesso; retorno; recuo; repetição; iteração; reforço; intensificação”. O primeiro elemento de composição ciclo procede do idioma Francês, cycle, derivado do idioma Latim, cyclus, “período de anos”, e este do idioma Grego, kyklós, “círculo; roda; esfera”. Apareceu no Século XVIII. O segundo prefixo intra provém do idioma Latim, intra, “dentro de; no interior; no intervalo de; durante; no recinto de; próximo ao centro; interiormente”. O termo consciência origina-se igualmente do idioma Latim, conscientia, “conhecimento de alguma coisa comum a muitas pessoas; conhecimento; consciência; senso íntimo”, e este do verbo conscire, “ter conhecimento de”. Surgiu no Século XIII. O segundo elemento de composição logia vem do idioma Grego, lógos, “Ciência; Arte; tratado; exposição cabal; tratamento sistemático de 1 tema”.
          Sinonimologia: 1. Percurso recinogênico. 2. Trajetória de mudanças intraconscienciais.
          Neologia. As 3 expressões compostas trajetória recinológica, trajetória recinológica intrafisicalizada e trajetória recinológica conscienciológica são neologismos técnicos da Recinologia.
          Antonimologia: 1. Estagnação consciencial. 2. Percurso autodepreciativo.
          Estrangeirismologia: o insight.
          Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto à autodeterminação perante os percalços evolutivos.
          Citaciologia. Eis duas citações pertinentes ao tema: – Quando uma criança nasce ou uma pessoa morre, o presente se parte ao meio e nos permite espiar por um instante a fenda da verdade. Nunca nos sentimos tão autênticos quanto ao beirarmos as fronteiras biológicas (Rosa Montero Gayo, 1951–). O que parecia confuso e incontrolável torna-se acessível (Donald A. Bloch, 1923–2014).


                                            II. Fatuística

          Pensenologia: o holopensene pessoal da reciclagem intraconsciencial; o holopensene pessoal da reciclagem contínua; a rigidez pensênica acarretando dificuldade à consciência em vislumbrar novos horizontes; os autopesquisopensenes; a autopesquisopensenidade; os reciclopensenes; a reciclopensenidade; os criticopensenes; a criticopensenidade; os prioropensenes; a prioropensenidade nas decisões dos rumos de vida quando em encruzilhadas evolutivas; a superação da obnubilação pensênica durante os esforços de mapeamento das etapas da trajetória recinológica.
          Fatologia: a trajetória recinológica; o estado de vitimização; as respostas de alta reatividade; o ato de sentir-se abandonado pelos outros quando estes avançam nas proéxis pessoais; a adicção aos altos e baixos conscienciais recorrentes; o autalijamento quanto à autevolução; a inconsciência quanto às etapas das transformações pessoais; o maior trabalho em reverter internalizações patológicas constituídas ainda na infância; a visão estereotipada quanto a suposto ritmo “correto” de reciclagens pessoais; a marcação cerrada do processo de mudança; o conflito entre a demanda externa por mudança e a sensação de ausência, parcial ou total, de recursos pessoais; as múltiplas pequenas mudanças cotidianas feitas diariamente; as etapas do desenvolvimento neuropsicomotor desde o nascimento até a dessoma; as diversas etapas da formação profissional; a roda de Prochaska; a capacidade de esclarecer soluções em tempo real para problemas precipitados; a mudança de ideia enquanto experiência humana; as mudanças dos principais dilemas da vida enquanto indicador das reciclagens intraconscienciais realizadas; a bússola intraconsciencial atuando aos moldes de gabarito interno direcionando as mudanças; as modificações das próprias narrativas sobre os momentos-chave da vida; as maneiras não ameaçadoras de enfrentar o novo; a capacidade de administrar períodos variáveis de tempo de situações indefinidas; a tomada de consciência quanto às resistências à mudança; a gradual substituição de maneiras mais simples por formas mais complexas de pensar e agir; a abertura intraconsciencial a eventos externos estimuladores de mudança; a superação dos próprios limites na capacidade de resolução de problemas; a reciclagem de traços conscienciais mais arraigados; a clareza holossomática quanto a metas pessoais modificadoras dos rumos da vida; o ato de não aguardar eventos externos impactantes para promover mudanças significativas de vida; as transformações conscienciais significativas “repousando nos ombros” de mudanças menores; a modificação da autoimagem e do comportamento enquanto produtos finais das reciclagens intraconscienciais; a assertividade em transformar vivência crítica em gestação consciencial.
         Parafatologia: a autovivência do estado vibracional (EV) profilático; a escala evolutiva das consciências; o reconhecimento de retropersonalidade podendo acarretar importantes reciclagens intraconscienciais; a repetição seriexológica de padrões de funcionamento podendo alavancar ou atravancar a evolução; o Curso Intermissivo (CI) proporcionando ampliação das variáveis envolvidas nos percursos evolutivos; a tomada de autoconsciência multidimensional (AM) favorecendo a superação do luto; a apropriação teática das práticas energéticas propiciando a ampliação das ferramentas recinológicas; a autoconsciência multidimensional promovendo a superação de trafares; a tenepes enquanto fator organizador da demanda assistencial convergente ao intermissivista.


                                         III. Detalhismo

         Sinergismologia: o sinergismo conteúdo mental presente–conteúdo mental desejado.
         Principiologia: o princípio do autesforço insubstituível.
         Codigologia: o código duplista de cosmoética (CDC); o código pessoal de Cosmoética (CPC).
         Teoriologia: a teoria U; a teoria sistêmica aplicada às relações familiares.
         Tecnologia: a técnica do registro escrito das mudanças entendidas como necessárias; a técnica do registro da autopesquisa em primeira pessoa; a técnica de mais 1 ano de vida intrafísica.
         Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da Autopensenologia; o laboratório conscienciológico da Autorganizaciologia; o laboratório conscienciológico da Autocosmoeticologia; o laboratório conscienciológico da Autoproexologia; o laboratório conscienciológico da Autevoluciologia; o laboratório conscienciológico da Automentalsomatologia; o laboratório conscienciológico da Conscienciografologia.
         Colegiologia: o Colégio Invisível da Despertologia; o Colégio Invisível da Dessomatologia; o Colégio Invisível da Experimentologia; o Colégio Invisível da Assistenciologia; o Colégio Invisível da Mentalsomatologia; o Colégio Invisível da Pensenologia; o Colégio Invisível da Policarmologia.
         Efeitologia: os efeitos da comparação de si mesmo com a trajetória de vida de outras consciências; o efeito autodesassediador da tomada de consciência quanto à condição de protagonista das próprias decisões de vida.
         Neossinapsologia: as neossinapses necessárias à desfiliação de teorias anacrônicas.
         Ciclologia: as fases do ciclo de vida familiar; o ciclo errar–identificar o erro–admitir o erro–aprender com o erro–corrigir o erro–acertar; o ciclo inconsciência–sofrimento não-verbal–sofrimento verbal–mudança de atitude na resolução de problemas.
          Enumerologia: a mudança mental inconsciente; a mudança mental gradual; a mudança mental rápida; a mudança mental consciente; a mudança mental desejada; a mudança mental necessária; a mudança mental avançada.
          Binomiologia: o binômio tares-recin; o binômio heteroprovocação-autopercepção; o binômio admiração-discordância; o binômio taquirritmia autorreflexiva–desassedialidade; o binômio inveja da evolução alheia–estagnação evolutiva.
          Interaciologia: a interação leitura–senso de autoimplicação; a interação pequenas mudanças–grandes mudanças.
          Crescendologia: o crescendo suportar a mudança–produzir a mudança; o crescendo crise de vida–paracrise existencial.
          Trinomiologia: o trinômio coragem-autorreflexão-decidofilia.
          Polinomiologia: o polinômio crise–coragem–autopesquisa–senso de prospecção enquanto fonte geradora de voliciolina.
          Antagonismologia: o antagonismo trajetória recinológica / trajetória natural nossológica; o antagonismo conteúdo / contra-conteúdo.
          Paradoxologia: o paradoxo de fazer grandes mudanças poder significar não mudar nada intraconsciencialmente; o paradoxo da existência de mudanças imperceptíveis; o paradoxo de a estabilidade poder representar importante mudança; o paradoxo de a mudança poder surgir antes da reflexão sobre ela; o paradoxo de coexistir dentro das consciências forças pró e antimudanças; o paradoxo de eventos extraconscienciais poderem ser boicotadores e fomentadores das reciclagens intraconscienciais; o paradoxo do descontentamento após a resolução de problema crônico e limitante; o paradoxo de não se ter consciência de reciclagem há muito realizada.
          Legislogia: a lei do maior esforço.
          Filiologia: a autognosiofilia; a autopesquisofilia; a coerenciofilia; a crescendofilia; a evoluciofilia; a neofilia; a reciclofilia.
          Fobiologia: a alodoxafobia; a angrofobia; a criticofobia; a filofobia; a neofobia; a parapsicofobia; a proexofobia; a recinofobia.
          Sindromologia: a evitação da síndrome da mesmice.
          Maniologia: a abulomania; a fracassomania; a idolomania; a mania de protelar decisões importantes de vida.
          Mitologia: o mito de, enquanto pré-serenão vulgar, fazer mudanças conjunturais de vida sem nenhuma ansiedade; o mito da transposição dos desafios sem autesforço.
          Holotecologia: a autopesquisoteca; a cognoteca; a correlacionoteca; a experimentoteca; a recexoteca; a recinoteca; a reeducacioteca.
          Interdisciplinologia: a Recinologia; a Autenfrentamentologia; a Autexperimentologia; a Autocogniciologia; a Crescendologia; a Intraconscienciologia; a Invulgarologia; a Paraprospectivologia; a Percucienciologia; a Reciclologia; a Voliciologia.


                                           IV. Perfilologia

          Elencologia: a conscin lúcida; a isca humana lúcida; o ser desperto; o ser interassistencial; a conscin enciclopedista.
          Masculinologia: o amparador intrafísico; o autopesquisador; o conscienciômetra; o consciencioterapeuta; o desassediador; o duplista; o duplólogo; o exemplarista; o inversor existencial; o médico; o pai; o proexista; o professor; o psicólogo; o psicoterapeuta; o reciclante existencial; o tenepessista; o teoricão; o verbetógrafo; o psicólogo estadunidense James O. Prochaska (1942–); o homem de ação.
          Femininologia: a amparadora intrafísica; a autopesquisadora; a conscienciômetra; a consciencioterapeuta; a desassediadora; a duplista; a duplóloga; a exemplarista; a inversora existencial; a médica; a mãe; a proexista; a professora; a psicóloga; a psicoterapeuta; a reciclante existencial; a tenepessista; a teoricona; a verbetógrafa; a psicóloga estadunidense Peggy Papp (1923–2021); a mulher de ação.
          Hominologia: o Homo sapiens recyclans; o Homo sapiens autodeterminatus; o Homo sapiens autolucidus; o Homo sapiens autoperquisitor; o Homo sapiens creativus; o Homo sapiens interassistens; o Homo sapiens neossinapticus; o Homo sapiens teaticus.


                                        V. Argumentologia

          Exemplologia: trajetória recinológica intrafisicalizada = o percurso evolutivo da consciência levando em consideração apenas os aspectos intrafísicos da existência; trajetória recinológica conscienciológica = o percurso evolutivo da consciência levando em consideração variáveis multidimensionais, multiexistenciais e holossomáticas.
          Culturologia: a cultura da procrastinação da mudança até o momento do insustentável; a cultura da competitividade em detrimento da cultura da cooperação; a cultura do predomínio do loc externo na avaliação das atitudes das consciências.
          Neopatamares. A mudança de traços e manifestações intensamente arraigados configura-se como processo, com duração variável entre as consciências e com graus diversos de ansiedade durante a trajetória.
          Etapas. Didaticamente, eis, por exemplo, em ordem funcional de ocorrência, 8 etapas pelas quais as consciências podem passar no processo de reciclagem intraconsciencial de traços e manifestações ancoradas no microuniverso consciencial:
          1. Inconsciência. A manifestação de imaturidades conscienciais sem a percepção e formulação do problema pela consciência.
          2. Impressão O senso de algo estar errado e de precisar ampliar a autocompreensão.
          3. Formulação. As primeiras hipóteses e as primeiras formulações a respeito das reciclagens necessárias.
          4. Avanço. A ampliação do entendimento e a formulação mais ampla sobre o problema.
          5. Mudança. As primeiras renovações de aspectos mais simples da problemática consciencial.
          6. Ampliação. A expansão dos aspectos reciclados do traço em questão.
          7. Patamar. A consolidação das mudanças pela consciência a qual atinge novo patamar de manifestação.
          8. Espontaneidade. A internalização visceral da mudança levando o novo patamar atingido a ser incorporado ao modus operandi espontâneo da consciência.
          Intersecção. Por vezes, o processo de formulação do problema e reciclagem dos traços ocorrem concomitantemente sem a necessidade de diferentes etapas tão demarcadas.
          Duração. O tempo dispendido em cada etapa nos processos de mudança é variável a depender do know-how reciclatório e da profundidade dos traços e manifestações a serem recicladas.


                                          VI. Acabativa

          Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com a trajetória recinológica, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
          01. Acréscimo neoinformacional: Neoideogenicologia; Homeostático.
          02. Adaptabilidade: Adaptaciologia; Neutro.
          03. Alternância de tarefas: Alternanciologia; Neutro.
          04. Aproveitamento da liberdade: Liberaciologia; Neutro.
            05.    Autocognição exaustiva: Autocogniciologia; Homeostático.
            06.    Autodesafio extra: Autodesafiologia; Homeostático.
            07.   Bússola intraconsciencial: Holomaturologia; Homeostático.
            08.    Crescendo das autossuperações: Crescendologia; Homeostático.
            09.    Dividendos da autexposição cosmoética: Autexemplarismologia; Homeostático.
            10.    Nó górdio antievolutivo: Autenfrentamentologia; Nosográfico.
            11.    Oportunidade de melhoria: Reciclologia; Homeostático.
            12.    Reciclofilia: Reciclologia; Neutro.
            13.    Recin motivadora: Recinologia; Homeostático.
            14.    Recinofilia: Recinologia; Neutro.
            15.    Sagacidade: Atilamentologia; Neutro.
   CONHECER AS ETAPAS PELAS QUAIS A CONSCIÊNCIA
 TRANSITA NA JORNADA EVOLUTIVA É IMPORTANTE FERRAMENTA PARA O DESASSÉDIO INTRACONSCIENCIAL
          E PARA A ACELERAÇÃO DA HISTÓRIA PESSOAL.
            Questionologia. Você, leitor ou leitora, sente-se apto(a) a realizar mudanças significativas de vida a partir da autopercepção quanto à evolução independentemente de eventos externos impactantes mobilizadores do movimento? Tem consciência dos diferentes momentos pelos quais passa ao longo da trajetória evolutiva?
            Bibliografia Específica:
            1. Gardner, Howard; Mentes que mudam: A Arte e a Ciência de Mudar as Nossas Ideias e a dos Outros (Changins Minds: The Art and Science of Changing Our Own and Other People Minds); revisor Rogério de Castro Oliveira; trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese; 232 p.; 10 caps.; 80 abrevs.; 19 enus.; 12 estatísticas; 2 gráfs.; 2 ilus.; 15 siglas; 1 tab.; epíl.; 7 notas; 181 refs.; 1 apênd.; alf.; 22,5 x 15,5 cm; br.; Artes Médicas; Porto Alegre, RS; 2005; páginas 15 a 208.
            2. Lampedusa, Giuseppe Tomasi di; O Leopardo (Il Gatopardo); posf. Maurício Santana Dias; revisoras Jane Pessoa; & Angela das Neves; trad. Maurício Santana Dias; 384 p.; 8 caps.; 8 abrevs.; 1 citação; 1 cronologia; 6 apênds.; 21,5 x 14 cm; br.; 1a reimp.; Companhia das Letras; São Paulo, SP; 2019; página 31.
            3. Peggy, Papp; O Processo da Mudança: Uma Abordagem Prática à Terapia Sistêmica de Família (The Process of Change); apres. Maria Efigênica F. R. Maia; & Claudine Kinsch; pref. Donald Bloch; trad. Maria Efigênica F. R. Maia; & Claudine Kinsch; 226 p.; 11 caps.; 9 abrevs.; 8 enus.; 2 estatísticas; 1 ilus.; 3 siglas; 51 refs.; alf.; 23 x 16 cm; br.; Artes Médicas; Porto Alegre, RS; 1992; páginas 1 a 105.
            4. Szupszynski, Karen Priscila del Rio; & Oliveira, Margareth da Silva; O Modelo Transteórico no Tratamento da Dependência Química; Artigo; Psicologia: Teoria e Prática; Revista; Quadrimestral; Vol. 10; N. 1; 4 estatísticas; 7 siglas; 1 tab.; 35 refs.; São Paulo, SP; Junho, 2008; páginas 162 a 173; ed. bilíngue (ing. e port.).
                                                                                                                         R. Z.