Interação Escritor-Gato

A interação escritor-gato é a relação de companheirismo entre a conscin autora, homem ou mulher, e o felino doméstico de estimação, notadamente durante as prolongadas jornadas redacionais.

Você, leitor ou leitora, já vivenciou o conjunto de influências recíprocas da proximidade afetiva com o gato doméstico? Houve resultados gesconológicos?

      INTERAÇÃO ESCRITOR-GATO
                                        (GRAFOLOGIA)


                                          I. Conformática

          Definologia. A interação escritor-gato é a relação de companheirismo entre a conscin autora, homem ou mulher, e o felino doméstico de estimação, notadamente durante as prolongadas jornadas redacionais.
          Tematologia. Tema central neutro.
          Etimologia. O prefixo inter vem do idioma Latim, inter, “no interior de 2; entre; no espaço de”. A palavra ação procede também do idioma Latim, actio, “ação; movimento; feito; obra; negócio; direito de proceder judicialmente; processo; auto; discurso; enredo”, e esta de agere, “obrar; agir”. Apareceu no Século XIII. O termo interação surgiu no Século XX. O vocábulo escritor vem do idioma Latim, scriptor, “escrivão; escrevente; secretário; redator; autor”. Apareceu no Século XV. A palavra gato procede também do idioma Latim, cattus, “gato (selvagem, depois doméstico)”. Surgiu no Século XIII.
          Sinonimologia: 1. Interação autor-gato. 2. Interação autor–pré-humano felino.
          Neologia. As 3 expressões compostas interação escritor-gato, interação escritor-gato taconística e interação escritor-gato tarística são neologismos técnicos da Grafologia.
          Antonimologia: 1. Interação escritor-cão. 2. Interação autor–pré-humano canino.
          Estrangeirismologia: os writers and cat lovers; o pet aficionado pela workstation intelectual; o chamado insistente e irresistível do gato para o parceiro humano take a break.
          Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto à Omniconviviologia.
          Ortopensatologia. Eis 4 ortopensatas, citadas em ordem alfabética, pertinentes ao tema:
          1. “Curiosidade. Até a curiosidade natural do gato, no holopensene do pesquisador, pode contribuir para expandir a capacidade pesquisística da conscin.”
          2. “Felinos. Apesar da memória de elefante e da inteligência do macaco prego, o gato apresenta certo nível de autoconsciencialidade chamativa óbvia.”
          3. “Gatologia. O gato, no âmbito da evolução dos princípios conscienciais, é um dos seres subumanos, ou pré-humanos, mais articulados para a autorreflexão. Em geral, ele dorme 16 horas por dia. Quando acorda e fica lúcido, a sua telepatia com os humanos é mais intensa e densa. Ele sabe abrir a porta e indica quando a comida precisa ser reposta.”
          4. “Liberdade. Os pré-humanos ensinam. Os gatos entendem mais de liberdade do que os cães e a maioria dos Seres Humanos. Tal fato se deve à autoindependência ou autonomia possível.”


                                            II. Fatuística

          Pensenologia: o holopensene pessoal da comunicação gráfica; o holopensene pessoal da produtividade intelectual; o holopensene pessoal da zooconvivialidade fraterna; os cognopensenes; a cognopensenidade; os harmonopensenes; a harmonopensenidade; a conexão entre os holopensenes humano e subumano; o gato com atração pelo holopensene intelectual; a relação do autor com o gato doméstico favorecendo a mudança de bloco pensênico e o autodesassédio.
          Fatologia: a afinidade de gatos com gente de livros; a parceria felina na escrivaninha amenizando o isolamento intrafísico; a imersão intelectual acompanhada da amizade silenciosa dos gatos; a empatia recíproca criada entre ser humano e pré-humano; o gato presenciando em primeira mão a transformação de ideias em palavras; a nutrição afetiva propiciada pelo vínculo conscin-gato; os benefícios recíprocos do sentimento afetuoso entre escritores e gatos; a domesticação mútua estabelecendo a rotina intelectual compartilhada; a combinação da dedicação às tarefas de escrita com o apreço pelo convívio com gatos; a opção de ficar horas entre letras e gatos.
          Parafatologia: a autovivência do estado vibracional (EV) profilático; a aparente atração dos gatos pelo campo energético intelectual; os sinais comportamentais da paradetecção pré-humana de consciexes; a contribuição das zooenergias para a montagem de campo energético propenso à escrita.


                                            III. Detalhismo

          Sinergismologia: o sinergismo parapsiquismo humano–parapsiquismo subumano.
          Principiologia: o princípio da descrença (PD).
          Codigologia: o código pessoal de Cosmoética (CPC) aplicado ao trato com subumanos.
          Tecnologia: a técnica da assim; a técnica da desassim; a técnica da imersão intelectual.
          Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da vida cotidiana.
          Efeitologia: os efeitos atratores de olhar do carisma felino; os efeitos do holopensene doméstico no comportamento animal; os efeitos antiestresse da interação afetiva com a companhia felina; os efeitos calmantes do ronronar felino; os efeitos intelectualmente prolíficos da mesa de trabalho compartilhada com o gato doméstico; os efeitos do interesse por livros no apreço pela zooconvivialidade felina; os efeitos cognitivos do convívio diário com gatos ternos, sinceros e livres.
          Neossinapsologia: a formação de neossinapses na observação dos pets domésticos.
          Binomiologia: o binômio gatos-livros; o binômio gato-escrivaninha.
          Interaciologia: a interação escritor-gato.
          Trinomiologia: o trinômio automotivação-trabalho-lazer.
          Paradoxologia: o paradoxo de o aprimoramento bioenergético ser individual e intransferível mas ocorrer na interação com consciências, pré-humanos, vegetais, ambientes e objetos.
          Legislogia: as leis da Fisiologia Humana; as leis da Fisiologia Subumana; a lei da empatia; a lei da afinidade interconsciencial; a lei da interdependência evolutiva; a lei da inseparabilidade grupocármica; a lei da evolução interassistencial.
          Filiologia: a gatofilia; a grafofilia; a bibliofilia; a pesquisofilia; a conviviofilia; a parapsicofilia; a assistenciofilia.
          Holotecologia: a zooteca; a evolucioteca; a biblioteca; a lexicoteca; a encicloteca; a hemeroteca; a holoteca.
          Interdisciplinologia: a Grafologia; a Gesconologia; a Gatologia; a Zooconviviologia; a Mentalsomatologia; a Psicossomatologia; a Parafenomenologia; a Interassistenciologia; a Harmoniologia; a Evoluciologia.


                                           IV. Perfilologia

          Elencologia: o ser subumano; o ser interassistencial; a conscin enciclopedista.
          Masculinologia: o intelectual; o escritor; o verbetógrafo; o gatofílico; o gatólogo.
          Femininologia: a intelectual; a escritora; a verbetógrafa; a gatofílica; a gatóloga.
          Hominologia: o Homo sapiens interactivus; o Homo sapiens analyticus; o Homo sapiens heuristicus; o Homo sapiens perquisitor; o Homo sapiens interassistentialis; o Homo sapiens parapsychicus; o Homo sapiens evolutiologus.


                                         V. Argumentologia

          Exemplologia: interação escritor-gato taconística = aquela contribuindo para obras nas quais prevalece a consolação dos leitores; interação escritor-gato tarística = aquela contribuindo para obras nas quais prevalece o esclarecimento aos leitores.
          Culturologia: a cultura da escrita; a cultura do zooconvívio felino.
          Autores. Concernente à Gesconologia, eis, por exemplo, em ordem alfabética, 44 autores e os respectivos dizeres sobre os gatos:
          01. Aldous Huxley (1894–1963); Aldous Leonard Huxley; Inglaterra: “Meu jovem amigo, eu disse, se você quer ser um romancista psicológico e escrever sobre seres humanos, a melhor coisa que você pode fazer é cuidar de um casal de gatos”. “Bem, depois de ter comprado seus gatos, não restará para o aspirante de romancista senão observá-los vivendo dia após dia, para identificar, aprender e digerir no íntimo as lições sobre a natureza humana que eles ensinam”.
          02. Andrew Lang (1844–1912); Escócia: “Entre todos os animais, apenas o gato consegue ter uma vida contemplativa”.
          03. Anne Calife (1966–); Anne Colmerauer; França: “Tanto quanto sei, o gato é o único animal no qual podemos ler todas as emoções através da orientação das orelhas, das pupilas e dos movimentos de cauda”.
          04. Anne Duperey (1947–); França: “O silêncio dos gatos é contagiante”.
          05. Artur da Távola (1936–2008); Paulo Alberto Artur da Tavora Moertzsonh Monteiro de Barros; Brasil: “Nada é mais incômodo para a arrogância humana que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece. O gato não satisfaz as necessidades doentias de amor. Só as saudáveis. Gato só aceita relação de independência e afeto”. “Ninguém em toda natureza, aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato!”. “O gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluidos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo.”
          06. Carl van Vechten (1880–1964); EUA: “Talvez seja mais fácil um gato treinar um homem do que um homem treinar um gato. Um gato que deseje viver com seres humanos chama a si a tarefa de verificar se a assim designada raça superior se comporta adequadamente para com ele”. “O gato não faz nem aceita convites insinceros”. “O gato obriga a seu amigo humano a aceitá-lo em seus próprios termos”. “Às vezes, nos silêncios mortos da noite, estando sozinho com um gato, tenho observado como seus olhos se dilatam de imediato, as orelhas vão para trás e as costas se arqueiam antes de um inesperado e inexplicável salto, depois do qual o gato volta a colocar-se cômodo e repousar sobre a pilha de roupa como se nada houvesse passado. Que ocorreu?
O que despertou esse ataque de extravagância? Algum ruído inaudível para os humanos, um odor desagradável, alguma reminiscência das terríveis noites medievais em que acompanhava a bruxa em suas viagens no cabo de vassoura e cruzavam pela cara da lua?”
          07. Charles Dickens (1812–1870); Charles John Huffarm Dickens; Inglaterra: “Existe presente maior do que o amor de um gato?”.
          08. Charles Dudley Warner (1829–1900); EUA: “Tinha noções claras sobre seus direitos e uma extraordinária persistência para fazê-los valer, nunca demonstrou mau gênio ante uma rejeição; simplesmente e com firmeza persistia até obter o que queria” (sobre o gato). “Muitas vezes se sentava olhando para mim, e então, movido por um carinho delicado, vinha e puxava meu casaco e minha manga até que pudesse tocar meu rosto com o nariz, e depois sumia contente. Tinha o hábito de ir ao meu escritório de manhã, ficando sentado quieto ao meu lado ou na mesa por horas observando a caneta passar pelo papel, ocasionalmente balançando a cauda como um mata-borrão e, depois, indo dormir entre os papéis e o tinteiro. Ou, mais raramente, observava a escrita empoleirado em meu ombro”.
          09. Collete (1873–1954); Sindonie-Gabrielle Colette; França: “Nunca é desperdiçado o tempo que se passa com os gatos”. “O único risco que corremos, ao estabelecermos amizade com um gato, é o de nos enriquecermos”. “Nenhum gato é vulgar”.
          10. Cora Rónai (1953–); Cora Tausz Rónai; Brasil: “A esta altura os felinos argutos que são, já sabem tudo sobre mim; e eu, claro, sei duas ou três coisas sobre eles”. “Os dois têm ótima índole e são de natureza modesta: preferem simples bolinhas de papel aos brinquedos sofisticados que lhes trago”.
           11. Derek Tangye (1912–1996); Derek Alan Trevithick Tangye; Inglaterra: “Acho que um gato é um companheiro mais fácil do que um cão. O sentido de independência do gato também nos permite, a nós, a oportunidade de sermos independentes”.
           12. Edmond Rostand (1868–1918); Edmond Eugène Alexis Rostand; França: “É um pequeno gato preto atrevido e ruidoso. Eu o deixo brincar, muitas vezes, sobre minha mesa. Algumas vezes, ele se senta sem fazer ruído. Dir-se-ia um belo mata-borrão vivo”.
           13. Eleanor Farjeon (1881–1955); Inglaterra: “Sempre me dá um arrepio quando percebo um gato enxergando o que não consigo ver”.
           14. Émile-Auguste Chartier (1868–1951); França: “Duas coisas são esteticamente perfeitas no mundo: o relógio e o gato”.
           15. Erasmo Darwin (1731–1802); Inglaterra: “Respeitar o gato é o começo do senso estético”.
           16. Ernest Hemingway (1899–1961); Ernest Miller Hemingway; EUA: “O gato possui uma honestidade emocional absoluta: os seres humanos, por qualquer razão, conseguem esconder os seus sentimentos mas um gato não o faz”. “Um gato leva a outro”.
           17. Ferreira Gullar (1930–2016); José Ribamar Ferreira; Brasil: “Os cachorros são animais inteligentes também, mas são muito dependentes. Já os gatos não exigem tanto da gente. É um bicho mais cômodo para quem escreve”. “Confia em mim, sabe que gosto dela e que pode contar comigo para o que der e vier. Essa confiança de um bicho que não fala a minha língua, que não sabe quem sou eu, mas só o que sou dentro desta casa, me alegra”.
           18. George Bernard Shaw (1856–1950); Irlanda: “O homem é civilizado na medida em que compreende o gato”.
           19. Guillaume Apollinaire (1880–1918); Itália: “Desejo que na minha casa haja: uma mulher inteligente, um gato deslizando entre os livros e amigos em todos os momentos sem os quais não posso viver”.
           20. Guimarães Rosa (1908–1967); João Guimarães Rosa; Brasil: “Porque os gatos são mais fiéis ao dono. Já os cachorros se parecem com certos diplomatas, que abanam o rabo para qualquer autoridade” (sobre a preferência por gatos).
           21. Jacques Laurent (1919–2000); Jacques Laurent-Cály; França: “Basta-nos cruzar olhares com um gato para avaliarmos a profundidade dos enigmas que cada cintilação dos seus olhos nos coloca a nós, decentes humanos”.
           22. James Herriot (1916–1995); James Alfred Wight; Inglaterra: “Gatos são peritos em conforto”.
           23. Jean Cocteau (1889–1963); Jean Maurice Eugène Clément Cocteau; França: “Amo gatos porque gosto da minha casa; e pouco a pouco eles se transformam na alma visível dela”.
           24. Jean-Jacques Rousseau (1712–1778); Suiça: “Observe um gato quando entra em um quarto pela primeira vez. Procura cheiros, não fica quieto um momento, não confia em nada até que examinou e travou conhecimento com tudo”.
           25. Jehanne Jean-Charles; Jehanne d’Eaubonne; França: “A escritura é um trabalho que agrada o gato. Ele gosta do papel, dos livros, dos lápis e das borrachas. O gato moderno adaptou-se perfeitamente à máquina de escrever. Minha selvagem Belle-Minette não gosta muito, mas ela a suporta, pois me vê ligada em minha mesa nessa coisa barulhenta onde eu coloco meus dedos. (...) Eu possuo várias impressões de patas com nítidas arranhaduras e alguns cantos de páginas acham-se mastigados. É a participação de Belle-Minette!”.
           26. Joseph Wood Krutch (1893–1970); EUA: “Os gatos parecem partir do princípio de que não há mal algum em pedir aquilo que se quer”.
           27. Joyce Carol Oates (1938–); EUA: “Escrevo tanto porque minha gata se senta no meu colo. Enquanto ronrona não quero me levantar”.
           28. Jules Reynard (1864–1910); Pierre-Jules Renard; França: “O ideal da tranquilidade é um gato sentado”.
           29. Konrad Lorenz (1903–1989); Konrad Zacharias Lorenz; Áustria: “Há poucos animais que, como os gatos, sejam capazes de demonstrar a sua disposição por intermédio da expressão facial”.
          30. Lord Byron (1788–1824); George Gordon Byron; Inglaterra: “O gato possui beleza sem vaidade, força sem insolência, coragem sem ferocidade, todas as virtudes do homem sem vícios”.
          31. Louis Nucéra (1928–2000); França: “A recusa do gato em perceber é deliberada”. “Há belezas que as palavras não conseguem descrever. O gato pertence a esta categoria”.
          32. Lygia Fagundes Telles (1923–); Lygia de Azevedo Fagundes; Brasil: “A conquista do gato é difícil, embrulhada, não tem isso de amor repentino: mais um movimento de aproximação e ele fugiria ventando. (...) Então ouvi o ruído delicado, ele bebia leite, mas não como os cachorros bebem, sofregamente, espirrando ao redor. O gato é discreto. Há que amá-lo discretamente, pensei e fiquei sorrindo. Tenho um gato”. “(...) E não obedeceria porque gato não obedece. Quando a ordem coincide com sua vontade, ele atende, mas sem a instintiva humildade do cachorro, o gato não é humilde, traz viva a memória da liberdade sem coleira. Despreza o poder porque despreza a servidão”.
          33. Marcel Mauss (1872–1950); França: “O gato é o único animal que conseguiu domesticar o homem”.
          34. Mark Twain (1835–1910); Samuel Langhorne Clemens; EUA: “Os momentos de despertar eram, para ela, preciosos; encontrava sempre qualquer coisa útil para fazer – e, se ficava sem opções e nada mais achasse para se ocupar, teria os gatinhos”(em referência à gata).
          35. Michel de Montaigne (1533–1592); Michel Eyquem de Montaigne; França: “Quando brinco com a minha gata, quem poderá dizer se não é ela que se diverte mais comigo do que eu com ela?”.
          36. Nise da Silveira (1905–1999); Nise Magalhães da Silveira; Brasil: “Enquanto o cão mantém-se fiel a seu proprietário, o gato não o obedece. Ergue a cauda e segue o caminho que lhe apraz”. “(...) Contudo nunca viram demonstração alguma de gatos domados em circo!
Isso porque um gato é um ser essencialmente livre e essa liberdade desafia o homem”.
          37. Pablo Neruda (1904–1973); Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto; Chile: “O gato, só gato apareceu completo e orgulhoso: nasceu completamente terminado, anda sozinho e sabe o que quer”.
          38. Patrícia Highsmith (1921–1995); EUA: “Gosto de gatos porque eles são elegantes e silenciosos, e têm efeito decorativo; uns leõezinhos razoavelmente dóceis, andando pela casa”. “Os gatos oferecem para o escritor algo que os outros humanos não conseguem: companhia que não é exigente nem intrometida, que é tão tranquila e em constante transformação quanto um mar plácido que mal se move”. “O gato faz de um lar, um lar; com um gato, um escritor nunca está só e, no entanto, está sozinho o bastante para trabalhar. Mais do que isso, um gato é uma obra de arte ambulante, dorminhoca e em constante transformação”.
          39. Philippe Ragueneau (1917–2003); França: “Nós nunca escolhemos um gato, é ele que nos escolhe”.
          40. Robertson Davies (1913–1995); Willian Robertson Davies; Canadá: “Os autores gostam de gatos porque eles são calmos, amáveis e seres sábios. E gatos gostam de autores pelas mesmas razões”.
          41. Stéphane Mallarmé (1842–1898); Étienne Mallarmé; França: “Os gatos são seres feitos para acumular carícias”.
          42. Tay Hohoff (1898–1974); Therese von Hohoff Torrey, EUA: “Há poucas coisas na vida mais emocionantes do que ser recebido por um gato”.
          43. Théophile Gautier (1811–1872); Pierre Jules Théophile Gautier; França: “Conquistar a amizade de um gato é algo difícil. É um bicho filosófico, sério, tranquilo, cioso dos seus hábitos, amigo da ordem e da limpeza, e que não dedica o seu afeto por dá cá aquela palha: aceita ser seu amigo, se você o merecer, mas nunca o seu escravo”.
          44. Willian S. Burroughs (1914–1997); Willian Seward Burroughs II; EUA: “O gato não oferece serviços. Ele se oferece. Claro que ele quer carinho e abrigo. O amor não é de graça. Como todas as criaturas puras, os gatos são pragmáticos”.
          Escritores. Com base na Grafologia, eis, por exemplo, em ordem alfabética, 11 características atribuídas aos gatos passíveis de torná-los companhias ideais no processo de criação:
          01. Adaptabilidade: ajustam-se para acompanhar o processo autoral de manter-se sentado por horas rendido à leitura, reflexão e redação.
          02. Afetividade: requisitam pausas para as trocas de afeto, carinho e atenção, comunicadas por golpes suaves das patas, caminhadas repetidas pelo teclado (produzindo sucessão de letras repetidas), roçadas de cabeça na tela do computador ou deitadas sobre o teclado, o livro em leitura ou a folha de papel em utilização.
          03. Asseio: mantêm hábito de autolimpeza evitando danos aos materais expostos na mesa de trabalho.
          04. Autonomia: fazem companhia sem exigir demasiada atenção de quem convivem.
          05. Discrição: interferem o mínimo na concentração por serem silenciosos (patas acolchoadas e garras ocultas) e emitirem sons apenas com finalidade bem definida.
          06. Ergonomia: ajeitam-se confortavelmente no colo ou em qualquer pequeno cantinho disponível na mesa próximo ao autor devido ao porte pequeno e o corpo maleável.
          07. Estética: permitem a admiração da beleza no modo como saltam com graça e leveza, equilibram-se em saliências estreitas e posicionam-se elegantemente.
          08. Graciosidade: quebram a rotina ao entreterem e arrancarem sorrisos, quando menos se espera, por atos inesperados, posturas inusitadas ou meiguices imprevisíveis.
          09. Relaxamento: contagiam pela maneira relaxada de adormecerem placidamente sobre livros e espreguiçarem com delicadeza.
          10. Sensibilidade energética: sinalizam modificações no campo energético, reagindo quando da instalação, conclusão ou interferência de consciex assistente ou assistível (posição de alerta ou debandada do ambiente).
          11. Subcerebralidade: ensinam sobre aspectos subcerebrais passíveis de subsistirem nos humanos quando se observa minuciosamente os comportamentos felinos cotidianos.
          Características. De acordo com a Conviviologia, eis, por exemplo, em ordem alfabética, 11 características atribuídas a gatos e autores, passíveis de explicar as afinidades entre ambos:
          01. Autoconfiança: não corrompem o próprio estilo e natureza. Escritores de destaque expressam-se com confor particular, autêntico e marcante.
          02. Autossuficiência: não querem agradar ou ter aprovação à qualquer custo. Há livros reconhecidos apenas pelas gerações futuras, portanto o autor precisa confiar nos próprios escritos para ousar fazer diferente.
          03. Curiosidade: investigam cuidadosamente qualquer elemento considerado novo. Bons autores estão constantemente disponíveis e interessados em aprender, mantendo observação sagaz de detalhes da vida a serem retratados nos escritos pessoais.
          04. Determinação: persistem para obter o alvo desejado. Escritores insistem em revisões e reescritas até conseguirem palavras e modos satisfatórios de expressar ideias e vivências.
          05. Disciplina: estabelecem rotinas de acordo com as próprias necessidades e peculiaridades. Gatos criam e mantém hábitos próprios, assim como escritores tendem a tomar medidas e estipular locais e horários favoráveis a otimização da autoprodutividade intelectual.
          06. Foco: sustentam a atenção concentrada por longos períodos na atividade elegida. Autores mantém ritmo próprio para cumprir os 99% de transpiração dos 1% de inspiração.
          07. Honestidade emocional: expressam os sentimentos com sinceridade. Gatos escolhem a quem amar e demonstram com lealdade. Autores precisam expressar-se com honestidade para conseguirem a comunicação eficaz com os leitores.
          08. Introspecção: apreciam ficar horas no mesmo lugar, ouvindo o barulho do teclado e sentindo o cheiro de livros, à vontade e confortáveis na própria companhia. Gatos e escritores coabitam respeitosamente a mesa de trabalho, cuidando para não incomodarem-se, satisfeitos em ficarem juntos porém cada qual imerso no próprio mundo íntimo.
          09. Liberdade: agem conforme a própria vontade, escolhem horários e tarefas a serem realizadas. O autor precisa sentir-se livre para dar vazão às próprias ideias originais.
            10. Paciência: aguardam o tempo necessário para atingir o objetivo. A produção intelectual requer tempo para alcançar o amadurecimento na forma e conteúdo, ponto no qual o autor satisfeito não encontra como tornar o texto melhor.
            11. Quietude: prezam ambientes calmos, tranquilos e silenciosos. Gatos são atraídos por livros e ambientes como bibliotecas, livrarias e sebos. Escritores também.
            Autorado. O ato de escrever é solitário intrafisicamente, requerendo do autor extensos períodos sentado, silencioso e pensativo diante de folha de papel e tela de computador. A presença próxima, tranquila, afetiva, agradável e também silenciosa do gato de estimação, parecendo satisfeito em compartilhar tais momentos, incentiva o autor a perserverar na árdua tarefa de traduzir em palavras os pensamentos e sentimentos pessoais.


                                                     VI. Acabativa

            Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com a interação escritor-gato, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
            01. Assistência do assistido: Interassistenciologia; Homeostático.
            02. Autodiscernimento energético: Energossomatologia; Homeostático.
            03. Autorretrocognição: Mnemossomatologia; Neutro.
            04. Banco genético: Parageneticologia; Neutro.
            05. Carga da convivialidade: Conviviologia; Neutro.
            06. Cotejo filósofo-conscienciólogo: Holofilosofia; Homeostático.
            07. Evoluciologia: Pensenologia; Homeostático.
            08. Gargalo evolutivo: Evoluciologia; Homeostático.
            09. Interleitura parapsicosférica: Energossomatologia; Neutro.
            10. Jejunice parapsíquica: Parapercepciologia; Nosográfico.
            11. Lastro subumano: Evoluciologia; Nosográfico.
            12. Porão consciencial: Intrafisicologia; Nosográfico.
            13. Relação interconsciencial: Paraconviviologia; Neutro.
            14. Subumano-terapeuta: Interassistenciologia; Homeostático.
            15. Técnica da imersão intelectual: Mentalsomatologia; Neutro.
        A CONSTATAÇÃO DAS PRODUÇÕES INTELECTUAIS
   RELACIONADAS À INTERAÇÃO ESCRITOR-GATO ENSINA
      SOBRE SER POSSÍVEL ESTABELECER MUTUALIDADE
        ASSISTENCIAL ENTRE HUMANOS E PRÉ-HUMANOS.
            Questionologia. Você, leitor ou leitora, já vivenciou o conjunto de influências recíprocas da proximidade afetiva com o gato doméstico? Houve resultados gesconológicos?
            Bibliografia Específica:
            01. Burroughs, William S.; O Gato por Dentro (The Cat Inside); trad. Edmundo Barreiros; 112 p.; 17,5 x 10,4; br.; L± Porto Alegre, RS; 2013; página 18.
            02. Dosa, David; O Incrível Dom de Oscar (Making Rounds With Oscar); trad. Maria Elizabeth Hallak Neison; 220 p.; 23 caps.; 23 citações; 21 x 13,5 cm; br.; Ediouro; Rio de Janeiro, RJ; 2010; páginas 27, 171, 179 e 185.
            03. Fogle, Bruce; Guia Ilustrado Zahar: Gatos (Eyewitness Companions: Cats); rev. Verônica Barreto Novais; trad. Carolina Alfaro; 320 p.; 8 caps.; 486 fotos; glos. 169 termos; 65 ilus.; 5 mapas; alf.; 22 x 13 cm; enc.; Jorge Zahar; Rio de Janeiro, RJ; 2010; páginas 10 e 11.
            04. Galter, Vidal; Os Gatos: Citações sobre os Gatos, Proteção e Respeito aos Animais; 88 p.; 41 fotos; Brasília; 2014; páginas 53 a 57.
             05. Garnier, Stéphane; Meu Gato Meu Guru: Aprenda a Viver Bem como um Gato (Agir et Penser comme un Chat); trad. Alcinda Marinho; 214 p.; 43 caps.; 53 citações; 12 enus.; 1 foto; 211 ilus.; 1 teste; 21 x 14 cm; br.; Albatroz; Porto, Portugal; 2019; páginas 45, 79, 91, 95, 127, 135, 142, 147, 169 e 181.
             06. Highsmith, Patricia; Sobre Gatos e Estilo de Vida (On Cat and Lifestyle); In: Os Gatos; trad. Petrucia Finckler; 128 p.; ebook; L&PM Pocket; Porto Alegre, RS; 2011.
             07. Huxley, Aldous; Os Sermões dos Gatos; In: Música na Noite & Outros Ensaios; trad. Rodrigo Breunig; 244 p.; 17 x 11 cm; br; L&PM Pocket; Porto Alegre, RS; 2014; páginas 196 a 204.
             08. Machado, Mateus; Escritores e Felinos: A Relação entre muitos Escritores e os Bichanos é de Eterna Cumplicidade; O Pulo do Gato; Revista; Bimensal; Ed. 80; Seção: Literatura; 5 fotos; Top.Co.; Campinas, SP; Março/Abril, 2014; páginas 28 e 29.
             09. Myron, Vicki; & Witter, Bret; Dewey: Um Gato entre Livros (Dewey – The Small-Town Library Cat who touched the World); trad. Helena Londres; 272 p.; 27 caps.; 21 x 13,5 cm; br.; Globo; São Paulo, SP; 2008; páginas 15 a 54.
             10. Neruda, Pablo; Ode ao Gato; In: Antologia Poética; trad. Eliane Zagury; 302 p.; 21 x 14 cm; br.; José Olympio; Rio de Janeiro, RJ; 1968; páginas 238 a 242.
             11. O’Mara, Lesley; O Livro dos Gatos (Cats’ Miscellany); trad. Maria Antónia Abrantes da Fonseca; 168 p.; 104 caps.; 98 citações; 23 enus.; 110 ilus.; 17 x 12 cm; br.; Editorial Estampa; Lisboa, 2008, páginas 10, 11, 13, 31, 34, 35, 36, 41, 70, 89 e 156.
             12. Rónai, Cora; Notícias da Famiglia; Artigo; O Globo; Jornal; Diário; Ano LXXXV; N. 28.038; Segundo Caderno; 1 e-mail; 1 foto; Rio de Janeiro, RJ; 13.05.2010; página 12.
             13. Silveira, Nise da; Gatos: A Emoção de Lidar; pref. José E. Mindlin; 80 p.; 15 caps.; 44 fotos; 15 ilus.; 19 refs.; 22 x 28 cm; br; Léo Christiano Editorial; Rio de Janeiro, 1998, 2016; páginas 14 a 18, 21, 33, 63 a 65.
             14. Távola, Artur da; Ode ao Gato; In: Amor a Sim Mesmo: Crônicas; 338 p.; 14 x 21 cm; br.; Nova Fronteira; Rio de Janeiro, RJ; 1984; páginas 64 a 66.
             15. Telles, Lygia Fagundes; Tenho um Gato; In: A Disciplina do Amor: Memória e Ficção; posf. Noemi Jaffe; revisores Marise Leal; & Veridiana Maenaka; 146 p.; 20,8 x 13,6 cm; br.; Companhia das Letras; São Paulo, SP; 2010; páginas 15 e 16.
             16. Verchten, Carl Van; El Tigre en la Casa: Una Historia Cultural del Gato (The Tiger in the House); trad. Andrea Palet; 328 p.; 13 caps.; 1 foto; 50 ilus.; 2 microbiografias; 22,5 x 14,5 cm; br.; Sigilo; Madri, 2018; páginas 61, 100, 293 a 317 e 322.
             17. Vieira, Waldo; Dicionário de Argumentos da Conscienciologia; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 1.572 p.; 1 blog; 21 E-mails; 551 enus.; 1 esquema da evolução consciencial; 18 fotos; glos. 650 termos; 19 websites; alf.; 28,5 x 21,5 x 7 cm; enc.; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2014; páginas 75, 1.076, 1.168 e 1.474.
             18. Idem; Léxico de Ortopensatas; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 2 Vols.; 1.800 p.; Vols. 1 e 2; 1 blog; 652 conceitos analógicos; 22 E-mails; 19 enus.; 1 esquema da evolução consciencial; 17 fotos; glos. 6.476 termos; 1.811 megapensenes trivocabulares; 1 microbiografia; 20.800 ortopensatas; 2 tabs.; 120 técnicas lexicográficas; 19 websites; 28,5 x 22 x 10 cm; enc.; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2014; páginas 465, 710, 742 e 972.
             19. Warner, Charles Dudley; Calvin (A Study of Character); In: My Summer in a Garden; 122 p.; eBook; Hardpress; 2017; páginas 44 a 50.
             Webgrafia Específica:
             1. El Território; Grandes Escritores que escribían Junto a sus Gatos; Jornal; Diário; Ano XCIV; N. 32.407; Seção: Sociedade; 1 foto; Posadas, Misiones, Argentina; 1.11.2018; disponível em: <https://www.elterritorio. com.ar/grandes-escritores-que-escribian-junto-a-sus-gatos-7510-et>; acesso em 29.04.2019.
             2. Gullar, Ferreira; Quisera Ser um Gato; Folha de São Paulo; SP; 09.03.2014; disponível em:
<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2014/03/1422049-quisera-ser-um-gato.shtml>; acesso em 29.04. 2019.
             3. Haidar, Sílvia; No Dia Nacional do Escritor, conheça Histórias de Grandes Autores com seus Gatos; blog; Gatices; Folha de São Paulo; SP; 25.07.2016; disponível em: <https://gatices.blogfolha.uol.com.br/2016/07/25/nodia-nacional-do-escritor-conheca-historias-entre-grandes-autores-e-seus-gatos>; acesso em 29.04.2019.
                                                                                                                     A. L.