O elogio controvertível é o julgamento de pessoa, ideia ou realidade apresentado por alguém, murista intelectual, consciente ou inconscientemente, por meio da ambiguidade expressa de maneira tendenciosa, ao mesmo tempo, aplicando o pseudolouvor e a zanga real, e não alcançando, simultaneamente, a exaltação do factoide nem a exposição exata dos fatos.
Você, leitora ou leitor, já protagonizou alguma cena de elogio controvertível? Na condição de elogiado ou elogiador? Qual proveito você obteve com o episódio?
ELOGIO CONTROVERTÍVEL (CONVIVIOLOGIA) I. Conformática Definologia. O elogio controvertível é o julgamento de pessoa, ideia ou realidade apresentado por alguém, murista intelectual, consciente ou inconscientemente, por meio da ambiguidade expressa de maneira tendenciosa, ao mesmo tempo, aplicando o pseudolouvor e a zanga real, e não alcançando, simultaneamente, a exaltação do factoide nem a exposição exata dos fatos. Tematologia. Tema central neutro. Etimologia. O termo elogio vem do idioma Latim, elogium, “inscrição tumular; epitáfio; anotação; observação; escrita; vontade; decisão; decreto”. Surgiu no Século XVII. O vocábulo controvertível deriva também do idioma Latim, controvertere, “debater; discutir; ir em direção oposta”. A palavra controverter apareceu no Século XVIII. Sinonimologia: 01. Elogio ambíguo; encômio dúbio. 02. Falso elogio; pseudelogio. 03. Elogio com dupla intenção; elogio não elogiante. 04. Elogio duvidoso; elogio suspeito. 05. Elogio desconfortável. 06. Elogio raivoso. 07. Elogio envenenado. 08. Elogio zangado. 09. Elogio condenatório; elogio destrutivo. 10. Antiapologia; semicatilinária. Cognatologia. Eis, na ordem alfabética, 12 cognatos derivados do vocábulo elogio: antielogio; autelogio; elogiada; elogiado; elogiador; elogiadora; elogiante; elogiar; elogiável; elogiosa; elogioso; pseudelogio. Neologia. As 4 expressões compostas elogio controvertível, elogio controvertível mínimo, elogio controvertível médio e elogio controvertível máximo são neologismos técnicos da Conviviologia. Antonimologia: 01. Elogio sincero. 02. Elogio acrítico. 03. Elogio explícito. 04. Elogio real. 05. Elogio justo. 06. Elogio confortável. 07. Enaltecimento merecido. 08. Apologia natural. 09. Elogio rasgado. 10. Depoimento dignificador. Estrangeirismologia: o animus diffamandi; o double barreled compliment; o backhanded compliment; o left handed compliment; o dubious compliment; o error in persona; o error in qualitate; o hollow profile. Atributologia: predomínio dos sentidos somáticos, notadamente do autodiscernimento quanto às análises emocionais. Megapensenologia. Eis 1 megapensene trivocabular sintetizando o tema: – Há elogios indesejáveis. II. Fatuística Pensenologia: o holopensene pessoal da comunicabilidade; os patopensenes; a patopensenidade; os ironopensenes; a ironopensenidade. Fatologia: o elogio controvertível; o pseudelogio de corpo presente; o pseudorreconhecimento; o ato incompatível com o papel; a pessoa errada na função errada e no momento errado; o constrangimento insuperado; a falta da serenidade; a insegurança pessoal; a transferência do alvo; o dever social forçado; a obrigação de elogiar contrariado; o elogio interesseiro; os prefácios; as introduções; as apresentações públicas; o murismo intelectual; o ato de carregar nos trafares; o ato de cortar fundo; o sentimento antagônico irrefreável; a reação deslocada, extemporânea e inescondível; a autocontradição; os oximoros; o arrebatamento; a má vontade; a má intenção; a irritação óbvia; a insinceridade; a deslealdade; a desonestidade; a inveja; a suscetibilidade; o cotoveloma; a mágoa; o ressentimento; a nução incômoda; as perdas do consenso; as declarações trafarinas escritas; a realidade indigesta; a regurgitação pensênica; o refluxo retrocognitivo; a torcedura dos fatos; as pseudo-homenagens; o rosário de perfídias; os cumprimentos ambíguos; os subentendidos insultantes; a acumulação de maldades; o inconformismo com o sucesso alheio; a diminuição do outro para proteger a autestima; a heterocrítica mais forte se comparada ao elogio; as camuflagens postas à mostra; a queda dos disfarces; a autexposição do trafar; o julgamento posterior no tempo histórico. Parafatologia: a autovivência do estado vibracional (EV) profilático. III. Detalhismo Principiologia: o princípio básico da motivação (elogio sincero e honesto). Teoriologia: as teorias sobre motivação. Tecnologia: as técnicas de comunicação; as técnicas espúrias de sedução e manipulação mental. Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da Proéxis; o laboratório conscienciológico da Mentalsomatologia; o laboratório conscienciológico Acoplamentarium; o laboratório conscienciológico da Cosmoeticologia; o laboratório conscienciológico da grupalidade; o laboratório conscienciológico Serenarium; o laboratório conscienciológico da Paraeducação. Enumerologia: a eutrapelia; a trenodia; o asteísmo; o diasirmo; o apoteosamento; a adoxografia; o ditirambo. Binomiologia: o binômio autocrítica-heterocrítica; o binômio serenidade-benignidade; o binômio admiração-discordância. Interaciologia: a interação autassédio-heterassédio. Trinomiologia: o trinômio ações-reações-opiniões; o trinômio evitável remendo-paliativo-placebo. Polinomiologia: o polinômio postura-olhar-voz-gesto. Antagonismologia: o antagonismo crítica construtiva / elogio destrutivo; o antagonismo louvor / menosprezo; o antagonismo encômio / censura; o antagonismo aplauso / depreciação; o antagonismo ovação / vaia; o antagonismo conselho / reprimenda; a irreverência cosmoética / ironia cáustica. Paradoxologia: os paradoxos em geral. Politicologia: a democracia. Filiologia: a conscienciofilia; a sociofilia. Fobiologia: a decidofobia. Sindromologia: a síndrome da apriorismose. Mitologia: a desmitificação. Holotecologia: a convivioteca; a socioteca; a comunicoteca; a analiticoteca; a apriorismoteca; a argumentoteca; a interassistencioteca. Interdisciplinologia: a Conviviologia; a Comunicologia; a Contrapontologia; a Paradoxologia; a Politicologia; a Binomiologia; a Antagonismologia; a Mentalsomatologia; a Cosmoeticologia; a Autodiscernimentologia; a Parapatologia; a Subcerebrologia; a Perdologia. IV. Perfilologia Elencologia: a conscin baratrosférica; a conscin eletronótica; a isca humana inconsciente. Masculinologia: o prefaciador; o apresentador; o entrevistador; o mestre de cerimônias; o murista intelectual; o compassageiro evolutivo; o pré-serenão vulgar; o falso amigo; o amigo da onça; o encomiasta; o panegirista. Femininologia: a prefaciadora; a apresentadora; a entrevistadora; a mestra de cerimônias; a murista intelectual; a compassageira evolutiva; a pré-serenona vulgar; a falsa amiga; a amiga da onça; a encomiasta; a panegirista. Hominologia: o Homo sapiens vulgaris; o Homo sapiens immaturus; o Homo sapiens illucidus; o Homo sapiens deviatus; o Homo sapiens anticosmoethicus; o Homo sapiens deseducator; o Homo sapiens parapathologus. V. Argumentologia Exemplologia: elogio controvertível mínimo = a antiapologia ambígua, duvidosa ou suspeita; elogio controvertível médio = o falso encômio desconfortável, tendencioso ou contaminado; elogio controvertível máximo = o pseudolouvor condenatório, corrosivo ou destrutivo. Culturologia: a cultura da hipocrisia. Caracterologia. À luz da Conviviologia, é fácil destacar longa série de reações humanas, anticosmoéticas, encontradas no amplo universo, complexo, do elogio controvertível, por exemplo, estas 32 expressões compostas, listadas na ordem alfabética: 01. Agrado tendencioso. 02. Alfinetada disfarçada. 03. Artimanha política. 04. Ataque camuflado. 05. Autenticismo forçado. 06. Competitividade dissimulada. 07. Cortesia descortês. 08. Cotoveloma explícito. 09. Crítica ambivalente. 10. Desafeição velada. 11. Diplomacia obrigada. 12. Divergência disfarçada. 13. Elogio ardiloso. 14. Elogio corrosivo. 15. Elogio ilusório. 16. Elogio malévolo. 17. Elogio rebaixador. 18. Enaltecimento paradoxal. 19. Farpa edulcorada. 20. Fogo amigo. 21. Heterocrítica contaminada. 22. Heterocrítica velada. 23. Homenagem depreciativa. 24. Impostura comunicativa. 25. Intenção dissimulada. 26. Louvor satírico. 27. Murismo mentalsomático. 28. Política do morde-assopra. 29. Presente de grego. 30. Reconhecimento ambíguo. 31. Reconhecimento enciumado. 32. Valorização depreciativa. VI. Acabativa Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 10 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com o elogio controvertível, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados: 01. Absurdo cosmoético: Recexologia; Nosográfico. 02. Adversário ideológico: Conviviologia; Neutro. 03. Análise tendenciosa: Cosmoeticologia; Nosográfico. 04. Antipodia consciencial: Conviviologia; Neutro. 05. Argumentação ilógica: Comunicologia; Nosográfico. 06. Ato clandestino: Conviviologia; Neutro. 07. Carga da convivialidade: Conviviologia; Neutro. 08. Companhia constrangedora: Conviviologia; Neutro. 09. Jornalismo marrom: Comunicologia; Nosográfico. 10. Satisfação malévola: Parapatologia; Nosográfico. TODO ELOGIO, SEJA QUAL FOR A NATUREZA OU OBJETIVO, IMPLÍCITO OU EXPLÍCITO, DEVE SER PESQUISADO PONDERADAMENTE A FIM DE SE APRENDER ALGUMA LIÇÃO COM O EPISÓDIO DE CONVIVIALIDADE PRÁTICA. Questionologia. Você, leitora ou leitor, já protagonizou alguma cena de elogio controvertível? Na condição de elogiado ou elogiador? Qual proveito você obteve com o episódio? Bibliografia Específica: 1. Bayard, Pierre; Como Falar dos Livros que não lemos? (Comment Parler des Livres que l’on n’a pas lus?); trad. Rejane Janowitzer; revs. Diogo Henriques; Raquel Grillo; & Lilia Zanetti; 208 p.; 12 caps.; 10 abrevs.; 10 enus.; 1 filmografia; 19 refs.; 21 x 14 cm; br.; Editora Objetiva; Rio de Janeiro, RJ; 2007; páginas 41 a 46. 2. Bonaparte, Napoleão; Como Fazer a Guerra: Máximas e Pensamentos de Napoleão recolhidos por Honoré de Balzac (Maximes et Pensées de Napoléon); trad. Paulo Neves; int. Voltaire Schilling; pref. Honoré de Balzac; 118 p.; 5 caps.; 7 enus.; 1 cronologia; 3 microbiografias; 18 x 10,5 cm; br.; pocket; L & PM; Porto Alegre, RS; 2005; páginas 5 a 9.