Fascínio pelo Grotesco

O fascínio pelo grotesco é a sensação de deslumbramento ou encanto, predominante na consciência, homem ou mulher, pelo disforme, a desfiguração, o aberrante, o teratológico, o ridículo, o fescenino, o extravagante, o estapafúrdio, o estrambótico, o bizarro, o caricaturesco ou, a rigor, o baratrosférico.

Você ainda curte algum encantamento por seres e criações grotescas?

      FASCÍNIO PELO GROTESCO
                                      (PARAPATOLOGIA)


                                           I. Conformática

          Definologia. O fascínio pelo grotesco é a sensação de deslumbramento ou encanto, predominante na consciência, homem ou mulher, pelo disforme, a desfiguração, o aberrante, o teratológico, o ridículo, o fescenino, o extravagante, o estapafúrdio, o estrambótico, o bizarro, o caricaturesco ou, a rigor, o baratrosférico.
          Tematologia. Tema central nosográfico.
          Etimologia. O termo fascínio vem do idioma Latim, fascinum, “malefício; olhado; encantamento”. Surgiu no Século XVII. O vocábulo grotesco deriva do idioma Italiano, grottesco, “elemento de decoração inspirado no tosco das grutas”. Apareceu em 1548.
          Sinonimologia: 1. Fascinação pela crueldade. 2. Satisfação malévola (Schadenfreude). 3. Alegria culpada. 4. Incompassibilidade espontânea.
          Neologia. As 3 expressões compostas fascínio pelo grotesco, minifascínio pelo grotesco e megafascínio pelo grotesco são neologismos técnicos da Parapatologia.
          Antonimologia: 1. Tendência à bondade. 2. Satisfação benévola. 3. Benignidade espontânea.
          Atributologia: predomínio dos sentidos somáticos, notadamente do autodiscernimento quanto à maturidade dos instintos ou da subcerebralidade.


                                             II. Fatuística

          Pensenologia: o holopensene pessoal da imaturidade; os patopensenes; a patopensenidade; os nosopensenes; a nosopensenidade; os morbopensenes; a morbopensenidade.
          Fatologia: o fascínio pelo grotesco; o subcérebro protorreptiliano; a morbidez do medo; o medo polimórfico; a fruição mórbida do medo; a morbidez do masoquismo; a morbidez do sadismo multifacetado; a ironia; o sarcasmo; o contexto anormal; o contexto excêntrico; a esquisitice; o insólito; o teratológico; o escatológico; o cultivo patológico do ansiosismo; o esgar como símbolo da tragédia; o sangue como símbolo da guerra; a máscara de horror como símbolo do grotesco; a tendenciosidade; a sedução da pornografia; o humor sombrio; o riso sarcástico; as formas exóticas do escárnio; o acriticismo.
          Parafatologia: as afinidades óbvias com a Baratrosfera.


                                           III. Detalhismo

          Enumerologia: o fascínio artístico (subcerebral); o fascínio esportivo (psicomotriz); o fascínio religioso (místico); o fascínio emocional (fã-clube); o fascínio sexual (paixão); o fascínio político (fanatismo); o fascínio marcial (belicista).
          Holotecologia: a abstrusoteca; a bizarroteca.
          Interdisciplinologia: a Parapatologia; a Psicossomatologia; a Conviviologia; a Comunicologia; a Torturologia; o Desviacionismo; a Desviologia.


                                           IV. Perfilologia

          Elencologia: a consréu ressomada; a pomba-gira.
          Masculinologia: o intermissivista; o hoplotecário; o humorista excessivo; o caricaturista mórbido; o sádico; o masoquista; o artista masoquista; o megassediador; o exu; o satanista; o torturador; o carrasco; o inquisidor; o genocida.
          Femininologia: a intermissivista; a humorista excessiva; a sádica; a masoquista; a artista masoquista; a megassediadora; a satanista.
          Hominologia: o Homo obtusus; o Homo stultus; o Homo sapiens consreu; o Homo sapiens vulgaris; o Homo sapiens credulus; o Homo sapiens incautus; o Homo sapiens dependens; o Homo sapiens alienatus; o Homo sapiens obsidiatus.


                                        V. Argumentologia

          Exemplologia: minifascínio pelo grotesco = a condição psicossomática do cinéfilo inveterado, homem ou mulher, por filmes de horror; megafascínio pelo grotesco = a condição psicossomática do hoplotecário, homem ou mulher, com acervo pessoal incluindo até canhões e blindados reais e funcionais.
          Caracterologia. Sob a ótica da Parapatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 12 traços característicos e as respectivas linhas de manifestações pensênicas mais comuns das consciências quando dominadas pelo fascínio pelo grotesco, seja individualmente ou em grupo:
          01. Cinematografia. Os aficionados – roteiristas, produtores, diretores, artistas e espectadores – dos filmes de terror (até em série), torturas, catástrofes e violências (“filmes de ação”), muitas vezes sem nenhuma ética ou moral.
          02. Criminologia. A avidez das pessoas para assistir às execuções públicas, por exemplo, os homicídios legalizados praticados através das cadeiras elétricas, neste Século XXI, remanescentes das execuções antigas dos patíbulos, pelourinhos e cadafalsos.
          03. Folclorismo. O fascínio pelo dia das bruxas (halloween), os bailes de máscaras extravagantes, as festas do ridículo e os modismos grotescos.
          04. Historiologia. Os polegares históricos – apontando para baixo – dos antigos espectadores, ávidos de sangue, dos espetáculos de carniçaria ou carnificina do Coliseu de Roma.
          05. Hoplomania. A paixão dos colecionadores fanáticos pelas coleções de armas mortíferas até municiadas (hoploteca).
          06. Jurisprudência. A curiosidade doentia dos espectadores assíduos nos tribunais acompanhando as condenações dos réus, às vezes, até inocentes.
          07. Linchamentos. As emoções exacerbadas promotoras dos espetáculos públicos horroríveis dos linchamentos humanos ou das execuções sumárias de criminosos pelas multidões.
          08. Museologia. A tendência dos visitantes pagantes para ver de perto os acervos macabros dos museus de horrores, por exemplo, das modalidades de mil instrumentos de tortura.
          09. Parapatologia. Os portadores da síndrome da ectopia afetiva (SEA) ou os amores errados dos adoradores de monstros, fascínoras e marginais. Dentro da Psiquiatria, os traços do fascínio pelo grotesco aparecem notadamente nestes distúrbios: body modification; transtorno de conduta; transtorno da personalidade antissocial; parafilias (coprofilia; masoquismo social; necrofilia; sadismo sexual; zoofilia)
          10. Satanismo. A busca do pavor através do sobrenatural, do assombramento e dos cemitérios soturnos dos cultores do satanismo de todas as naturezas.
          11. Teatrologia. A profusão de espetáculos medonhos e peças teatrais trágicas incutindo sensações de sofrimento e dor.
          12. Turismologia. A compulsão dos turistas bélicos modernos visitando, ao vivo, em tempo real, os campos de guerra para acompanhar o desenvolvimento dos massacres e morticínios.


                                                     VI. Acabativa

           Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 7 verbetes, com temas nosográficos, da Enciclopédia da Conscienciologia, dentro da Parapatologia, evidenciando relação estreita com o fascínio pelo grotesco, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
           1. Autassédio.
           2. Cinismo.
           3. Desafeição.
           4. Retardamento mental coletivo.
           5. Riscomania.
           6. Satisfação malévola.
           7. Tirania.
   A AUTODISCERNIMENTOLOGIA, A HOLOMATUROLOGIA
  E O PRINCÍPIO DA COSMOÉTICA PESSOAL SÃO RECURSOS CONSCIENCIOLÓGICOS EFICAZES PARA ERRADICAR,
  DE VEZ, O FASCÍNIO INCONVENIENTE PELO GROTESCO.
           Questionologia. Você ainda curte algum encantamento por seres e criações grotescas?
Em qual linha de conhecimento?
           Bibliografia Específica:
           1. Vieira, Waldo; Homo sapiens reurbanisatus; 1.584 p.; 479 caps.; 139 abrevs.; 40 ilus.; 7 índices; 102 sinopses; glos. 241 termos; 7.655 refs.; alf.; geo.; ono.; 29 x 21 x 7 cm; enc.; 3a Ed. Gratuita; Associação Internacional do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC); Foz do Iguaçu, PR; 2004; páginas 191, 417, 612, 631 e 715.