Autobenevolência Estagnante

A autobenevolência estagnante é a manifestação complacente da conscin, homem ou mulher, para consigo mesma, por meio de atitudes ou posturas aparentemente inócuas, beneficiadoras ou gratificantes, porém retardadoras da autevolução.

Você, leitor ou leitora, sobrevive acomodado(a) na estagnação, evitando desafios evolutivos? Considera a hipótese de a calmaria intrafísica de hoje poder tornar-se o arrependimento extrafísico de amanhã?

      AUTOBENEVOLÊNCIA ESTAGNANTE
                                    (AUTENGANOLOGIA)


                                          I. Conformática

          Definologia. A autobenevolência estagnante é a manifestação complacente da conscin, homem ou mulher, para consigo mesma, por meio de atitudes ou posturas aparentemente inócuas, beneficiadoras ou gratificantes, porém retardadoras da autevolução.
          Tematologia. Tema central nosográfico.
          Etimologia. O elemento de composição auto procede do idioma Grego, autós, “eu mesmo; por si próprio”. A palavra benevolência vem do idioma Latim, benevolentia, “benevolência; afeição”. Surgiu no Século XV. O termo estagnante provém igualmente do idioma Latim, stagnans, particípio presente de stagnare, “estagnar”. O vocábulo estagnar apareceu no Século XIV.
          Sinonimologia: 1. Autofavorecimento antievolutivo. 2. Autobeneficiamento paralisante. 3. Autoindulgência aprisionante. 4. Autoconcessão fossilizante.
          Neologia. As 3 expressões compostas autobenevolência estagnante, autobenevolência estagnante breve e autobenevolência estagnante prolongada são neologismos técnicos da Autenganologia.
          Antonimologia: 1. Autocobrança pró-evolutiva. 2. Autoimperdoamento cosmoético. 3. Autovigilância impulsionadora. 4. Autodesafio permanente.
          Estrangeirismologia: o dolce far niente; a oisiveté, mère de tous les vices; a happy hour diária; a high society; o mundinho da haute couture.
          Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto às prioridades evolutivas.
          Megapensenologia. Eis 7 megapensenes trivocabulares relativos ao tema: – Mordomia: autesforço evitado. Enfeites disfarçam lacunas. Dificuldades podem ensinar. Cuidado com prazeres. Autoconcessões podem paralisar. Dispensemos o dispensável. Economia é sabedoria.
          Coloquiologia: o ato de empurrar a vida com a barriga; o ato de passar a mão sobre a própria cabeça; a vista grossa em relação aos próprios erros; o desejo de sombra e água fresca; a espera em receber tudo de bandeja; a estagnação crassa em não mexer em time vencedor; o eu mereço enquanto bordão da autobenevolência.
          Citaciologia. Eis duas citações referentes ao tema: – Il fallait qu’elle pût retirer des choses une sorte de profit personnel; et elle rejetait comme inutile tout ce qui ne contribuait pas à la consommation immédiate de son cœur (Tinha necessidade de tirar das coisas certo ganho pessoal, rejeitando por inútil todo obstáculo à satisfação imediata do coração; Gustave Flaubert, 18211880). Toda atenção é pouca no que se refere às facilidades da vida. Quase sempre, os assediadores nos entregam, em bandejas de ouro, às insignificantes e banais automimeses (Flávia Guzzi, 1963).
          Ortopensatologia. Eis 3 ortopensatas, citadas na ordem alfabética, pertinentes ao tema:
          1. “Autestagnação. A sua existência está estagnada se você, no último ano, não mudou para melhor, pelo menos, 5 opiniões pessoais quanto à vida e à evolução consciencial”.
          2. “Intrafisicologia. Como reafirmo: a vida humana é dura e o erro é mole para ser cometido. Ninguém vem aqui apenas para comer tão somente as ambrosias das sobremesas. A existência intrafísica é sucessão paradoxal de instigantes provações objetivando a evolução do bem-estar pessoal, e tal fato exige autocompreensão perante os percalços e adversidades da existência, não raro, escolhidos pela própria consciência”.
          3. “Ociosidade. A sedução dos envolvimentos da vida moderna favorece a ociosidade infrutífera, notadamente na vida das conscins desorganizadas”.
          Filosofia: o Hedonismo; o Materialismo; o Esteticismo.


                                           II. Fatuística

         Pensenologia: o holopensene pessoal do egocentrismo; o holopensene pessoal da procrastinação evolutiva; a autopensenização carregada no sen; as intrusões pensênicas reforçando a acomodação; os mimopensenes; a mimopensenidade; os ectopensenes; a ectopensenidade; os vacuopensenes; a vacuopensenidade; os xenopensenes; a xenopensenidade.
         Fatologia: a autobenevolência estagnante; o autengambelo; o autaprisionamento na mesmice; o apego à zona de conforto; a ausência de inteligência evolutiva (IE); a falta de recuperação de cons; o saldo negativo na conta-corrente egocármica; a adequação comodista ao modus vivendi da Socin Patológica; a predileção pelos atalhos simplificadores; a valorização do secundário; a incapacidade de reconhecer e dispensar o supérfluo; a acumulação material indiscriminada; a fixação no inútil; a frequência assídua a brechós; a frequência assídua a espetáculos artísticos; a frequência assídua a estádios esportivos; a frequência assídua a desfiles de moda; a frequência assídua a shoppings; a frequência assídua a museus; a frequência assídua à noite; a frequência assídua à praia; o onirismo; a improdutividade; o narcisismo; a autoimagem deslocada; o parasitismo; a superficialidade; a frivolidade; a frescura; as justificativas autodesculposas; a edulcoração das próprias falhas; o autoperdoamento; a autodesorganização; o temperamento monárquico; o temperamento artístico; a necessidade de aplauso; as compensações emocionais; o imediatismo; a extravagância; o esbanjamento; o desperdício; a vadiagem; o fastio com a autestagnação; a melin; a autoconscientização quanto à perda de oportunidades evolutivas; a premência da reciclagem; a autorreeducação evolutiva; o autabsolutismo.
         Parafatologia: a falta de autovivência do estado vibracional (EV) profilático; os bloqueios energéticos enraizados; o desconhecimento da multidimensionalidade; as automimeses de retrovidas abastadas na nobreza; a possível paraprocedência baratrosférica recente; os negocinhos com guias amauróticos; as tentativas de intercessão do amparo extrafísico, quando existente.


                                          III. Detalhismo

         Sinergismologia: a ausência do sinergismo autodesafio-automotivação-autevolução.
         Principiologia: a interpretação equivocada, por parte da conscin, do princípio “todos ressomam para serem felizes”; a urgência em aplicar o princípio do descarte do imprestável; o desconhecimento do princípio das prioridades evolutivas.
         Codigologia: a inexistência do código pessoal de Cosmoética (CPC); o código de ética do nepotismo.
         Teoriologia: a teoria da evolução da consciência.
         Tecnologia: a técnica de mais 1 ano de vida intrafísica; a técnica das 50 vezes mais.
         Laboratoriologia: o laboratório conscienciológico da Autevoluciologia; o laboratório conscienciológico da Autorganizaciologia; o laboratório conscienciológico da Autopensenologia; o laboratório conscienciológico Serenarium.
         Colegiologia: o Colégio Invisível da Evoluciologia.
         Efeitologia: o efeito patológico da fuga constante aos desafios; o efeito do incompléxis na intermissão seguinte.
         Neossinapsologia: a ausência de neossinapses quanto à evolutividade.
         Ciclologia: o ciclo equilíbrio-desequilíbrio-reequilíbrio característico da mudança de patamar evolutivo.
         Enumerologia: a ótica material; a algema de ouro; o grilhão social; o vínculo interesseiro; a benesse maléfica; o pseudoganho secundário; o direito torto.
         Binomiologia: o binômio luxo-insatisfação; o binômio excesso-saturação; o binômio regalia-paralisia; o binômio estagnação-involução.
         Interaciologia: a interação autossuperação-autevolução.
         Crescendologia: o crescendo hábito nocivo–vício.
         Trinomiologia: o trinômio preguiça-marasmo-imobilidade; o trinômio benevolência (desejar o bem)-benemerência (merecer o bem)-beneficiência (fazer o bem).
         Polinomiologia: o polinômio covardia-autencantoamento-automimese-robotização.
         Antagonismologia: o antagonismo autobenevolência / autocorrupção; o antagonismo direitos conquistados / mordomias; o antagonismo paciência madura / procrastinação danosa; o antagonismo loc externo / loc interno.
         Paradoxologia: o paradoxo da privação benéfica; o paradoxo da dificuldade providencial; o paradoxo de o melhor para si mesmo nem sempre constituir autassistência.
         Politicologia: a aristocracia; a monarquia.
         Legislogia: a lei do menor esforço.
         Fobiologia: a neofobia; a decidofobia; a hipengiofobia.
         Sindromologia: a síndrome de Don Juan; a síndrome do impostor; a síndrome da mediocrização consciencial; a síndrome da ectopia afetiva (SEA); a síndrome da dispersão consciencial; a síndrome do estrangeiro (SEST); a síndrome da abstinência da Baratrosfera (SAB).
         Maniologia: a megalomania; a dromomania.
         Mitologia: o mito de o santo sempre desconfiar da esmola em excesso; o mito da quadridimensionalidade; o mito da vida humana única; o mito do gênio desorganizado.
         Holotecologia: a autocriticoteca; a consciencioterapeuticoteca; a egoteca; a convivioteca; a nosoteca; a patopensenoteca; a psicopaticoteca; a reeducacioteca; a recinoteca.
         Interdisciplinologia: a Autenganologia; a Antidiscernimentologia; a Parapatologia; a Autassediologia; a Marasmologia; a Antievoluciologia; a Antipriorologia; a Automimeticologia; a Recinologia; a Recexologia.


                                          IV. Perfilologia

         Elencologia: a consréu ressomada; a consciênçula; o dândi; o bon vivant; o nouveau riche; a massa impensante.
         Masculinologia: o pré-serenão vulgar; o comatoso evolutivo; o acriticista; o autoperdoador; o preguiçoso; o atrasadinho; o cuca fresca; o procrastinador; o amador; o diletante; o alienado; o acumulador compulsivo; o guloso; o socioso; o sonhador acordado; o intermissivista obnubilado; o nobre Oblomov, personagem do romance russo homônimo, de Ivan Alexandrovich Goncharov (18121891).
         Femininologia: a pré-serenona vulgar; a comatosa evolutiva; a acriticista; a autoperdoadora; a preguiçosa; a atrasadinha; a cuca fresca; a procrastinadora; a amadora; a diletante; a alienada; a acumuladora compulsiva; a gulosa; a sociosa; a sonhadora acordada; a intermissivista obnubilada; a personagem Emma Bovary, do romance francês homônimo, de Gustave Flaubert.
         Hominologia: o Homo sapiens acriticus; o Homo sapiens autocorruptus; o Homo sapiens decidophobicus; o Homo sapiens negligens; o Homo sapiens autassediatus; o Homo sapiens ilogicus; o Homo sapiens incautus; o Homo sapiens apaedeutas; o Homo sapiens reurbanisatus.


                                        V. Argumentologia

         Exemplologia: autobenevolência estagnante breve = a mantida pela conscin durante período circunscrito de tempo, não chegando a prejudicar substancialmente a autevolução; autobenevolência estagnante prolongada = a mantida pela conscin durante dilatado intervalo de tempo, podendo invalidar a existência intrafísica e comprometer seriamente a autevolução.
         Culturologia: a cultura da procrastinação; a cultura do autofavorecimento.
            Amparologia. Dentre as providências corretivas proporcionadas pelos amparadores extrafísicos ao intermissivista obnubilado, as privações, os revezes e as reviravoltas da existência podem constituir eficaz ferramenta educativa de realinhamento da conscin com os compromissos pré-ressomáticos integrantes da proéxis. Engana-se quem considera as vicissitudes da vida patrocínio exclusivo de assediadores.


                                                      VI. Acabativa

            Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 15 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com a autobenevolência estagnante, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
            01. Acomodação mimética: Automimeticologia; Nosográfico.
            02. Acriticismo: Parapatologia; Nosográfico.
            03. Anorexia decisória: Decidologia; Nosográfico.
            04. Aproveitamento do tempo: Autoproexologia; Homeostático.
            05. Atitude antiproéxis: Proexologia; Nosográfico.
            06. Autocorrupção: Parapatologia; Nosográfico.
            07. Concessão antievolutiva: Parapatologia; Nosográfico.
            08. Desamarração: Conviviologia; Neutro.
            09. Erro crônico: Errologia; Nosográfico.
            10. Felicidade patológica: Parapatologia; Nosográfico.
            11. Mordomia antievolutiva: Antidiscernimentologia; Nosográfico.
            12. Omnifrivolização: Parapatologia; Nosográfico.
            13. Privação providencial: Paraprofilaxiologia; Homeostático.
            14. Pseudossuperação: Autenganologia; Nosográfico.
            15. Temperamento monárquico: Nosotemperamentologia; Nosográfico.
  EMBORA CONFORTO E TRANQUILIDADE PREDISPONHAM
   AO EQUILÍBRIO ÍNTIMO, A CONSCIN LÚCIDA DAS DIRETRIZES PROEXOLÓGICAS NÃO HESITA EM DISPENSÁ-LOS SE A IMPEDEM DE GALGAR NOVO PATAMAR EVOLUTIVO.
            Questionologia. Você, leitor ou leitora, sobrevive acomodado(a) na estagnação, evitando desafios evolutivos? Considera a hipótese de a calmaria intrafísica de hoje poder tornar-se o arrependimento extrafísico de amanhã?
            Bibliografia Específica:
            1. Flaubert, Gustave; Madame Bovary; pref. Mathilde Paris; 480 p.; 3 partes; 35 caps.; 1 microbiografia; alf.; 17,5 x 11 cm; pocket; Editora Pocket; Paris; 2006; página 66.
            2. Guzzi, Flávia; Mudar ou Mudar: Relatos de Uma Reciclante Existencial; pref. Málu Balona; 232 p.; 14 caps.; epíl.; glos. 300 termos; 20 refs.; alf.; 21 x 14 cm; br.; Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC); Rio de Janeiro, RJ; 1998; página 15.
            3. Vieira, Waldo; 100 Testes da Conscienciometria; revisor Alexander Steiner; 232 p.; 100 caps.; 15 E-mails; 103 enus.; 1 foto; 1 microbiografia; 123 questionamentos; 2 websites; 14 refs.; alf.; 21 x 14 cm; br.; Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC); Rio de Janeiro, RJ; 1997; páginas 114 e 115.
            4. Idem; Léxico de Ortopensatas; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 2 Vols.; 1.800 p.; Vols. 1 e 2; 1 blog; 652 conceitos analógicos; 22 E-mails; 19 enus.; 1 esquema da evolução consciencial; 17 fotos; glos. 6.476 termos; 1.811 megapensenes trivocabulares; 1 microbiografia; 20.800 ortopensatas; 2 tabs.; 120 técnicas lexicográficas; 19 websites; 28,5 x 22 x 10 cm; enc.; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2014; páginas 156, 919 e 1.159.
                                                                                                                      O. V.