Aperitivo Intelectual

O aperitivo intelectual é a técnica de ler as orelhas, o resumo da contracapa, o início da introdução, alguns verbetes do índice remissivo ou o fim de capítulo do livro, revista, jornal ou CD-ROM, no caso, novos, antes de adquirir o veículo de informação ou de o ler, de fato, do início ao fim.

Você emprega a técnica do aperitivo intelectual? Há novos detalhes técnicos ou estilísticos específicos acrescentados à técnica por você?

      APERITIVO INTELECTUAL
                                 (MENTALSOMATOLOGIA)


                                          I. Conformática

          Definologia. O aperitivo intelectual é a técnica de ler as orelhas, o resumo da contracapa, o início da introdução, alguns verbetes do índice remissivo ou o fim de capítulo do livro, revista, jornal ou CD-ROM, no caso, novos, antes de adquirir o veículo de informação ou de o ler, de fato, do início ao fim.
          Tematologia. Tema central neutro.
          Etimologia. O termo aperitivo deriva do idioma Latim, aperitivus, “aperitivo, aperiente; que abre facilmente; que facilita as secreções”, de aperire, “abrir”. Surgiu no Século XVI. O vocábulo intelectual vem igualmente do idioma Latim, intellectualis, “relativo à inteligência”. Apareceu no Século XIV.
          Sinonimologia: 1. Aperiente mentalsomático. 2. Diagnóstico intelectual. 3. Estimulante cultural. 4. Fome de saber. 5. Minileitura prévia. 6. Psicometria mentalsomática.
          Eufemismologia. A expressão composta aperitivo intelectual obviamente é metafórica em relação às pesquisas técnicas da conscin.
          Neologia. As 3 expressões compostas aperitivo intelectual, miniaperitivo intelectual e maxiaperitivo intelectual são neologismos técnicos da Mentalsomatologia.
          Antonimologia: 1. Anorexia intelectual. 2. Inapetência mentalsomática. 3. Leitura de capas somente.
          Atributologia: predomínio das faculdades mentais, notadamente do autodiscernimento quanto à hiperacuidade.
          Megapensenologia. Eis 1 megapensene trivocabular sintetizando o tema: – Intelectualidade exige racionalidade.


                                            II. Fatuística

          Pensenologia: o holopensene pessoal da intelectualidade; os tecnopensenes; a tecnopensenidade.
          Fatologia: o aperitivo intelectual; a intelecção; a nutrição informacional; a análise heterocrítica; o analfabetismo; o anticonhecimento; o antidiscernimento; a antintelectualidade; o apedeutismo; a aprosexia; as manipulações conscienciais; o aquecimento neuronal; os artefatos do saber; os instrumentos mentaissomáticos; a autodidaxia; a autenciclopédia; a auteducação; as autopesquisas; o avanço mentalsomático; as interrelações interdisciplinares.
          Parafatologia: o parapsiquismo intelectual.


                                          III. Detalhismo

          Principiologia: o princípio da descrença.
          Tecnologia: a técnica do aperitivo intelectual.
          Colegiologia: o Colégio Invisível da Experimentologia; o Colégio Invisível da Infocomunicologia; o Colégio Invisível da Parapedagogiologia; o Colégio Invisível da Mentalsomatologia.
          Fobiologia. Eis, por exemplo, 6 categorias de fobias humanas impeditivas de a conscin praticar a técnica do aperitivo intelectual, dispostas na ordem alfabética:
          1. Bibliofobia: a aversão aos livros; a literofobia.
          2. Cainofobia: o medo das novidades, notícias, informes.
          3.  Centofobia: a aversão às novas ideias; a neoverponofobia.
          4.  Epistemofobia: o medo do conhecimento, em geral; a gnosiofobia.
          5.  Ideofobia: o medo das ideias, em geral; a cognofobia.
          6.  Neofobia: o medo às renovações e reciclagens; a xenofobia.
          Holotecologia: a mentalsomatoteca; a tecnoteca; a intelectoteca; a biblioteca.
          Interdisciplinologia: a Mentalsomatologia; a Bibliologia; a Criteriologia; a Experimentologia; a Metodologia; a Autopesquisologia; a Discernimentologia; a Parapedagogiologia; a Comunicologia; a Teleinformática; a Infocomunicologia; a Autodidaxia; a Arquivologia; a Economia.


                                           IV. Perfilologia

          Elencologia: a pessoa intelectual; a conscin mentalsomática.
          Masculinologia: o leitor; o estudante; o intelectual; o escritor; o conscienciólogo cético, otimista, cosmoético.
          Femininologia: a leitora; a estudante; a intelectual; a escritora; a consciencióloga cética, otimista, cosmoética.
          Hominologia: o Homo sapiens intellectualis; o Homo sapiens consumptor.


                                        V. Argumentologia

          Exemplologia: miniaperitivo intelectual = o ato de manusear o livro de bolso; maxiaperitivo intelectual = o ato de manusear a enciclopédia.
          Culturologia: os estimulantes culturais; a atualização cultural.
          Filosofia. A conscin leitora apenas das capas dos livros, sem chegar a lê-los inteiramente, é a adepta do Ignorantismo.
          Antipensenes. A melhor conscin para executar a técnica do aperitivo intelectual é o Homo sapiens criticus, capaz de antipensenes de alta expressão mentalsomática e cosmoética.
          Coragem. Como se observa: a leitura é ato de coragem. Apenas 1 livro tem mudado centenas de destinos.
          Surpreendência. Há fatos surpreendentes ou esporádicos supervenientes na prática da técnica do aperitivo intelectual ou quando se abre algum livro, mesmo novo, a fim de se decidir a respeito da compra, por exemplo:
          1. Cédula. O leitor (ou leitora) encontrar a cédula de 100 dólares entre as páginas.
          2. Referência. O leitor (ou leitora) deparar com a referência à si, a reprodução de foto ou a indicação de trabalho profissional pessoal.
          Explicitação. A técnica do aperitivo intelectual é a explicitação para o leitor (ou leitora)
das ideias implícitas do texto de obra (livro, CD-ROM).
          Confor. O confor é extremamente relevante na análise de qualquer obra com a intenção de adquiri-la. O livro pode ser tão só instant book, escrito para vender logo, ou obra superficial, com muitas ilustrações apelativas, sem conteúdo satisfatório enriquecedor. A decisão do analista não pode deixar de fora tais variáveis negativas.
          Analogia. Eis, como exemplos, 6 atividades similares à técnica do aperitivo intelectual, aqui listadas na ordem de relevância:
          1. Curso. Inscrição em Curso ou palestra paga.
          2.  Congresso. Inscrição em evento intelectual, Congresso ou Seminário.
          3.  Biblioteca. Consulta a alguma obra em Biblioteca Pública.
          4.  Internet. Navegação pela Internet a procura de tema específico.
          5.  Teatro. Compra de bilhete para o Teatro.
          6.  Cinema. Compra de ingresso para o Cinema (Multiplex).
          Antagonismo. Na prática da técnica do aperitivo intelectual, longa série de fatores antagônicos, ou antipodias, é naturalmente excluída da análise do leitor (ou leitora), dependendo do nível do autodiscernimento mentalsomático: se busca obras com profundidade, não abrirá livro infantil; se procura trabalhos cosmoéticos, não entrará na seção de obras pornográficas; e assim por diante.
          Indagações. Eis, por exemplo, 7 perguntas clássicas indispensáveis ao praticante da técnica do aperitivo intelectual quanto à obra nova, a fim de a conscin lúcida cometer menos equívocos, listadas na ordem lógica:
          1. Assunto: – Qual o assunto?
          2. Autoria: – Quem é o autor ou autora?
          3. Elaboração: – Como foi elaborada a obra?
          4. Finalidade: – Qual a finalidade da publicação?
          5. Lançamento: – Quando foi redigida e lançada?
          6. Colaboradores: – Quem se apresenta com o autor (coautor, prefaciador, apresentador, organizador, tradutor)?
          7. Preço: – Quanto custa a publicação?
          Interesses. Segundo a Conscienciometrologia, qualquer conscin compra livros objetivando diferentes interesses, por exemplo, estes 8, dispostos na ordem funcional:
          1. Busca: de autocompreensão.
          2. Neoideias: geradoras de neossinapses.
          3. Solução: de problemas.
          4. Atualização: cultural, profissional.
          5. Aprofundamento: do autoconhecimento.
          6. Fuga: intelectual.
          7. Distração: ludoterapia mental.
          8. Presente: dar lembrança a alguém.
          Objetivo. A técnica do aperitivo intelectual, aqui exposta, objetiva, antes de tudo, os 5 primeiros interesses enumerados anteriormente.
          Cosmograma. Pela Cosmanálise, através do instrumento natural de mensuração dos fatos do dia a dia, o cosmograma, o pesquisador (ou pesquisadora) pode aperfeiçoar o desempenho da técnica do aperitivo intelectual, ao trabalhar com elevado número de periódicos e outras publicações, permitindo melhor visão de conjunto das obras, em geral.
          Autodidatismo. Na Evoluciologia, partindo do princípio de não haver evolução sem educação, a técnica do aperitivo intelectual apresenta singular relevância, notadamente dentro do Universo do autodidatismo.
          Megalivrarias. Sob a ótica da Experimentologia, as megalivrarias (megastores) modernas, de alto nível, em países diversos, incentivam o hábito generalizado do aperitivo intelectual, permitindo aos consumidores retirarem livros, dicionários, revistas e periódicos das estantes, montras e displays, carregarem tais artefatos do saber até à mesa onde se sentam para ler, tomar notas e estudar, e, ao fim, só levarem e comprarem publicações, de fato, interessantes para as pesquisas pessoais, deixando as demais sobre a mesa. Mais tarde, o funcionário encarregado as devolve aos lugares de onde foram retiradas. O mesmo é feito já em muitas lojas de informática em relação a softwares e CD-ROMs.
          Abordagens. De acordo com a Holomaturologia, há duas categorias de abordagens críticas, distintas, em geral:
          1. Pessoa. No primeiro contato com alguém, o mais inteligente e cosmoético é analisar primeiro, os trafores e depois, os trafares da pessoa.
          2. Objeto. No primeiro contato com algum objeto (coisa), por exemplo, o qual pretendemos comprar, a abordagem é feita ao contrário, primeiro, os trafares e, depois, os trafores do artigo, produto ou mercadoria. Esta segunda abordagem é própria da técnica do aperitivo intelectual.
          Perecimento. Conforme estabelece a Infocomunicologia, a área onde a técnica do aperitivo intelectual é mais necessária, devido ao alto nível de obsolescência dos artefatos do saber, é a da Informática, em geral, tais como: livros técnicos, programas e outros instrumentos específicos superperecíveis.
          Lixão. Se não ocorrer a escolha criteriosa e detalhista das aquisições, em pouco tempo o informata transforma o próprio escritório no lixão das sucatas da Mentalsomatologia.
          Defesas. Consoante a Mentalsomatologia, o aperitivo intelectual é a verdadeira Ciência para a apreensão de informação ou conhecimento prioritário, tendo em vista o bombardeio de novos dados recebidos por todas as pessoas, de modo onipresente e incessante na Socin, ainda patológica, onde a maioria do material escrito é lixo mental indefensável. Tal atitude inteligente defende, ao mesmo tempo, a economia mentalsomática e a economia do bolso do consumidor lúcido, homem ou mulher, jovem ou veterano da vida.
          Ferramenta. A partir da Parapedagogiologia, o aperitivo intelectual é a ferramenta valiosa a qual jamais deve ser menosprezada pela conscin lúcida, autodidata e desejosa de instalar e ampliar a própria biblioteca, infoteca ou holoteca.
          Doxopensenes. Apoiado na Pensenologia, no aperitivo intelectual, a conscin tem de empregar os doxopensenes – as conjeturas e opiniões pessoais – a fim de abordar, interpretar e decidir sobre os heteropensenes – as concepções de outrem –, no caso, o autor (ou autora) de qualquer obra escrita.
          Antipensenes. Nessa análise direta e rápida, o leitor (ou leitora) há de constatar a realidade do texto, pelo menos, a respeito de 4 antipensenes, aqui listados em ordem alfabética:
          1. Minipensenes: se o texto é composto por ideias plagiadas ou copiadas.
          2. Semipensenes: se o texto representa conjunto de desinformações.
          3. Subpensenes: se o texto deriva do subcérebro abdominal do autor ou autora.
          4. Superpensenes: se o texto, por fim, expõe pensamentos avançados e enriquecedores e, neste caso, a obra deve ser adquirida, lida até várias vezes, ou seja, estudada em profundidade.
          Conformática. Considerando a Projeciocriticologia, por intermédio da ferramenta da avaliação do paradigma consciencial, é possível à conscin interessada aperfeiçoar a técnica do aperitivo intelectual com aprofundamento das regras do confor.


                                            VI. Acabativa

          Remissiologia. Pelos critérios da Mentalsomatologia, eis, por exemplo, na ordem alfabética, 7 verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, e respectivas especialidades e temas centrais, evidenciando relação estreita com o aperitivo intelectual, indicados para a expansão das abordagens detalhistas, mais exaustivas, dos pesquisadores, mulheres e homens interessados:
          1. Ato mentalsomático: Mentalsomatologia; Neutro.
          2. Autolucidez consciencial: Holomaturologia; Homeostático.
          3. Autopesquisologia: Experimentologia; Homeostático.
          4. Intelecção: Mentalsomatologia; Homeostático.
          5. Nutrição informacional: Mentalsomatologia; Neutro.
          6. Soltura mentalsomática: Experimentologia; Homeostático.
          7. Técnica da circularidade: Experimentologia; Neutro.
  A TÉCNICA DO APERITIVO INTELECTUAL AINDA É CONDUTA-EXCEÇÃO NO HOLOPENSENE DA SOCIN SUPERCONSUMISTA, MAS TORNAR-SE-Á, COM O TEMPO, CONDUTA-PADRÃO PARA TODOS OS LEITORES E LEITORAS.
            Questionologia. Você emprega a técnica do aperitivo intelectual? Há novos detalhes técnicos ou estilísticos específicos acrescentados à técnica por você?
            Bibliografia Específica:
            1. Vieira, Waldo; 700 Experimentos da Conscienciologia; 1.058 p.; 700 caps.; 147 abrevs.; 600 enus.; 8 índices; 2 tabs.; 300 testes; glos. 280 termos; 5.116 refs.; alf.; geo.; ono.; 28,5 x 21,5 x 7 cm; enc.; Instituto Internacional de Projeciologia; Rio de Janeiro, RJ; 1994; página 115.