Bibliotáfio

O bibliotáfio é o lugar, na biblioteca, onde se conservam as obras preciosas ou raras para estudo, leitura ou consulta.

Você tem o costume de consultar os bibliotáfios? Já encontrou, alguma obra rara imperdível para as pesquisas da Conscienciologia em algum bibliotáfio?

      BIBLIOTÁFIO
                                   (MENTALSOMATOLOGIA)


                                           I. Conformática

          Definologia. O bibliotáfio é o lugar, na biblioteca, onde se conservam as obras preciosas ou raras para estudo, leitura ou consulta.
          Tematologia. Tema central neutro.
          Etimologia. O primeiro elemento de composição biblio vem do idioma Grego, biblíon, “papel de escrever; carta; lousa; livro”. O segundo elemento de composição tafio deriva também do idioma Grego, táphos, “funerais; sepultura; sepulcro”.
          Sinonimologia: 1. Seção de obras raras. 2. Museu de Obras Raras.
          Eufemismologia. Há bibliotecas públicas nacionais, como a de Paris, mantendo o bibliotáfio eufemístico, com o nome de “inferno”. O acervo, neste caso, por algum tipo de pudor, é mantido fora do alcance do público, com as coleções de livros ditos eróticos ou libertinos (libertinismo, libidinagem), escritos e publicados em épocas e locais diversos.
          Neologia. Os 3 vocábulos minibibliotáfio, maxibibliotáfio e megabibliotáfio são neologismos técnicos da Mentalsomatologia.
          Antonimologia: 1. Seção de livros vulgares. 2. Seção do bibliotismo.
          Estrangeirismologia: o Administrarium.
          Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto às prioridades da intelectualidade evolutiva.


                                             II. Fatuística

          Pensenologia: a amplitude autopensênica.
          Fatologia: o bibliotáfio; o acervo de livros raros; o cofre dos livros de alto valor monetário; a reclusão de lotes de livros específicos; a conservação das obras do bibliotáfio; a administração do bibliotáfio; o abertismo mentalsomático; o acervo científico; a acumulação científica; o almoxarifado da consciência; a aprendizagem; os artefatos do saber; a bibliografia; a catálise mentalsomática; o cosmograma; a educação; a erudição; a especialização; o fichamento; a fome de saber.
          Parafatologia: a vivência do estado vibracional (EV) profilático.


                                           III. Detalhismo

          Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da paraeducação.
          Binomiologia: o binômio acessibilidade-assistencialidade; o binômio Arquivologia-Autorretrocogniciologia; o binômio exposição-acobertamento; o binômio Arquivologia-retrocognição.
          Trinomiologia: o trinômio sebo-livraria-megastore.
          Antagonismologia: o antagonismo varejismo consciencial / atacadismo consciencial.
          Politicologia: a cognocracia.
          Filiologia: a bibliofilia.
          Maniologia: a anticomania; a bibliomania.
          Holotecologia: a lexicoteca; a Holoteca.
          Interdisciplinologia: a Mentalsomatologia; a Holomaturologia; a Arquivologia; a Informática; a Lexicologia; a Enciclopediologia; a Multiculturologia; a Polimaticologia; a Sistematologia; a Arquivística; a Arquivologia; a Parapedagogiologia; a Holotecologia.


                                            IV. Perfilologia

          Elencologia: a equipe editora; a conscin lúcida; a conscin enciclopedista.
          Masculinologia: o bibliótafo; o livreiro; o bibliografista; o bibliotecário; o leitor; o autor; o escritor; o intelectual; o epicon lúcido; o conscienciólogo.
          Femininologia: a bibliótafa; a livreira; a bibliografista; a bibliotecária; a leitora; a autora; a escritora; a intelectual; a epicon lúcida; a consciencióloga.
          Hominologia: o Homo sapiens bibliologus.


                                          V. Argumentologia

          Exemplologia: minibibliotáfio = o bibliotáfio da biblioteca particular mínima com centenas de itens gerais; maxibibliotáfio = o bibliotáfio da biblioteca popular média com milhares de itens gerais; megabibliotáfio = o bibliotáfio da biblioteca nacional avançada com milhões de itens gerais.
          Culturologia: a formação cultural; a gestação cultural.
          Bibliótafo. O bibliótafo é quem esconde os livros raros.
          Inautenticidade. Dentro do Universo do bibliotáfio, a bibliopirataria ou a xerocópia não autorizada de obra rara é produto desonesto e, até certo ponto, inautêntico.
          Evento. Considerando a Fatuística, o bibliotáfio frequentemente é mantido na forma de departamento constituído, mais amplo, por exemplo: o Museu de Obras Raras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os alunos da Faculdade de Letras, ali, organizaram o evento “O livro ainda que tardio”, para discutir a importância do livro e as condições precárias na acomodação do acervo da biblioteca da unidade, em pleno Dia do Livro, 18 de abril de 2000. Os livros raros estavam em situação precária, devido à umidade, falta de manutenção e até buracos nas paredes, em função da ausência de verbas. Havia ali, na ocasião, 13 mil volumes de obras consideradas raras e 6 bibliotecários em atividade.
          Instância. De acordo com a Evoluciologia, o bibliotáfio é a última instância a qual a conscin lúcida recorre antes de ultrapassar as palavras ou os símbolos de todos os cruzamentos interculturais do universo textual para o plano extratextual da palavra pensamental. Tudo isso além do universo ficcionado ou meramente abstrato, mas real, do conscienciês, capaz de insubstancialidade mais objetiva em comparação com a realidade deste estado da vigília física ordinária da conscin vulgar.
          Destino. No universo da Dessomatologia, o bibliotáfio ou a conservação das obras valiosas e raras é extremamente relevante tendo em vista a dessoma dos escritores, intelectuais e bibliófilos, e o destino das bibliotecas particulares ficando para trás. Ninguém carrega livros na dessoma.
          Epitáfio. Se a pessoa não for previdente, todo o acervo pode ser esfacelado ou malcolocado na praça e quem perde são as instituições e universidades. Em vez do bibliotáfio sobrevém, neste caso, o epitáfio das obras raras apodrecendo em algum porão sujo e esquecido.
          Cultura. Dentro da Multiculturologia, através das obras conservadas dentro do bibliotáfio, pode-se avaliar o nível cultural da Socin local, a partir do princípio da polimatia: a cultura não é obrigação, nem moda e nem lazer, constitui simplesmente prazer consciencial evolutivo.
          Relevância. Sob a ótica da Parapatologia, a existência do bibliotáfio é extremamente relevante tendo em vista, notadamente, as ações de 5 categorias de seres patológicos da Socin:
          1. Bibliocleptas: os ladrões ou furtadores furtivos de livros também chamados bibliocleptomaníacos.
            2. Biblioclastas: aqueloutros destruidores dos livros. Aqui se incluem, logicamente, hoje, os CD-ROMs, os destruidores de programas de Informática, os criadores de vírus de computadores, bem como os hackers, ou informatas intrusores.
            3. Bibliófobos: os adversários dos livros. Aqui se incluem os autores e autoras, editores e editoras, publicando livros didáticos displicentemente, com erros crassos, em edições copiosas e sucessivas sem proceder a quaisquer revisões de gabarito. Algumas destas conscins são, ao mesmo tempo, bibliófagas, e, iguais a insetos, se alimentam de livros, traças mentaissomáticas do conteúdo das obras. Neste grupo estão incluídos os banidores de livros.
            4. Bibliófagos: os insetos tendo os livros por alimentos.
            5. Bibliopiratas: os xerocopiadores sem escrúpulos, anticosmoéticos, de livros. Aqui se incluem, logicamente, hoje, os copiadores de programas e softwares. Existe até a cultura da xeroteca.
            Paraprofilaxia. Segundo a Paraprofilaxiologia, os livros e demais artefatos do saber merecem toda a atenção tendo em vista a educação, o mentalsoma e a própria evolução consciencial, já existindo a bibliofilaxia, a ciência dos cuidados com os livros.
            Banco. O bibliotáfio não deve ser construído como museu de obras raras, e sim para consultas ao banco de dados raros.


                                                      VI. Acabativa

            Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 10 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com o bibliotáfio, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
            01. Administração da vida intelectual: Experimentologia; Homeostático.
            02. Arquivologia: Experimentologia; Neutro.
            03. Banco de dados: Mentalsomatologia; Neutro.
            04. Bibliofilia: Mentalsomatologia; Homeostático.
            05. Bibliologia: Mentalsomatologia; Homeostático.
            06. Bibliopola: Intrafisicologia; Neutro.
            07. Grupo de neoideias: Mentalsomatologia; Neutro.
            08. Holotecologia: Comunicologia; Homeostático.
            09. Nutrição informacional: Mentalsomatologia; Neutro.
            10. Sistemata: Experimentologia; Neutro.
    O IDEAL É REEDITAR AS OBRAS RARAS, DE CONTEÚDOS LIBERTÁRIOS, DO BIBLIOTÁFIO, A FIM DE FACILITAR AS PESQUISAS AO GRANDE PÚBLICO INTERNACIONAL, DEMOCRATIZANDO, EM ALTO NÍVEL, A CULTURA.
            Questionologia. Você tem o costume de consultar os bibliotáfios? Já encontrou, alguma obra rara imperdível para as pesquisas da Conscienciologia em algum bibliotáfio?
            Bibliografia Específica:
            01. Americo, Fernanda; Aspirando Cultura (Sebos: Livrarias Especializadas em Livros Raros); Revista Nacional; N. 1.077; 6 ilus.; Rio de Janeiro, RJ; 18 e 24.06.99; página 10 e 11.
            02. Assaf, Roberto; Disco e Livro Raros ao Alcance de Todos; Jornal do Brasil; Diário; Seção: Serviço; 1 ilus.; Rio de Janeiro, RJ; 03.10.88; página 4.
            03. Augusto, Sérgio; Purgatório da Biblioteca Nacional no Rio; Folha de S. Paulo; Jornal; Diário; Caderno: Mais!; 2 ilus.; São Paulo, SP; 09.07.95; página 5 – 9.
            04. Barros, André Luiz; Biblioteca Nacional expõe Documentos Raros Sobre o Brasil (350 Peças: Memória); Valor; Jornal; Diário; Ano 1; N. 157; Seção: Eu & Cultura; 1 ilus.; São Paulo, SP; 13.12.2000; página D 11.
            05. Darnton, Robert; Inferno da Biblioteca Nacional em Paris; Folha de S. Paulo; Jornal; Diário; Caderno: Mais!; 3 ilus.; São Paulo, SP; 09.07.95; capa do caderno (manchete), páginas 5 – 4 e 5 – 5.
            06. Durão, Mariana Saavedra; US$ 200 Milhões por Ano de Prejuízo com a Pirataria de Livros (Cultura da Xeroteca); Gazeta Mercantil; Jornal; Diário; Gazeta do Rio; Ano II; N. 386; Rio de Janeiro, RJ; 06-08.08.99; primeira página (manchete) e 3.
            07. Garcia, Maria Amalia; Una Riqueza Bibliográfica Detrás de la Tranquera (Obras Raras: Dos Talas, Argentina); La Nacion; Jornal; Diário; Caderno: Countries y Barrios Privados; 3 ilus.; Buenos Aires; Argentina; 32.01.99; capa do caderno e página 11.
            08. Gazeta Mercantil; Redação; Projeto prevê a Preservação da Memória Diplomática do País (Coleção de Obras Raras, Palácio Itamaraty); Jornal; Diário; Seção: Estilo; 2 ilus.; Rio de Janeiro, RJ; 03.08.98; página 4.
            09. Jornal da USP; Sibi lança Livro Sobre Obras Raras; Jornal; Semanário; Ano XV; N. 526; Seção: Cooperação; São Paulo, SP; 16-22.10.2000; página 3.
            10. Jornal do Brasil; Redação; Biblioteca protesta Contra Furtos (Biblioteca Central da Universidade Federal de Pernambuco); Diário; 1 ilus.; Rio de Janeiro, RJ; 25.10.89; página 12.
            11. Jornal do Brasil; Redação; Cidade perde suas Grandes Bibliotecas Particulares; Diário; Seção: Cidade; 1 ilus.; Rio de Janeiro, RJ; 20.06.76; página 18.
            12. Jornal do Brasil; Redação; Entregues às Traças (Livros Raros da UFRJ & Deterioração); Diário; Ano CX; N. 11; Caderno: Cidade; 1 ilus.; Rio de Janeiro, RJ; 19.04.2000; página 21.
            13. Maria, Cleusa; Um Patrimônio que o Rio Não quer Perder (Aurélio Buarque de Hollanda: 1.500 Dicionários); Jornal do Brasil; Diário; Seção: Cidade; 1 ilus.; Rio de Janeiro, RJ; 07.02.92; página 6.
            14. Martins, Fernando; Curitibano está se interessando por Livros Raros; Gazeta do Povo; Jornal; Diário; Seção: Especial; 1 ilus.; Curitiba, PR; 18.06.98; página 36.
            15. Molho, Deborah; The Dictionary Catalogue 2000 (The Dictionary Store: 100 Fields); Lexicoteca Comercial; XII + 128 p.; 81 seções; 7.455 dicionários; 28 x 21,5 cm; br.; 3a Ed.; French & European Publications; New York, NY; 2000; páginas 51 a 63.
            16. Neves, Tânia; Aventuras na Caça ao Livro (Obras Raras); O Globo; Jornal; Diário; Caderno: Segundo; 3 ilus.; Rio de Janeiro, RJ; 30.10.88; página 2.
            17. O Globo; Redação; Doyle Vende Biblioteca para Museu; Jornal; Diário; Caderno: Ipanema; 1 ilus.; Rio de Janeiro, RJ; 09.06.86; página 20.
            18. O Globo; Redação; Livros Antigos apodrecem em Galpão de Universidade (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); Jornal; Diário; Seção: Grande Rio; 2 ilus.; Rio de Janeiro, RJ; 09.09.84; página 18.
            19. O Globo; Redação; No Rio, as Bibliotecas entregues às Traças (A Geografia Coberta pela Poeira); Jornal; Diário; Caderno: Grande Rio; 4 ilus.; Rio de Janeiro, RJ; 05.08.84; página 18.
            20. Silva, Beatriz Coelho; Biblioteca Nacional restaura Obras Raras (Livro de 1577, Mapas & Fotos na Exposição); O Estado de S. Paulo; Jornal; Diário; Ano 121; N. 38.946; Seção: Cultura; 1 ilus.; São Paulo, SP; 04.06.2000; página A 22.
            21. Tribuna da Imprensa; Redação; Livros Raros da UFRJ estão sem Conservação; Jornal; Diário; Ano LI; N. 15.340; Seção: Nacional; Rio de Janeiro, RJ; 19.04.2000; página 5.
            22. Vaz, Viviane; Bibliotecário amplia Atuação (Curso: Universidade Federal Fluminense); O Fluminense; Jornal; Diário; 1 ilus.; Niterói, RJ; 06 e 07.02.2000; página 7.
            23. Velasco, Irene H.; Un Tesoro de Papel Oculto en Cambridge (Biblioteca Parker: 650 Manuscritos, 2.500 Livros. História do Inglês); El Mundo; Tabloide; Diário; Ano XII; N. 4.003; Seção: Cultura; 1 ilus.; Madrid; Espanha; 12.11.2000; página 60.
            24. Xavier, Valêncio; A Memória do Mundo: Vida e Morte anunciada do Livro (Coleções de Obras Raras); Gazeta do Povo; Jornal; Diário; Caderno: G; 10 ilus.; Curitiba, PR; 23.08.98; capa do caderno e página 5.