Conscin Anoréxica

A conscin anoréxica é a consciência intrafísica, homem ou mulher, a qual se autoimpõe restrições alimentares antifisiológicas com objetivo de redução do peso corporal, apresentando grave distorção da autoimagem, evidenciando distúrbio psicossomático, em geral a partir de alguma causa mesológica, genética, paragenética ou holobiográfica.

Você, leitor ou leitora, apresenta alguma característica da conscin anoréxica? Quais técnicas vem empregando para superar tal condição?

      CONSCIN ANORÉXICA
                                    (PARAPATOLOGIA)


                                         I. Conformática

          Definologia. A conscin anoréxica é a consciência intrafísica, homem ou mulher, a qual se autoimpõe restrições alimentares antifisiológicas com objetivo de redução do peso corporal, apresentando grave distorção da autoimagem, evidenciando distúrbio psicossomático, em geral a partir de alguma causa mesológica, genética, paragenética ou holobiográfica.
          Tematologia. Tema central nosográfico.
          Etimologia. O termo consciência vem do idioma Latim, conscientia, “conhecimento de alguma coisa comum a muitas pessoas; conhecimento; consciência; senso íntimo”, e este do verbo conscire, “ter conhecimento de”. Apareceu no Século XIII. O primeiro prefixo intra deriva também do idioma Latim, intra, “dentro de; no interior; no intervalo de; durante; no recinto de; próximo ao centro; interiormente”. O vocábulo físico provém do mesmo idioma Latim, physicus, e este do idioma Grego, physikós, “relativo à Natureza ou ao estudo da mesma”. Surgiu igualmente no Século XIII. A palavra anorexia vem do idioma Grego, anóreksis, “tendência para; desejo de; apetite”. Surgiu no Século XVIII.
          Sinonimologia: 1. Conscin disoréxica. 2. Conscin pseudoinapetente. 3. Conscin avessa à alimentação.
          Neologia. As 3 expressões compostas conscin anoréxica, conscin anoréxica religiosa e conscin anoréxica laica são neologismos técnicos da Parapatologia.
          Antonimologia: 1. Conscin compulsiva alimentar. 2. Conscin comedora. 3. Conscin empanturrada. 4. Conscin obesa. 5. Comensal sadio.
          Estrangeirismologia: o binge-eating; o eating disorder.
          Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto ao comportamento alimentar.


                                           II. Fatuística

          Pensenologia: o holopensene pessoal da antissomática; o holopenesene pessoal nosológico; os batopensenes; a batopensenidade; os egopensenes; a egopensenidade; os nosopensenes; a nosopensenidade; os patopensenes; a patopensenidade; os intrusopensenes; a intrusopensenidade; os andropensenes; a andropensenidade; os ginopensenes; a ginopensenidade.
          Fatologia: o jejum patológico; a anorexia santa; a autopenitência; a autoflagelação; a carência emocional; a falta do autoafeto; a santidade do jejuador determinando a santidade do jejum; a greve de fome com fins políticos; os mega banquetes romanos, seguidos de vômitos autoinduzidos; os métodos purgativos; o pecado capital da gula; o fastio alimentar; a adição alimentar às avessas; a drunkorexia; o ascetismo enquanto meio de elevação espiritual às mulheres da Idade Média; a busca da comunhão com Deus; o ritual da comunhão, levando à “santificação”; a santificação através da domesticação das necessidades físicas; o milagre de viver sem comer; a escravidão às dietas; a simbiose mãe-filha; a vontade de ser Barbie; o contexto familiar enquanto reforçador patológico; a falta de autonomia consciencial; a evitação da sexualidade; a maturidade sexual retardada; a ausência da menstruação entendida como sinal divino, ao contrário de resposta do organismo, à abstinência alimentar; a vergonha ao corpo feminino; a aversão ao ginossoma; o fato de a anorexia incidir na população na proporção de 9 mulheres para cada homem (para cada 10 pacientes, 1 é homem); a evitação das demandas biológicas e psicológicas da puberdade; o jejum enquanto estratégia de oposição a casamentos arranjados; a doença das virgens; a inanição provocando alterações afetivas, cognitivas e comportamentais; o corpo imaginário perfeito; o pensamento obsessivo; o transtorno da imagem corporal; o transtorno obsessivo compulsivo; a ectopia consciencial; a ausência de locus de controle interno; o comportamento imitativo frequentemente encontrado entre santas e beatas da Idade Média e entre jovens anoréxicas de hoje; os movimentos virtuais “pró-ana” e “pró-mia”, passando dicas, incentivos e orientações de como driblar a fome e / ou apresentando estratégias patológicas para controle do peso corporal; a recusa do alimento enquanto defesa contra a sensação de ser fraca, de não ter personalidade própria; o subcérebro abdominal; a comensalidade sadia.
          Parafatologia: a falta da autovivência do estado vibracional (EV) profilático; a herança paragenética religiosa nosográfica; as consequências paragenéticas do mau uso somático; a ausência da vivência do paradigma multidimensional e holossomático; as parafixações baratrosféricas; a reciclagem de automimeses seriexológicas dispensáveis; a concausa extrafísica; o aprendizado do Curso Intermissivo (CI).


                                            III. Detalhismo

          Sinergismologia: o sinergismo Paragenética-Genética-Mesologia.
          Principiologia: a falta do princípio da descrença (PD); o princípio cosmoético do “aconteça o melhor para todos”; o princípio da atração dos afins.
          Codigologia: a ausência do código de valores pessoais; a falta do código pessoal de Cosmoética (CPC); os entrelaçados códigos sociais e culturais, gerando doenças.
          Teoriologia: a teoria das interprisões grupocármicas; a teoria dos estigmas paragenéticos holobiográficos.
          Tecnologia: a técnica do diário alimentar; a técnica da entrevista motivacional; a técnica da paracirurgia; a técnica de mais 1 ano de vida intrafísica; a técnica da autorreflexão de 5 horas.
          Voluntariologia: os voluntários dos programas de apoio a comedores compulsivos; os voluntários da Conscienciologia.
          Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da Autopensenologia; o laboratório conscienciológico da Autorretrocogniciologia; o laboratório conscienciológico da Tenepessologia; o laboratório conscienciológico da Autevoluciologia; o laboratório conscienciológico da Autoconscienciometrologia; o laboratório conscienciológico Serenarium.
          Colegiologia: o Colégio Invisível da Consciencioterapia; o Colégio Invisível da Cosmoeticologia.
          Efeitologia: o efeito deletério da privação de alimentos; o efeito do jejum prolongado; o efeito da moda das dietas; o efeito halo patológico melin-melex; os efeitos estagnadores da autopatopensenidade.
          Neossinapsologia: os impedimentos à formação de neossinapses; as retrossinapses patológicas.
          Ciclologia: o ciclo vicioso; o ciclo de autossabotagens; o ciclo patológico das imaturidades consecutivas; o ciclo retroalimentador patopensenização–holopensene baratrosférico–companhias assediadoras; o ciclo retroalimentador dos holopensenes; o ciclo erro-retificação-acerto; o ciclo esforço-conquista-autossustentação-autodomínio.
          Enumerologia: a autopunição; a autoflagelação; a autoimolação; a autocorrupção; o autassédio; a autovitimização; o autodesrespeito.
          Crescendologia: o crescendo patológico jejum autoimposto–transtorno alimentar; o crescendo Planeta-Hospital–Planeta-Escola; o crescendo patopensenidade continuada–desequilíbrio mental.
          Antagonismologia: o antagonismo mãe / filha; o antagonismo ortopensenidade / patopensenidade; o antagonismo incorruptibilidade / corruptibilidade.
          Politicologia: a política do corpo perfeito.
          Legislogia: a lei do maior esforço para a autocura; a lei do retorno doentio.
          Filiologia: a tanatofilia; a patofilia.
          Fobiologia: a fobia do peso; o medo mórbido de engordar; a dismorfofobia.
         Sindromologia: a síndrome da passarela; a prevenção da síndrome de realimentação; a síndrome do comer noturno; a síndrome de Godot; a síndrome da autopatopensenidade; a síndrome da abstinência da Baratrosfera (SAB).
         Maniologia: a mania de fazer dieta; a mania de não comer; a mania de ser magra; a patomania; a nosomania.
         Mitologia: o mito da magreza; o mito da purificação pelo jejum; o mito da Barbie.
         Holotecologia: a religioteca; a patopensenoteca; a nosoteca; a psicoteca; a parageneticoteca; a consciencioterapeuticoteca; a evolucioteca.
         Interdisciplinologia: a Parapatologia; a Psicopatologia; a Reurbanologia; a Somatologia; a Materiologia; a Fisiologia; a Psiquiatria; a Intrafisicologia; a Anticosmoeticologia; a Subcerebrologia; a Paraprofilaxiologia.


                                          IV. Perfilologia

         Elencologia: a conscin anoréxica; a conscin rígida; a conscin perfeccionista; a conscin obsessiva; a conscin manipuladora; a conscin penitente; a conscin beata; a conscin autocorrupta; a conscin anticosmoética; a consréu ressomada; a isca humana lúcida; o ser desperto; o ser interassistencial; a conscin enciclopedista.
         Masculinologia: o santo; o antepassado de si mesmo; o pré-serenão vulgar; o agente retrocognitor; o intermissivista; o amparador intrafísico; o compassageiro evolutivo; o conscienciólogo; o conscienciômetra; o consciencioterapeuta; o proexista; o reeducador; o escritor; o evoluciente; o exemplarista; o maxidissidente ideológico; o tenepessista; o ofiexista; o pesquisador; o projetor consciente; o tertuliano; o verbetólogo; o voluntário; o tocador de obra; o homem de ação; o médico inglês Richard Morton (1637–1698); o médico inglês William Gull (1816–1890); o médico francês Charles Lasège (1809–1883).
         Femininologia: a santa; a antepassada de si mesma; a pré-serenão vulgar; a agente retrocognitora; a intermissivista; a amparadora intrafísica; a compassageira evolutiva; a consciencióloga; a conscienciômetra; a consciencioterapeuta; a proexista; a reeducadora; a escritora; a evoluciente; a exemplarista; a maxidissidente ideológica; a tenepessista; a ofiexista; a pesquisadora; a projetora consciente; a tertuliana; a verbetóloga; a voluntária; a tocadora de obra; a mulher de ação; a imperatriz Sissi (Elisabeth Amalie Eugenie von Wittelsbach, 1837–1898); a escritora e filósofa francesa Simone Adolphine Weil (1909–1943); a cantora estadunidense Karen Carpenter (1950–1983); a princesa Diana (Lady Diana Frances Spencer, 1961–1997).
         Hominologia: o Homo sapiens anorecticus; o Homo sapiens idolatricus; o Homo sapiens acriticus; o Homo sapiens pathopensenicus; o Homo sapiens fanaticus; o Homo sapiens ilogicus; o Homo sapiens intermissivista.


                                         V. Argumentologia

         Exemplologia: conscin anoréxica religiosa = quem se autoimpõe restrição alimentar a fim de alcançar a santificação; conscin anoréxica laica = quem se autoimpõe restrição alimentar com fins estéticos.
         Culturologia: a cultura da magreza; a cultura das aparências; a cultura da passarela; a cultura da religiosidade; a cultura da vaidade; a cultura do corpo magro em detrimento do corpo saudável; os idiotismos culturais.
         Casuisticologia. Eis 5 personalidades, assim-chamadas santas da Igreja Católica Apostólica e Romana (ICAR), as quais alcançaram o status de santidade com a prática severa e prolongada do jejum, cuja análise patográfica remete aos sintomas característicos da anorexia nervosa, apresentadas em ordem cronológica:
          1. Santa Clara de Assis (1193–1253): de família nobre, nasceu na cidade de Assis, Itália. Seguidora de Francisco, propunha vida de caridade, trabalho e pobreza. Foi fundadora da “Ordem das Clarissas”, constituída basicamente por mulheres pobres. Jejuava todos os dias, viveu doente por 28 anos. Foi canonizada em 1255, corroborada por vida de reclusão, jejum e penitência.
          2. Santa Catarina de Siena (1347–1380): de família de artesãos, nasceu em Siena, Itália. Com 6 anos de idade teve a primeira visão com Jesus Cristo (4 a.e.c.–29 e.c.). Aos 7 anos decidiu parar de comer carne. Com 16 anos trancou-se em aposento doméstico, saindo somente para ir à igreja. Passou a comer apenas ervas cruas e pão. Recorria ao vômito quando era forçada a comer, vestia cilício e flagelava o corpo 3 vezes ao dia. Foi declarada santa, em 1461. Na época de Catarina de Siena existiu verdadeira epidemia da chamada anorexia santa.
          3. Santa Maria Madalena de Pazzi (1566–1670): nasceu em Florença, Itália, filha única de família aristocrática. Aos 16 anos, ingressou em Convento Carmelita, passando a chamar-se Maria Madalena. Por volta dos 20 anos de idade, começou a restringir a alimentação a pão e água. Aos domingos permitia-se comer pequena quantidade de restos das refeições de outras freiras. Provocava vômitos quando forçada, pelas madres superioras, a se alimentar. Praticava penitências e autopunições, dormindo pouco sobre tábuas de madeira, açoitando-se e banhando-se com água gelada durante o inverno.
          4. Santa Rosa de Lima (1586–1617): nasceu em Lima, Peru. Foi a primeira santa latino-americana a ser canonizada (1671). Depois de conhecer a vida de Santa Catarina de Siena, passou a jejuar e praticar penitências. Combinava ascetismo e preocupação social, sendo a anorexia também forma de ativismo e solidariedade aos índios, à época, vivendo em sistema de servidão e opressão. Conquistou inúmeras seguidoras denominadas “as Rosas”.
          5. Santa Veronica Giuliani (1660–1727): nascida em Mercatello, Itália, de família católica. Quando ainda era bebê, a mãe atribuía significado religioso aos atos da menina. Nos dias tradicionais de jejum cristão, não era amamentada pela mãe, para dar lugar a outra criança necessitada. Desde nova procurou imitar Santa Rosa de Lima, praticando autoflagelações. Com 15 anos entrou para o claustro Capuchinho, dormia pouco e jejuou por 5 anos seguidos.
          Historiologia. Entre os Séculos XV e XVI, a abstinência alimentar passou a ser desencorajada pela Igreja Católica, considerada obra do demônio, sendo substituída pela caridade, o ensino e a ajuda.
          Inanição. Eis, por exemplo, em ordem alfabética, 8 efeitos psicológicos decorrentes de alterações neuroquímicas, induzidas pela inanição:
          1. Desconfiança.
          2. Desenvolvimento de rituais alimentares.
          3. Excessiva preocupação com os alimentos.
          4. Irritabilidade.
          5. Isolamento social.
          6. Pensamento rígido.
          7. Perda da concentração.
          8. Sintomas depressivos.
          Terapeuticologia: a equipe multiprofissional; o vínculo terapeuta-paciente; a restauração do equilíbrio nutricional; a recuperação do peso saudável; a eliminação de comportamentos mantenedores da doença; a eliminação de pensamentos negativos sobre alimentação e peso corporal; a autaceitação; a restauração da psicodinâmica familiar homeostática; a nutrição comportamental; a terapia cognitivo-comportamental; a suplementação do mineral zinco; a intervenção medicamentosa.


                                                     VI. Acabativa

           Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com a conscin anoréxica, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
           01. Aberração antifisiológica: Parapatologia; Nosográfico.
           02. Adicção alimentar: Parapatologia; Nosográfico.
           03. Antissomática: Somatologia; Nosográfico.
           04. Autocura: Consciencioterapia; Homeostático.
           05. Autodiscernimento alimentar: Mentalsomatologia; Homeostático.
           06. Conscin perfeccionista: Parapatologia; Nosográfico.
           07. Conscin subnormal: Holossomatologia; Nosográfico.
           08. Descrenciologia: Experimentologia; Homeostático.
           09. Holobiografia pessoal: Holobiografologia; Neutro.
           10. Paraetiologia psicopatológica: Paraclínica; Neutro.
           11. Paragenética retrossomática: Holobiografologia; Neutro.
           12. Patopensene: Patopensenologia; Nosográfico.
           13. Saúde mental: Autoconscienciometrologia; Homeostático.
           14. Soma: Somatologia; Neutro.
           15. Vício em sofrimento: Parapatologia; Nosográfico.
  O CULTO À MAGREZA É IDIOTISMO CULTURAL, LEVANDO A ESCRAVIZAÇÃO ILÓGICA AO SOMA E À IMAGEM
  CORPORAL, RESULTADO DO COMPORTAMENTO IMITATIVO, ACRÍTICO, ANTICOSMOÉTICO E ANTIEVOLUTIVO.
           Questionologia. Você, leitor ou leitora, apresenta alguma característica da conscin anoréxica? Quais técnicas vem empregando para superar tal condição?
           Bibliografia Específica:
           1. Bucaretchi, Henriette A. Org.; Anorexia e Bulimia: Uma Visão Multidisciplinar; 183p.; Casa do Psicólogo; São Paulo, SP; 2003; páginas 19 a 22, 43 a 52, 57 a 68 e 91 a 100.
           2. Vieira, Waldo; Homo sapiens reurbanisatus; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 1.584 p.; 24 se ções; 479 caps.; 139 abrevs.; 12 E-mails; 597 enus.; 413 estrangeirismos; 1 foto; 40 ilus.; 1 microbiografia; 25 tabs.; 4 websites; glos. 241 termos; 3 infográficos; 102 filmes; 7.665 refs.; alf.; geo.; ono.; 29 x 21 x 7 cm; enc.; 3ª Ed. Gratuita; Associação Internacional do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC); Foz do Iguaçu, PR; 2004; páginas 403 a 448, 471 a 501, 513 a 524, 571, 674 e 770.
           3. Weinberg, Cybelle; & Cordas, Táki Athanássios; Do Altar às Passarelas: Da Anorexia Santa à Anorexia Nervosa; 110 p.; Annablume; São Paulo, SP; 2006; páginas 11 a 70 e 91 a 104.
                                                                                                                        R. C.