Desculpa

A desculpa é o argumento, justificativa, razão, motivo, alegação, pretexto, ou informação apresentada pela consciência, intra ou extrafísica, para escusar a si mesmo ou a outrem, pelo acontecimento, fato ou ato realizado, com base na autointencionalidade e cosmoética pessoal.

Como analisa você, leitor ou leitora, o emprego das autodesculpas? Em escala de 1 a 5, qual o nível de conforto intraconsciencial vivenciado nessas circunstâncias?

      DESCULPA
                                    (INTENCIONOLOGIA)


                                          I. Conformática

          Definologia. A desculpa é o argumento, justificativa, razão, motivo, alegação, pretexto, ou informação apresentada pela consciência, intra ou extrafísica, para escusar a si mesmo ou a outrem, pelo acontecimento, fato ou ato realizado, com base na autointencionalidade e cosmoética pessoal.
          Tematologia. Tema central neutro.
          Etimologia. O prefixo des vem do idioma Latim, dis ou de ex, “negação; oposição; falta; separação; divisão; afastamento; supressão”. A palavra culpa deriva do idioma Latim, culpa, “falta; delito; erro”. Apareceu também no Século XIII. O termo desculpa surgiu no Século XVI.
          Sinonimologia. 1. Desculpação. 2. Justificação. 3. Razão alegada. 4. Evasiva; subterfúgio. 5. Retratação.
          Cognatologia. Eis 11 cognatos derivados da palavra desculpa: autodesculpa; desculpabilidade; desculpação; desculpada; desculpado; desculpador; desculpadora; desculpante; desculpar; desculpável; heterodesculpa.
          Antonimologia. 1. Culpabilização; culpabilidade. 2. Acusação; incriminação; inculpação.
          Estrangeirismologia: o arrière pensée; os exames de consciência a posteriori; a aplicação despudorada de desculpas em toutes circonstances.
          Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto à holomaturescência da intencionalidade cosmoética.
          Megapensenologia: Eis 3 megapensens trivocabulares relativos ao tema: – Desculpa sincera: autorretratação. Desculpa, mentira solene. Existem mentiras brancas.
          Coloquiologia: a história mal contada; a saída pela tangente; as meias-voltas nas palavras; o erro com narrativa de verdade; a conversa para boi dormir; o álibi perfeito; o ato ou fato envernizado; o desconto dados aos fatos; o ato de tirar o corpo fora.
          Citaciologia: – A desculpa é a ferramenta mais bem usada pelo homem, e não se tem notícia de coisa tão útil, depois da invenção da roda, (Guca Domênico 1959–). O arrependimento é ineficaz quando as reincidências são consecutivas, (Mariano José Pereira da Fonseca – Marquês de Maricá, 1773–1848).
          Proverbiologia: – “Não tem desculpa. O errado é errado muito embora todos o façam”. “Quem quer fazer algo encontra meio. Quem não quer encontra desculpa”. “Pior do que falhar e cometer erros, é não saber admiti-los”. “Errar é humano. Permanecer no acerto é o esperado”.
          Ortopensatologia: – “Criminologia. Crime é crime, pouco importando a justificativa ou desculpa, a partir do princípio de que 90% dos crimes são intencionais ou cometidos autoconscientemente”.


                                            II. Fatuística

          Pensenologia: o holopensene pessoal da Intencionologia; os falaciopensenes; a faláciopensenidade; os circumpensenes; a circumpensenidade; os ortopensenes; a ortopensenidade; os cosmoeticopensenes; a cosmoeticopensenidade; a assunção pela autexposição pensênica; as assinaturas pensênicas atualizadas; o holopensene da autocrítica sincera.
          Fatologia: a desculpa; a intenção de tirar a culpa; a sensibilidade dos atos pessoais; os procedimentos morais, sociais e / ou culturais; a honestidade intraconsciencial recôndita; as rotinas de polidez e cortesia facilitando o convívio; a evitação de conflitos entre os atores sociais; a desculpa esclarecendo malentendidos; as ações cooperativas envolvidas no ato de dar e receber desculpas; a diferença entre desculpar-se e pedir desculpas; o deleite com as ações evolutivamente ectópicas; o apego às pseudovantagens hauridas na conduta trafarística; as desculpas para encobrir objetivos escusos; as desculpas sendo mentiras triviais; as grandes desculpas em forma de pequenas mentiras; a culpa no cartório; o argumento vazio; a falácia lógica; as desculpas especiosas; a atribuição de falta a terceiros (bodes expiatórios) pelos atos pessoais; a desculpa enquanto dissimulação da autorresponsabilidade; as reincidências reiteradas; as informações apresentadas com base em realidade subjetiva; a desculpa preferida dos supervaidosos improdutivos; as justificações ou posições ideológicas mantenedoras dos autoconservantismos bolorentos; a banalização da autocorrupção em forma de desculpas; a linha tênue entre autodesculpa e autocorrupção; a evitação das autodesculpas seculares; o fato de os álibis, justificativas ou desculpas serem inúteis perante a autocorrupção; a indisculpabilidade da anticosmoética na Ficha Evolutiva Pessoal (FEP) da conscin intermissivista; o ato de pensar antes de agir; o autodiscernimento; a racionalidade quanto às posturas pessoais; a autocorreção cosmoética.
          Parafatologia: a autovivência do estado vibracional (EV) profilático; o nível de amparabilidade extrafísica da conscin autoimperdoadora, nos processos interassistenciais; o parapsiquismo cosmoético sendo profilaxia de rodeios e tergiversação sobre a vivência de parafatos; a lisura promovendo a ampliação do livre arbítrio multidimensional da conscin lúcida; a impossibilidade intermissivista de desculpas e justificativas ao evoluciólogo pelo incompletismo autoproexológico.


                                           III. Detalhismo

          Sinergismologia: o sinergismo desculpa adequada–intencionalidade sadia; o sinergismo patológico desculpa esfarrapada–intencionalidade doentia.
          Principiologia: o princípio do realismo cosmoético; o princípio da autoincorruptibilidade; o princípio do autoimperdoamento; o princípio cosmoético do não acumpliciamento com o erro identificado; o princípio da presunção de inocência; o princípio da equanimidade; o princípio do exemplarismo pessoal (PEP).
          Codigologia: o código pessal de Cosmoética (CPC) qualificando a autointencionalidade.
          Teoriologia: a teoria da autocoerência; a teoria da evolução por meio dos autesforços; a autoconscientização quanto recomposição necessária na teoria da interprisão grupocármica.
          Tecnologia: a técnica da checagem da autointenção; a aplicação da técnica do conscienciograma.
          Voluntariologia: a atuação diuturna no voluntariado conscienciológico enquanto balizador das autodesculpas proexológicas.
          Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da Autopensenologia; o laboratório conscienciológico da Autocosmoeticologia; o laboratório conscienciológico da Autoproexologia; o laboratório conscienciológico da Autorrexecologia; o laboratório conscienciológico da Autoconscienciometrologia; o laboratório conscienciológico da Tenepessologia; o laboratório conscienciológico da vida cotidiana .
          Colegiologia: o Colégio Invisível da Autopesquisologia; o Colégio Invisível da Cosmoeticologia; o Colégio Invisível da Autorreducaciologia; o Colégio Invisível da Comunicologia; o Colégio Invisível da Consciencioterapia; o Colégio Invisível da Conviviologia; o Colégio Invisível da Parapedagogiologia.
          Efeitologia: o possível efeito desassediador da desculpa sincera; o efeito escudo protetor da ortopensenização; os efeitos autesclarecedores da lógica dos atos-fatos-parafatos envolvidos nas ações pessoais; o efeito da desculpa esfarrapada presente no binômio malestar relacional–malestar interacional.
          Neossinapsologia: as neossinapses advindas da autorreflexão sobre as desculpas pessoais favorecendo recins e recéxis.
          Ciclologia o ciclo das autodesculpas; o ciclo vicioso das meias-razões; o ciclo reparatório; o ritmo homeostático do ciclo erro pessoal identificado–correção imediata; o ciclo de justificativas autenganosas para o irrealizado; a agilidade no ciclo problema-solução; o ciclo das reflexões autocríticas sobre as desculpas pessoais.
          Enumerologia: os rodeios; as firulas; as balelas; as evasivas; as meia-verdades; o eufemismo; o encobrimento dos atos. A conjuntura; os atenuantes; os fatos; os parafatos; os paliativos; a validade do arrazoamento; o ato conciliatório.
          Binomiologia: o binômio pedir desculpas (ato universal)–desculpar-se (ato circunstancial); o binômio real intenção–intenção declarada; o binômio autoculpa-autopunição; o binômio autoimperdoador-heteroperdoador; o binômio acusador-acusado; o binômio dispositivo ético–dispositivo cosmoético; o binômio racionalidade-reflexividade na análise das auto e heterojustificativas.
          Interaciologia: a interação desculpa-mentira; a interação desculpa sincera–acerto grupocármico.
          Crescendologia: o crescendo evolutivo revisionismo dos atos–arrependimento–reparação; o crescendo patológico desculpa espúria–mentira ardilosa–interprisão.
          Trinomiologia: o trinômio engano-mentira-desculpa; o trinômio pedir-dar-aceitar desculpas favorecendo a interação cotidiana; o trinômio subterfúgio-malestar-ruptura; o trinômio desculpação-aclaração-reconciliação.
          Polinomiologia: o polinômio desculpa-tergiversação-melin-melex.
          Antagonismologia: o antagonismo desculpa digna / desculpa choramingada; o antagonismo desculpa solicitada (pedido) / desculpa oferecida (alegação); o antagonismo álibi legítimo / argumento duvidoso; o antagonismo desculpa dilatória / desculpa imediata; o antagonismo acobertamento dos deslizes pessoais / culpabilização alheia; o antagonismo autoculpa maior / maior desculpa; o antagonismo autoinculpabilidade / heteroincriminação.
          Paradoxologia: o paradoxo bíblico de Adão assumir a culpa por ter comido a maçã e, ao mesmo tempo, reivindicar inocência ao atribuir a responsabilidade à Eva por ter lhe oferecido a maçã (clássica desculpa esfarrapada).
          Politicologia: a autodiscernimentocracia.
          Legislogia: a lei do maior esforço evolutivo aplicada na evitação de desculpas esfarrapadas.
          Filiologia: a comunicofilia; a autocriticofilia; a autoconscienciofilia; a cosmoeticofilia; a interassistenciofilia; a verbaciofilia; a evoluciofilia.
          Fobiologia: a autocriticofobia.
          Sindromologia: a correção da síndrome da autovitimização; a evitação da síndrome da distorção da realidade.
          Maniologia: a mania de inventar desculpas; a mania das desculpas reincidentes.
          Holotecologia: a autocriticoteca; a cosmoetitoteca; a convivioteca; a consciencioteca; a encicloteca; a recexoteca; a teaticoteca; a evolucioteca.
          Interdisciplinologia: a Intencionologia; a Coerenciologia; a Cosmoeticologia; a Conviviologia; a Holomaturologia; a Interassistenciologia; a Grupocarmologia; a Parassociologia; a Evoluciologia; a Enciclopediologia.


                                             IV. Perfilologia

          Elencologia: a consréu ressomada; a isca humana inconsciente; a conscin bifronte; o ser interassistencial; a conscin enciclopedista.
          Masculinologia: o desculpador; o desculpado; o corrupto; o politiqueiro; o doleiro; o lobista; o golpista; o espertalhão; o pré-serenão vulgar; o tenepessista; o projetor consciente; o epicon lúcido; o conscienciólogo; a intermissivista; o retomador de proéxis.
          Femininologia: a desculpadora; a desculpada; a corrupta; a politiqueira; a doleira; a lobista; a golpista; a espertalhona; a pré-serenona vulgar; a tenepessista; a projetora consciente; a epicon lúcida; a consciencióloga; a intermissivista; a retomadora de proéxis.
         Hominologia: o Homo sapiens immaturus; o Homo sapiens acriticus; o Homo sapiens anticosmoethicus; o Homo sapiens communicologus; o Homo sapiens rationalis; o Homo sapiens conscientiometra; o Homo sapiens intermissivista.


                                        V. Argumentologia

         Exemplologia: desculpa digna = a alegação sincera, racional, perante o erro ou engano cometido com retratação imediata; desculpa ignóbil = a falsa alegação, ilógica, irracional, apresentada com a intenção de encobrir enganos, erros ou omissões.
         Culturologia: a substituição da cultura da desculpa esfarrapada pela cultura da autenticidade cosmoética.
         Categorização. Sob a ótica da Intencionologia, eis por exemplo, em ordem alfabética, duas categorias de desculpa:
         1. Anticosmoética ou patológica: a desculpa como argumento falacioso, desvio ou má intenção, associado à mentira; o motivo ectópico declarado para encobrir a verdade.
         3. Cosmoética ou sadia: a desculpa como argumento lógico, coerente e com intenção sincera de retratação do ato ou fato acontecido.
         Taxologia. Sob a ótica da Cosmovisiologia, eis por exemplo, em ordem alfabética, 70 tipos de desculpas, encontradas em Cosmogramas e / ou empregadas na cotidianidade, agrupadas em 9 categorias não excludentes entre si:
         A. Apaziguamento: a intenção de harmonizar ou pacificar.
         01. Desculpa conciliatória: – A culpa não é sua. Eu é que estava com vergonha de ser mais feliz.
         02. Desculpa contemporizadora: – Lamentamos decepcioná-los mas precisamos informar que o voo vai atrasar.
         03. Desculpa moderadora: – Passamos a última noite e o dia de hoje investigando as circunstâncias (do erro) e determinaremos quais ações serão apropriadas no futuro. Estamos comprometidos com a defesa da integridade do Oscar e da Academia.
         04. Desculpa retificadora: – Lamento profundamente pelo fato. Medidas cabíveis serão tomadas.
         B. Arrependimento: a compunção; o remorso.
         05. Desculpa contrita: – Não foi por gosto.
         06. Desculpa sincera: – Agi de maneira imatura.
         C. Conjuntura: o momento; a ocasião.
         07. Desculpa ecológica. – Nós respeitamos o meio ambiente e somos a favor do desmatamento zero... na terra dos outros.
         08. Desculpa dogmática: – Sou candidato a prefeito, não a perfeito. Perfeito só Deus.
         09. Desculpa financeira: – Estou sem dinheiro.
         10. Desculpa futebolística: – O jogador bateu no canto certo, mas o goleiro deles pulou no canto errado.
         11. Desculpa partidária: – Por que manter presos os membros do partido X contra os quais só existem delações e nenhuma prova?
         12. Desculpa política: – Talvez seja necessária a criação de novos impostos, mas será em caráter provisório.
         D. Cronologia: em relação a época ou período de tempo.
         13. Desculpa anacrônica: – Isso está errado. No meu tempo não era assim.
          14. Desculpa antecipada: – Não sei fazer tão bem, mas vou tentar.
          15. Desculpa atrasada: – Sei que nosso aniversário de casamento foi no sábado passado, mas fiz de propósito para ver a sua reação.
          16. Desculpa etária: – Estou velho demais para aprender coisas novas. Sou muito jovem para assumir compromissos.
          17. Desculpa extemporânea: – Eu sou nova na Conscienciologia.
          18. Desculpa postergatória: – Na segunda-feira inicio dieta ou exercício. No próximo ano volto a estudar. Amanhã, sem falta, farei isso.
          19. Desculpa temporal: – Só vi a mensagem agora e está tarde pra sair. A moça do recenseamento chegou antes das 7 e disse que usaria 15min, no máximo, mas começou a perguntar, perguntar..., quando percebi já passava do meio dia, então cheguei atrasado ao trabalho.
          E. Fabulação: o fato inventado; a mentira; o álibi para desvios éticos e / ou cosmoéticos.
          20. Desculpa ardilosa: – As uvas estão verdes.
          21. Desculpa constrangedora: – Não tenho tempo.
          22. Desculpa despudorada: – Eu não vi nada.
          23. Desculpa esfarrapada: – Eu não sabia de nada. É conspiração da imprensa.
          24. Desculpa facciosa: – Eu acho que o partido está sendo vítima do seu crescimento.
          25. Desculpa gersista: – Todo mundo faz.
          26. Desculpa incriminatória: – A culpa é do meu antecessor. Deixou os cofres vazios.
          27. Desculpa vexaminosa: – Rouba mas faz.
          F. Gênero
          28. Desculpa androssomática: – A carne é fraca.
          29. Desculpa ginossomática: – Estou menstruada. Estou com TPM.
          G. Obscuridade: a falta de clareza; o mistério como subterfúgio.
          30. Desculpa enigmática: – Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam”.
          H. Vínculo: a ligação entre os envolvidos.
          31. Desculpa conjugal: – Isso nunca me aconteceu antes. Foi culpa da alcachofra à milanesa. Não me caiu bem.
          32. Desculpa empresarial: – Para nós os números são irrelevantes, entretanto a meta foi atingida.
          33. Desculpa escolar: – Atrasei porque não consigo levantar cedo.
          34. Desculpa familiar: – A fruta não cai longe do pé.
          35. Desculpa grupal: – O grupo decidiu assim.
          36. Desculpa preventiva: – Eu não acho que você ficaria comigo, então eu estou deixando você antes que isso aconteça.


          I. Singularidade

          37. Desculpa antirreciclagem: – As coisas sempre foram assim, desde que o mundo é mundo. Sou tímido e tenho vergonha de fazer amigos. Quero evoluir mas não tanto... Fui educada assim.
          38. Desculpa articulada: – Eu estava sem Internet.
          39. Desculpa atmosférica: – Está muito quente (ou muito frio) para sair.
          40. Desculpa autoconvincente: – Eu gosto de ser plateia. O problema nem é tão grave; você é muito exagerado(a).
          41. Desculpa autovitimizadora: – Não tenho sorte. Não tenho experiência.
          42. Desculpa cefalálgica: – Não fui porque estava com dor de cabeça.
          43. Desculpa comprobatória: – Precisei levar a minha mãe ao médico, e eles não dão atestado de acompanhante.
          44. Desculpa corriqueira: – Não estou me sentindo bem.
          45. Desculpa criativa: – As desculpas foram aceitas com sucesso e, o retorno ao relacionamento, recusado. Lamento pelo constrangimento. Se der sorte, tente em outro século.
          46. Desculpa criminal: – Foi um momento de loucura.
          47. Desculpa cultural: – Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher.
          48. Desculpa disparatada: – Não podemos nos responsabilizar por solicitações de reservas de hotel enviadas para o nosso e-mail após o horário de expediente.
          49. Desculpa dissimulada: – Não estou chorando. Foi um cisco no meu olho.
          50. Desculpa encomendada. – Agi a mando de terceiros.
          51. Desculpa escolada. – Foi malentendido.
          52. Desculpa etílica: – Eu bêbado? Imagina! Sei perfeitamente o que estou fazendo.
          53. Desculpa fajuta: – Estou sem roupas adequadas para a academia.
          54. Desculpa formal. – Isto não voltará a acontecer no meu turno.
          55. Desculpa hiperbólica. – Uma raposa furtou as chaves do meu carro.
          56. Desculpa machista. – Com a forma vulgar com que as mulheres andam vestidas, querem o quê?
          57. Desculpa metafórica. – Tô numa correria danada, depois a gente marca certinho.
          58. Desculpa necrológica: – Faltei ao compromisso porque 1 parente morreu.
          59. Desculpa original: a história de Adão e Eva.
          60. Desculpa popular: – Errar é humano.
          61. Desculpa preferida: – Estou muito ocupado.
          62. Desculpa conveniente: – Não estou ficando mais velho(a) e sim mais experiente.
          63. Desculpa motivacional: – Não tenho motivação. Não consigo sair de casa. Estou muito gordo (ou muito velho).
          64. Desculpa providencial: – Tô passando mal.
          65. Desculpa romântica: – Você foi a única mulher que eu realmente amei.
          66. Desculpa social: – Tive imprevisto; peguei virose.
          67. Desculpa técnica: – Quanto mais novo o modelo, mais complicado, em função da tecnologia avançada.
          68. Desculpa uranoscópica: – Nossos signos não combinam.
          69. Desculpa vaga: – Minha religião não permite.... O computador estragou.
          70. Desculpa zoológica: – Não irei ao trabalho hoje porque ganhei 1 gatinho e ele não para de miar se me afasto dele.
          Exposição. Sob a ótica da Comunicologia, eis por exemplo, em ordem alfabética, 5 formas de apresentação de desculpas encontradas na mídia, em geral:
          1. Desculpa despublicada: – Esta publicação do Facebook não está mais disponível. Ela pode ter sido removida ou as configurações de privacidade da publicação podem ter sido alteradas.
          2. Desculpa grafada: – Cantor informa estar doente para não ir ao Tribunal, entretanto vai à festa.
          3. Desculpa midiática: – Mesmo não tendo tido a intenção de ofender, agredir ou desrespeitar, admito que minhas brincadeiras de cunho machista ultrapassaram os limites do respeito com que devo tratar minhas colegas. Sou responsável pelo que faço.
          4. Desculpa publicada: – Foi um grande erro, uma violação dos nossos próprios princípios, uma agressão a valores consagrados de honestidade e ética. Não admitiremos que isso se repita.
          5. Desculpa verbal: – Reconhecemos que erros graves foram cometidos nos últimos anos e, ao contrário de negá-los, estamos assumindo-os publicamente.
            Conviviologia. No dia a dia, é comum a conscin lançar mão da desculpa para se desembaraçar de certas circunstâncias ou tensões conviviais, podendo ser empregada ao modo de atitude magnânina, ação anticonflitiva ou autabsolvição anticosmoética.
            Razoabilidade. Sob a ótica da Coerenciologia, a desculpa deve ser cabível ao contexto e ao momento, sendo demonstração de imaturidade consciencial dar desculpas para tudo.


                                                       VI. Acabativa

            Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com a desculpa, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
            01. Autoconflito: Autoconflitologia; Neutro.
            02. Autoconstrangimento cosmoético mínimo: Cosmoeticologia; Nosográfico.
            03. Autocorrupção: Parapatologia; Nosográfico.
            04. Autofuga: Psicossomatologia; Nosográfico.
            05. Autojustificativa: Autoconscienciometrologia; Neutro.
            06. Autoimperdoador: Holomaturologia; Homeostático.
            07. Conduta cosmoética: Conviviologia; Homeostático.
            08. Erro crônico: Errologia; Nosográfico.
            09. Erro digno: Errologia; Nosográfico.
            10. Justificativa lógica: Cosmoeticologia; Homeostático.
            11. Megaexplicitação cosmoética: Cosmoeticologia; Homeostático.
            12. Pedido de desculpa: Interassistenciologia; Homeostático.
            13. Relevalidade: Holomaturologia; Homeostático.
            14. Qualidade da intenção: Intencionologia; Neutro.
            15. Tríade da erronia: Parapatologia; Nosográfico.
     EM CERTOS CASOS, A DESCULPA, APARENTEMENTE
 INOFENSIVA, SUGERE AUTANÁLISE MAIS APROFUNDADA
 DA PARTE DA CONSCIN INTERMISSIVISTA. O AUTOJUÍZO CRÍTICO REQUER PRÉ-REFLEXÃO NAS AÇÕES PESSOAIS.
            Questionologia. Como analisa você, leitor ou leitora, o emprego das autodesculpas? Em escala de 1 a 5, qual o nível de conforto intraconsciencial vivenciado nessas circunstâncias?
            Filmografia Específica:
            1. Dança comigo? Título Original: Shall We dance? País: EUA. Data: 2004. Duração: 106 min. Gênero: Comédia romântica. Idade (censura): 12 anos. Idioma: Inglês. Cor: Colorido. Legendado: Espanhol; Inglês & Português. Direção: Peter Chelsom. Elenco: Richard Gere; Susan Sarandon; Jennifer Lopez; Stanley Tucci; Bobby Cannavale; Lisa Ann Walter; Omar Benson Miller; Nick Cannon; Produção: Simon Fields; Harvey Weinstein; Bob Weinstein; Roteiro: Audrey Wells; Masayuki Suo. Fotografia: John de Borman; Trilha sonora: Gabriel Yared, John Altman; Compositor: Gabriel Yared; Companhia: Miramax filmes. Sinopse: Homem leva a vida tranquila, porém monótona e resolve se inscrever em curso de dança de salão.
            Bibliografia Específica:
            1. Domenico, Guca; 1001 Desculpas Esfarrapadas: As melhores e Mais Eficazes Maneiras de Justificar o Injustificável; 96 p.; 71 ilus.; br.; Claridade; São Paulo, SP; 2003; páginas 11 a 16.
            2. Vieira, Waldo; Manual dos Megapensenes Trivocabulares; revisores Adriana Lopes; Antonio Pitaguari; & Lourdes Pinheiro; 378 p.; 3 seções; 49 citações; 85 elementos linguísticos; 18 E-mails; 110 enus.; 200 fórmulas; 2 fotos; 14 ilus.; 1 microbiografia; 2 pontoações; 1 técnica; 4.672 temas; 53 variáveis; 1 verbete enciclopédico; 16 websites; glos. 12.576 termos (megapensenes trivocabulares); 9 refs.; 1 anexo; 27,5 x 21 cm; enc.; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2009, página 246.
            3. Werneck, Alexandre; A Desculpa: As Circunstâncias e a Moral das Relações Sociais; apres. Michele Misse; pref. Howard S. Becker; 378 p.; 8 seções; 38 subseções; 141 notas; 420 refs.; 22,5 x 15,5 cm; br.; Civilização Brasileira; Rio de Janeiro, RJ; 2012; páginas 1 a 378.
            Webgrafia Específica:
            1. Cavalcanti, Miguel da Rocha; Editorial; Ruralista só defende Ambiente na Terra dos Outros; 03.09.2009; Seção: Giro do Boi; Universidade BeefPoint (UBEEF); disponível em <http://www.beefpoint.com.br/tag/desculpas>; acesso em 15.04.17; 23h.
            2. Globo.com; Redação; Alemão se desculpa após Provocação pelo 7 a 1; Reportagem; Jornal on line; Rio de Janeiro; RJ; 20.08.2016; 23h41; Seção: Futebol; 2 fotos; disponível em: <http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/
2016/08/alemao-se-desculpa-apos-provocacao-pelo-7-1-agi-de-forma-emocional.html>; acesso em: 05.10.16; 21h.
            3. Grabmeier, Jeff; Os 6 Elementos de uma Apologia Eficaz, de acordo com a Ciência; The Ohio State Uni versity; Jornal on line; Diário; Columbus, Ohio; 12.04.2016; 1 foto; disponível em:<https://news.osu.edu/news/2016/04/1 2/effective-apology>; acesso em 10.04.2017; 8h30.
            4. Luz da Serra; As 6 Desculpas mais Esfarrapadas do Mundo; Redação; Casa Verde – Núcleo Terapêutico; desde 20.03.2013; Logradouro, Nova Petrópolis; RS; disponível em: <http://www.luzdaserra.com.br/as-6-desculpas-mais-esfarrapadas-domundo>; acesso em: 22.01.17; 17h.
            5. Valenti, Graziela; ‘Desculpe, a Odebrecht errou’, diz Comunicado do Grupo; 01.12.2016; 19h56; Valor Econômico; Jornal on line; <http://www.valor.com.br/politica/4793757/%3Fdesculpe-odebrecht-errou%3F-diz-comuni cado-do-grupo>; acesso em:15.04.17; 9h.
            6. Whitbourne, Susan Krauss; & Barlett, C.P.; A única Desculpa que você precisa e irá Usar em sua Vida; (Excuses, Excuses: A Meta‐ analytic Review of how Mitigating Information can change Aggression and an Exploration of Moderating Variables); trad. Natalia Iannone; Eu Aggressive Behavior; Revista; Vol 39; N. 6, Brasil; 2013; páginas 472 a 481; disponível em: <https://www.eusemfronteiras.com.br/a-unica-desculpa-que-voce-precisa-e-ira-usar-em-sua-vida>; acesso em: 22.01.17; 14h.
                                                                                                                       N. C.